25/05/2018

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HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Projeções apontam para vitória 
histórica do “sim” à legalização 
.do aborto na Irlanda

Projeções dizem que a Irlanda aprovou a legalização do aborto. O "sim" terá ganho por 68% enquanto apenas 32% dos eleitores votou contra o referendo à proposta de alteração da lei.

É histórico. As projeções à boca da urna sugerem que a Irlanda aprovou em referendo a legalização do aborto, avança o The Irish Times. A projeção prevê que o “sim” foi votado por 68% dos eleitores contra os 32% que votaram contra a proposta de alteração da Constituição. A confirmar-se, este é um resultado inesperado num país que tem as leis contra o aborto mais apertadas da União Europeia.
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Esta previsão do Irish Times tem por base entrevistas a quatro mil eleitores à saída das urnas. Os votos fecharam às 22 horas desta sexta-feira, mas só vão ser contados a partir das nove da manhã de sábado. Os resultados definitivos só serão conhecidos ao fim do dia, mas o maior número de respostas positivas à legalização do aborto terá vindo de Dublin, onde 77% dos eleitores votou “sim” às mudanças na lei.

Cerca de 3,2 milhões de pessoas foram chamadas às urnas para responder a um referendo à Oitava Emenda da Constituição irlandesa, cuja revogação pode resultar numa nova lei para legalizar o aborto. Os boletins de voto permitiam escolher entre a aprovação ou não da proposta de alteração da Constituição, que substituirá o artigo 40.3.3° pela frase: “Pode ser feita provisão por lei para a regulamentação da interrupção da gravidez”.

A Irlanda é o país com leis mais apertadas da União Europeia sobre a interrupção voluntária da gravidez: o aborto é proibido no país e a prática dele pode resultar  numa sentença de 14 anos de prisão para a mulher e para o profissional de saúde que a ajude no procedimento. A aprovação da proposta de alteração possibilita o aborto até às 12 semanas de gravidez em qualquer situação. Depois desse tempo de gestação, o aborto só seria possível em duas situações: se a vida do bebé ou da mãe estiverem em risco ou se o feto tiver uma anomalia que o possa condenar à morte em alguma altura durante a gestação ou logo depois do nascimento.

Uma sondagem do Irish Times com a Ipsos previa que 44 em cada 100 eleitores fossem votar a favor do aborto e que 32% votassem contra a proposta de alteração da Constituição. A margem de diferença era muito curta, por isso a decisão terá sido dos 24% dos eleitores que se diziam indecisos ou que não iam exercer o direito ao voto.

* Desejamos que a projecção da vitória do "sim" da "IVG" se confirme, a bem da humanidade.

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