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IN SÁBADO"
27/04/19
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Game, set, match
...Ou quando Sean Connery desfaz Steve Jobs numa carta para a Apple
Nunca fui à bola com o 007 nem nunca o vi numa sala de cinema, tal o
desinteresse pelas campanhas publicitárias sobre o lançamento cíclico de
mais uma sequela. Aquilo é muito jogo para mim, algumas frases feitas
de algibeira, demasiada ação inverosímil e dry martinis ao desbarato.
Baaaah, tenho mais que fazer.
A não
ser que me perguntem sobre o melhor 007, aí tenho a resposta na ponta da
língua: Sean Connery. E, desta vez, nem é pela voz ou pela presença de
espírito. É mais pela carta escrita por ele e datada de 11 de dezembro
de 1998, enviada ao cuidado de Stephen F. Jobs. Esse mesmo, o da Apple,
para o edifício 1 da Infinite Loop, em Cupertino, Califórnia.
Diz assim: "Mr. Jobs, só lhe vou dizer isto mais uma vez. Entende
inglês, não entende? Não vou vender a minha alma pela Apple ou por
qualquer outra companhia. Não tenho nenhum interesse em ‘mudar o mundo’,
como sugere. Você não tem nada que me interesse ou queira. Você é um
vendedor de computadores – eu sou o f****** JAMES BOND.
Não vejo
uma possibilidade mais rápida de destruir a minha carreira do que
aparecer num anúncio da sua companhia. Por isso, não me contacte outra
vez. Best, Sean Connery." Que king, chi-ça. Isto é game, set, match.
Sean Connery para sempre.
IN SÁBADO"
27/04/19
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