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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Projeções apontam para vitória
histórica do “sim” à legalização
.do aborto na Irlanda
Projeções dizem que a Irlanda aprovou a legalização do aborto. O "sim" terá ganho por 68% enquanto apenas 32% dos eleitores votou contra o referendo à proposta de alteração da lei.
É histórico. As projeções à boca da urna sugerem que a Irlanda aprovou
em referendo a legalização do aborto, avança o The Irish Times. A
projeção prevê que o “sim” foi votado por 68% dos eleitores contra os
32% que votaram contra a proposta de alteração da Constituição. A
confirmar-se, este é um resultado inesperado num país que tem as leis
contra o aborto mais apertadas da União Europeia.
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Esta previsão do
Irish Times tem por base entrevistas a quatro mil eleitores à saída das
urnas. Os votos fecharam às 22 horas desta sexta-feira, mas só vão ser
contados a partir das nove da manhã de sábado. Os resultados definitivos
só serão conhecidos ao fim do dia, mas o maior número de respostas
positivas à legalização do aborto terá vindo de Dublin, onde 77% dos
eleitores votou “sim” às mudanças na lei.
Cerca de 3,2 milhões de pessoas foram chamadas às urnas para
responder a um referendo à Oitava Emenda da Constituição irlandesa, cuja
revogação pode resultar numa nova lei para legalizar o aborto. Os
boletins de voto permitiam escolher entre a aprovação ou não da proposta
de alteração da Constituição, que substituirá o artigo 40.3.3° pela
frase: “Pode ser feita provisão por lei para a regulamentação da
interrupção da gravidez”.
A Irlanda é o país com leis mais
apertadas da União Europeia sobre a interrupção voluntária da gravidez: o
aborto é proibido no país e a prática dele pode resultar numa sentença
de 14 anos de prisão para a mulher e para o profissional de saúde que a
ajude no procedimento. A aprovação da proposta de alteração possibilita
o aborto até às 12 semanas de gravidez em qualquer situação. Depois
desse tempo de gestação, o aborto só seria possível em duas situações:
se a vida do bebé ou da mãe estiverem em risco ou se o feto tiver uma
anomalia que o possa condenar à morte em alguma altura durante a
gestação ou logo depois do nascimento.
Uma sondagem do Irish Times
com a Ipsos previa que 44 em cada 100 eleitores fossem votar a favor do
aborto e que 32% votassem contra a proposta de alteração da
Constituição. A margem de diferença era muito curta, por isso a decisão
terá sido dos 24% dos eleitores que se diziam indecisos ou que não iam
exercer o direito ao voto.
* Desejamos que a projecção da vitória do "sim" da "IVG" se confirme, a bem da humanidade.
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