HOJE NO
"OBSERVADOR"
Ministério Público obriga Basílio Horta a explicar origem de 6,5 milhões de euros
O presidente da Câmara Municipal de Sintra vai ter de explicar a origem de 6,5 milhões de euros declarados ao TC em 2010. Basílio Horta diz que a fortuna resultou da acumulação de depósitos a prazo.
O presidente da Câmara Municipal de Sintra vai ter de explicar a origem dos 6,5 milhões de euros
que disse ter em três depósitos a prazo na declaração de rendimentos
apresentada ao Tribunal Constitucional no final de maio de 2010. O
gabinete do Ministério Público junto do TC exigiu explicações a Basílio
Horta, que em janeiro de 2018 enviou uma carta àquele tribunal a
informar que a fortuna resultou da acumulação de poupanças em depósitos a prazo.
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Em novembro de 2017, Basílio Horta foi notificado pelo gabinete do Ministério Público junto do TC para aperfeiçoar as declarações de rendimentos apresentadas e entregar outras em falta. Em declarações ao Correio da Manhã, o autarca esclareceu que esse pedido surgiu de “uma retificação” que fez, por iniciativa própria, “de uma declaração entregue no TC que apresentava um evidente lapso.”
A polémica sobre a declaração de rendimentos do presidente da Câmara de
Sintra ganhou maior dimensão em Agosto, depois de o Observador o ter
confrontado com os valores das suas declarações de rendimentos, durante a
entrevista no Carpool Autárquicas.
Um lapso de três zeros. A correção de Basílio Horta ao valor de um
depósito a prazo aconteceu em agosto de 2017 e, na altura, escreveu que “onde se lê 5.600 euros deve ler-se 5.600.000 euros.”
Sobre a origem da fortuna, o autarca independente apoiado pelo PS
explicou que “teve início em 3 de outubro de 2006 com o valor de
5.000.000 euros e resultou da evolução de depósitos há muito existentes,
desde o Banco Pinto e Sotto Mayor.”
O presidente da Câmara de Sintra revelou ainda a existência de outros dois depósitos a prazo: um no valor de 850 mil euros, outro no valor de 50 mil euros.
De acordo com o Tribunal Constitucional, Basílio Horta tinha, em 2002,
834 mil euros; em maio de 2010, a fortuna atingiu os referidos 6,5 milhões de euros.
Ao CM, o autarca e fundador do CDS afirmou que as verbas “fazem parte
de contas conjuntas”, em seu nome e da mulher, “e têm origem no
trabalho, investimentos, juros de capital, rendimentos prediais rústicos
e urbanos, heranças e venda de património urbano.”
* Não nos perturba a riqueza de alguém magoa-nos a pobreza de muitos.
Salientamos que Basílio Horta não é pesooa importante para nós mas apresentou as declarações, não sabemos se o lapso de três zeros é propositado e afirma como acumulou esse dinheiro, percebe-se que não teve nenhum amigo para o abonar.
Paulo Morais sabe mais do que nós certamente.
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