HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Vieira da Silva:
É "muito expectável"
que a lei laboral mude este ano
Governo vai apresentar propostas em concertação social e admite um acordo alargado que envolva outras matérias. Patrões querem trazer as questões fiscais, os fundos comunitários e os descontos dos novos contratos para negociação de um acordo que inclua as matérias laborais.
Vieira da Silva considera "expectável" que as alterações à legislação
laboral cheguem ao terreno ainda este ano, um prazo que coincide com o
que foi exigido este fim-de-semana pelo Bloco de Esquerda.
.
"Estamos
no mês de fevereiro e estamos numa fase avançada na discussão de alguns
aspectos que para o Governo são os aspectos mais importantes: a
promoção da negociação colectiva e a redução da segmentação", começou
por responde o ministro do Trabalho. É "muito expectável", que as
alterações avancem este ano, acrescentou.
No final de
uma reunião de concertação social em que se antecipou o tema da
contratação colectiva, sob forte pressão do PCP e do Bloco de Esquerda, o
ministro do Trabalho considerou que a fase de discussão teórica "está
muito avançada" e, apesar de não ter detalhado o que vai apresentar,
prometeu apresentar "propostas tão próximas quanto o possível" das que
constam do Programa do Governo.
A aprovação
de restrições à contratação a prazo, nomeadamente na contratação de
jovens e de desempregados de longa duração, a revogação do banco de
horas individual ou a criação de incentivos à dinamização da contratação
colectiva são algumas das matérias que constam do Programa do Governo.
João
Vieira Lopes, da CCP, afirmou que quer alargar o âmbito das
negociações, integrando por exemplo propostas a nível fiscal. António
Saraiva, da CIP, falou dos fundos comunitários e da prometida revisão
aos fundos de compensação do trabalho, que exigem um desconto adicional
de 1% aos novos contratos. O ministro do Trabalho admitiu a hipótese de
se avançar para um acordo mais alargado.
"Não afastamos a
hipótese de esse acordo envolver outras áreas", disse o ministro. O
importante "é encontrar soluções", concluiu.
* Aguardemos com alguma intranquilidade.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário