Neuroliderança,
a nova fórmula de gestão
A rápida evolução tecnológica, a digitalização, a expansão da inteligência artificial e da internet das coisas deram início a uma nova era que afetará todos os setores da sociedade.
"O saber-fazer mudou de forma definitiva."
Toda a forma
do "saber-fazer" está a mudar, o que obriga a uma verdadeira revolução
nas competências que as pessoas vão necessitar de adquirir. Navegar
nesta mudança é um desafio para todos nós, especialmente para os que
ainda não estão "formatados" para gerir processos de mudança cada vez
mais complexos. Enquanto professor convidado da Porto Business School e
formador na Emotional Business Academy, tenho sensibilizado pessoas e
organizações para a necessidade da tomada de consciência e da
importância do desenvolvimento das competências de liderança. Se até
hoje estas chegavam para obter resultados, as mesmas já não serão
suficientes no novo paradigma.
Uma
das respostas mais eficazes está na neuroliderança, um curso especial
de formação que resulta de vários estudos sobre os novos desafios e que
cruza competências que vão da programação neurolinguística à gestão dos
processos emocionais, passando pelos novos modelos de comunicação.
Recorremos aos grandes especialistas nestas áreas, cujo objetivo é
antecipar todas as competências necessárias, a definição dos conteúdos e
a sua divulgação. Na grande maioria dos casos, a requalificação será
feita nas nossas esferas mentais para se poder enfrentar os novos
desafios com renovadas ambições. O sucesso destes processos deve ser
encarado como uma nova fase e não como um reajuste apenas necessário. De
acordo com o Instituto Kaizen e a RH Magazine, "68% dos colaboradores
das empresas portuguesas gostariam de fazer a aquisição de novas
competências nas áreas das ciências do comportamentais e da gestão das
emoções, e 73% das pessoas, [incluindo] as equipas de gestão de topo,
[consideram prioritário haver formação nas áreas do] desenvolvimento
pessoal e emocional."
As pessoas vão ter de estar
dispostas a abraçar novos projetos e imergir no desconhecido. Estas
necessitam de novas orientações e novos estímulos para ultrapassarem com
sucesso os desafios que vão sendo colocados. O domínio da
neuroliderança é por certo um novo desafio que se vai colocar a todos os
gestores. Pela primeira vez, ouvimos falar em cerca de 14 fases da vida
em vez das quatro que até aqui faziam sentido, obrigando a pensar na
forma de gerir estas gerações com lideranças distintas, adaptativas e
com o foco centrado nas novas necessidades e na execução de novas
tarefas.
A neuroliderança será um fator decisivo nesta
requalificação. Na EBA, estamos a antever quais são as ferramentas de
que necessitarão estes novos "ativos" num futuro próximo, até 2025.
Estamos a antecipar o que será necessário para cada uma destas 14 novas
fases de vida, todas elas com necessidades específicas: como ajudar a
gerir a mudança e como os poderemos preparar mental e emocionalmente
para estes novos desafios. Vamos passar do paradigma da formação
específica para o de aquisição de competências necessárias, que afetará
os modelos atuais do ensino e o próprio sistema de contratação de
recursos humanos. Estamos na fase do "learn by doing". A neuroliderança
vai permitir liderar de forma disruptiva os processos de gestão de
pessoas, pois no fulcro de todas estas alterações estão pessoas, e saber
liderá-las nesses contextos é o novo desafio.
Emotional Business Academy
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
01/11/17
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