03/05/2019

RUI MIGUEL TOVAR

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Game, set, match

...Ou quando Sean Connery desfaz Steve Jobs numa carta para a Apple

Nunca fui à bola com o 007 nem nunca o vi numa sala de cinema, tal o desinteresse pelas campanhas publicitárias sobre o lançamento cíclico de mais uma sequela. Aquilo é muito jogo para mim, algumas frases feitas de algibeira, demasiada ação inverosímil e dry martinis ao desbarato. Baaaah, tenho mais que fazer.

A não ser que me perguntem sobre o melhor 007, aí tenho a resposta na ponta da língua: Sean Connery. E, desta vez, nem é pela voz ou pela presença de espírito. É mais pela carta escrita por ele e datada de 11 de dezembro de 1998, enviada ao cuidado de Stephen F. Jobs. Esse mesmo, o da Apple, para o edifício 1 da Infinite Loop, em Cupertino, Califórnia.

Diz assim: "Mr. Jobs, só lhe vou dizer isto mais uma vez. Entende inglês, não entende? Não vou vender a minha alma pela Apple ou por qualquer outra companhia. Não tenho nenhum interesse em ‘mudar o mundo’, como sugere. Você não tem nada que me interesse ou queira. Você é um vendedor de computadores – eu sou o f****** JAMES BOND.

Não vejo uma possibilidade mais rápida de destruir a minha carreira do que aparecer num anúncio da sua companhia. Por isso, não me contacte outra vez. Best, Sean Connery." Que king, chi-ça. Isto é game, set, match. Sean Connery para sempre.

IN SÁBADO"
27/04/19

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