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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Estudo alerta que aquecimento
global pode ser duas vezes pior
do que o estimado
global pode ser duas vezes pior
do que o estimado
Estudo de investigadores de 17 países, publicado na semana passada pela revista Nature Geoscience, alerta que o aquecimento global pode ser duas vezes pior do que o estimado e que o nível do mar pode subir até seis metros. Isto mesmo se o mundo cumprir a meta do Acordo de Paris, ou seja, manter a temperatura média global abaixo dos 2ºC
Muito se tem falado sobre a importância do Acordo de Paris sobre as
Alterações Climáticas e também do facto de o presidente Donald Trump ter
anunciado que pretende retirar desse mesmo acordo os Estados Unidos.
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Ainda
esta sexta-feira, no Porto, na conferência Climate Change Leadership, o
seu antecessor, Barack Obama, referiu o tema. "O que vemos é que com o
Acordo de Paris (...) ainda é possível ter os países em torno de uma
agenda comum", destacou, constatando que "o problema das alterações
climáticas transcende fronteiras" e não é possível um país "resolver
este problema sozinho".
Mas, mesmo que o mundo cumpra o que está
contido no Acordo de Paris, ou seja, manter o aumento da temperatura
média global abaixo dos 2ºC em relação aos níveis da era pré-industrial e
limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, isso poderá já não ser
suficiente.
O
alerta está contido num novo estudo científico, da autoria de
especialistas de 17 países, publicado a semana passada na Nature
Geoscience. Segundo os peritos, o aquecimento global pode ser duas
vezes pior do que o estimado, e o nível da água do mar pode subir até
seis metros.
Alguns dos cenários que avançam são, por exemplo, o
colapso de vastas áreas de gelo nos polos, alterações significativas nos
ecossistemas que podem transformar o deserto do Sara numa zona verde ou
as florestas tropicais em savanas planas com árvores esparsas e
arbustos isolados.
Para as suas conclusões, os autores do estudo baseiam-se na observação
de dados de três períodos de aquecimento, ao longo dos últimos 3,5
milhões de anos, quando o mundo esteve mais quente entre 0,5ºC e 2ºC por
comparação à era pré-industrial do século XIX. Os investigadores
basearam-se em dados de três períodos: o Ótimo do Holoceno Médio, o
Interglaciar e o Ótimo Plioceno Médio.
"A observação de períodos de aquecimento no passado sugere que um
número de mecanismos amplificadores, que estão representados de forma
muito pobre nos modelos climáticos, amplificam o aquecimento a longo
prazo, para além das projeções do modelo climático", disse o diretor do
estudo, o professor Hubertus Fischer, da Universidade de Berna na
Alemanha.
"Mesmo com 2ºC de aquecimento - e potencialmente 1,5ºC -
os impactos no sistema da Terra são profundos. Podemos esperar uma
subida do nível do mar imparável durante o milénio, com impacto na
população, nas infraestruturas e na atividade económica", declarou, por
sua vez, o coautor do estudo Alan Mix, professor da Universidade do
Oregon nos EUA.
"Os modelos climáticos parecem ser fiáveis para
pequenas alterações, tais como a baixa de emissões durante períodos
curtos, talvez nas próximas décadas até 2100. Mas à medida que as
alterações se tornam mais amplas e mais persistentes esses modelos
parecem subestimar as alterações do clima", afirmou, por sua vez, a
coautora do estudo Katrin Meissner, diretora do Centro de Investigação
sobre o Clima da Universidade de New South Wales na Austrália.
Citada
num artigo dessa mesma universidade, a especialista sublinha: "Esta
investigação é um alerta poderoso no sentido de se agir. Diz-nos que se
os líderes mundiais da atualidade não fizerem face às emissões de uma
forma urgente, o aquecimento global trará profundas alterações ao nosso
planeta e à nossa forma de vida - não só neste século, mas muito para
além disso".
* Os políticos são os que mais apoiam quem polui estupidamente.
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