HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Marcelo diz que não comenta situação
.na Guiné-Equatorial por uma
.questão de educação
Presidente português não quis avaliar em público o grau de cumprimento do país liderado por Teodoro Obiang do roteiro de adesão à CPLP e remeteu a questão para a reunião de chefes do Estado e do governo da organização, que decorre esta terça e quarta-feira na ilha do Sal em Cabo Verde
Marcelo Rebelo de Sousa garantiu esta terça-feira ter expectativas
elevadas sobre a cimeira de chefes do Estado e do governo da CPLP.
Falando aos jornalistas, à chegada ao hotel onde irá decorrer o
encontro, na cidade turística de Santa Maria, em Cabo Verde, o
presidente português afirmou que o contexto internacional é favorável à
comunidade e congratulou-se com o lema escolhido para a décima cimeira
da comunidade de países de língua portuguesa.
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REVOLTADO NO TÚMULO |
"Nós neste momento
temos um peso internacional como comunidade que não deixou de ser
afirmar nos últimos anos. Assim, rapidamente, penso que há um
secretário-geral das Nações Unidas da comunidade [António Guterres], há
três diretores-gerais de organizações internacionais da comunidade, um
dos quais acabado de eleger [António Vitorino]. Há uma situação
internacional que é favorável ao papel da comunidade. O tema dos oceanos
é um tema mundial que é importantíssimo.
Também no plano económico,
financeiro, social. A comunidade, presente como está um pouco por todos
os continentes, tem um espaço de manobra único nos próximos anos. Por
isso, espero que o espírito do Sal vá ser um espírito muito inspirador
para a CPLP", declarou Marcelo Rebelo de Sousa ais jornalistas.
Questionado
sobre a avaliação que faz do grau de cumprimento pela Guiné Equatorial
do roteiro de adesão plena à CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa, remeteu a
questão para a cimeira dos chefes do Estado e do governo. Isto porque o
país liderado por Teodoro Obiang desde 1979 ainda não retirou a pena de
morte da sua Constituição.
"Não queria estar a fazer avaliações neste momento por uma questão de
educação. Porque estarmos a falar em público sobre matérias que devem
ser faladas dentro da cimeira não parece elegante nem diplomático. Isso
poderá vir a ser ou não tratado nas várias reuniões que terão lugar. Aí
cada um fará a sua avaliação, que é uma avaliação conjunta, que não diz
respeito a apenas um Estado. Todos os Estados da CPLP tiveram processos
importantes nos últimos dois anos. E a consideração em clima de família e
a ponderação desses processos penso que é meio caminho andado para o
reforço dos laços familiares", sublinhou o chefe do Estado português.
Carlos Santos
Na Ilha do Sal,
Cabo Verde
Cabo Verde
* Dava-nos geito que o nosso PR fosse de quando em vez mal educado para com gente que não presta como um assassino no caso de Obiang. Jamais nos sentaríamos à mesa com aquele estupor.
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