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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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GNR compra 150 metralhadoras
para defender Papa Francisco
A visita do Papa a Fátima no próximo 13 de Maio será alvo de medidas de segurança especiais que implicam a compra de 150 pistolas-metralhadoras MP5 e 200 coletes anti-bala para a GNR e material táctico para a PSP.
O Governo deu luz verde à compra de armamento e material táctico
diverso para que as forças de segurança estejam devidamente equipadas
durante a visita do Papa a Fátima, agendada para Maio, no âmbito do
Centenário das Aparições. O Executivo aprovou a compra de 150
pistolas-metralhadoras HK-MP5, de fabrico alemão, e de 200 coletes
anti-bala para a Guarda Nacional Republicana (GNR), responsável pela
segurança naquela região.
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Para a PSP, o Governo autorizou a
compra de 17 malas de protecção balística, 15 malas tácticas, 18 malas
codificadas para armas e 80 kits tácticos de emergência médica.
Foi
este material que as forças de segurança portuguesas consideraram ser
necessário para preparar a visita do Papa Francisco a Fátima nos dias 12
e 13 de Maio, informou o Ministério da Administração Interna (MAI) num
documento enviado ao Parlamento, em resposta a uma pergunta do deputado
Duarte Marques, do PSD.
As 150 pistolas-metralhadoras,
produzidas pela empresa alemã Heckler & Koch (que também produz a
famosa G3, que equipa o Exército), vão ser adquiridas por ajuste
directo. Para comprar os 200 coletes balísticos foi já lançado um
concurso público, a 17 de Janeiro, com valor base de 110 mil euros – ou
seja, a prever um custo de 550 euros por colete.
Ao Negócios, o
MAI diz que o equipamento para a GNR tem um valor base total de 410 mil
euros (já incluindo os coletes), pelo que o Executivo está a contar com
um custo de 2.000 euros por cada metralhadora MP5 (300 mil euros no
total). O material para a PSP, que terá um valor base de 30 mil euros,
será adquirido por "ajuste directo com consulta a três entidades". As
verbas saem do orçamento da secretaria-geral do MAI.
O presidente
da Associação de Profissionais da Guarda (APG), César Nogueira, conta
ao Negócios que a GNR já contou com uma arma similar à MP5, a
pistola-metralhadora FAMAE, de fabrico chileno, que "já não é usada
porque é pouco segura e nada fiável". Para o combate ao crime, a alemã
MP5 "é uma arma óptima".
Ajuste directo para garantir rapidez
O
Ministério da Administração Interna justifica a compra das armas por
ajuste directo "com base em critérios materiais" porque o recurso ao
concurso público "não permitiria a entrega do equipamento em tempo
útil". A compra de bens por ajuste directo está limitada a um máximo de
75 mil euros.
O Governo tem vindo a excepcionar as despesas
feitas para preparar a visita do Papa para evitar que se tenham de
cumprir as regras da contratação pública. É um regime que "combina a
celeridade procedimental" com a "defesa dos interesses do Estado" e a
"rigorosa transparência nos gastos públicos", garante o Executivo.
Em
Janeiro, o Conselho de Ministros aprovou a contratação de obras por
ajuste directo até 5,2 milhões de euros. A lei só permite o ajuste
directo para empreitadas até 150 mil euros – acima dele é preciso fazer
um concurso público. A compra de bens por ajuste directo fica disponível
até 207 mil euros. Estas regras aplicam-se ao Estado e ao município de
Ourém – neste último, apenas para 18 obras de intervenção no espaço
público, como a beneficiação ou requalificação de arruamentos.
O
plano de segurança para a visita do Papa está em "fase final de
preparação" e também envolve a participação do Exército, de acordo com o
Governo.
A famosa HK-MP5
É
uma das pistolas-metralhadoras (sub-machine gun, em inglês) mais
conhecidas do mundo. É usada por forças de segurança, serviços secretos e
exércitos de mais de 40 países e é uma das armas de eleição de jogos de
computador como o Counter-Strike. Há mais de 100 variantes desta arma
em todo mundo. Pesa 3,5 quilos, tem calibre 9 milímetros e o carregador
leva 30 balas. Curiosamente, também é utilizada pela Guarda Suíça no
Vaticano.
* E nós a pensarmos que as novas metralhadoras foram compradas para proteger os portugueses do perigoso ditador, Chefe do Estado do Vaticano. Esclareça-se que o Estado do Vaticano não é um Estado de Direito.
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