HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Advogados pedem que mandado de
.detenção contra Assange seja retirado
.detenção contra Assange seja retirado
O fundador da WikiLeaks está exilado na capital britânica há mais de cinco anos
Os
advogados de Julian Assange pediram hoje a um tribunal britânico que o
mandado de detenção em vigor no Reino Unido contra o fundador do portal
WikiLeaks, que permanece exilado na embaixada do Equador em Londres,
seja retirado.
Tal decisão iria permitir a Assange sair da embaixada equatoriana na capital britânica, onde está exilado há mais de cinco anos.
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Os
representantes de Assange alegam que o mandado de detenção em questão
não tem qualquer propósito, uma vez que o jornalista deixou de ser
procurado para responder diante da justiça da Suécia no âmbito de um
processo por alegadas agressões sexuais.
Em maio de 2017, a justiça sueca abandonou
o processo contra Assange, justificando na altura que não existiam
quaisquer perspetivas de conseguir levar o jornalista à Suécia num
futuro previsível.
O fundador do
WikiLeaks sempre negou tais acusações e argumentou que o mandado de
detenção era uma manobra para conseguir a sua extradição para os Estados
Unidos, onde pode ser processado pela publicação de documentos
militares e diplomáticos confidenciais.
Apesar
da decisão sueca, e à luz da justiça britânica, o fundador do portal
WikiLeaks ainda corre risco de prisão se sair da representação
diplomática equatoriana em Londres.
Assange
é procurado por incumprimento de fiança ao ter pedido em 2012 refúgio
na embaixada do Equador, para escapar a uma eventual extradição para a
Suécia.
O advogado Mark Summers disse
hoje no Tribunal de Magistrados de Westminster que o mandado de detenção
"perdeu propósito e as respetivas funções".
A
instância judicial deverá anunciar uma decisão a 6 de fevereiro,
segundo uma porta-voz daquele tribunal, em declarações à agência
France-Presse.
No passado dia 11 de
janeiro, o Equador divulgou que tinha concedido a nacionalidade
equatoriana a Assange, que nasceu na Austrália.
No
mesmo dia, o Governo de Quito indicou que tinha pedido às autoridades
britânicas para atribuírem um estatuto diplomático a Assange, algo que
foi recusado pelo executivo de Londres.
Na
quinta-feira, o Presidente equatoriano, Lenin Moreno, disse que o
Equador e o Reino Unido estavam a procurar uma solução "que proteja a
vida" de Assange, mas também que leve à justiça o fundador do WikiLeaks.
"Tive
uma conversa com a embaixadora do Reino Unido e ela está de acordo
comigo: vamos encontrar juntos uma solução que proteja a vida de Julian
Assange e que permita, ao mesmo tempo, que ele seja sancionado pelo erro
que cometeu", disse Moreno.
As
declarações de Moreno foram feitas depois de o jornal britânico The
Guardian ter publicado na quarta-feira um relatório elaborado por dois
médicos que indicava que o estado de confinamento em que vive Assange há
mais de cinco anos é "perigoso fisicamente e mentalmente" para o
jornalista e que constitui "uma clara violação dos direitos de acesso a
cuidados".
A extradição de Assange continua a ser uma prioridade para as autoridades dos Estados Unidos.
* Mais um pôdre da democracia, a situação desumana de Assange, viva o Equador.
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