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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Hospitais adiam exames oncológicos
para ter lucro
Equipas deixam os doentes à espera para dar prioridade a colonoscopias preventivas, pagas a dobrar pelo Ministério. “É uma vergonha”, dizem especialistas
Centenas de doentes em tratamento nos hospitais e institutos de
oncologia públicos a aguardar exames ao cólon e reto estão a ser
ultrapassados por utentes que só vão fazer colonoscopias de rastreio.
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O
Ministério da Saúde paga a dobrar estas intervenções preventivas,
tornando-as lucrativas para as unidades e para os profissionais, que
assim preferem dar-lhes prioridade. A denúncia é feita pela Sociedade
Portuguesa de Gastrenterologia. As Administrações Regionais de Saúde
(ARS) justificam a opção, frisando que o rastreio é fundamental para
reduzir a mortalidade.
O programa de rastreio à população do
cancro colorretal existe há vários anos mas era incipiente até ao ano
passado, quando o Ministério passou a garantir aos hospitais um
incentivo financeiro para a prevenção. Uma colonoscopia na atividade
regular é paga por 169,73 euros, o mesmo que recebem os privados com
acordo, mas vale 378 euros se for feita no âmbito da vigilância precoce
para aferição de pólipos e lesões cancerígenas. A diferença visa
aumentar a adesão das equipas a uma tarefa extra e está a surtir efeito.
* Palavras para quê?
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