ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
Crédito pessoal subiu 75%
em apenas quatro anos
Até agosto, o valor e o número de créditos para consumo dispararam. Estratégia de marketing dos bancos regressou ao período pré-crise
A média mensal do montante dos novos
créditos pessoais concedidos aos portugueses nos primeiros oito meses
deste ano disparou 75% face a 2012, quando a troika já estava no país.
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Segundo o Banco de Portugal (BdP), a média mensal deste ano ronda os 471,1 milhões de euros, enquanto, que em 2012 era de 268,7 milhões de euros. Em termos de novos contratos, o número médio mensal aumentou 18% naquele mesmo período, passando de 97 037 (2012) para 114 485 (média mensal de oito meses de 2016). A associação de consumidores Deco alertou para o fenómeno atual da subida do crédito pessoal e, essencialmente, para o regresso em força da “publicidade feita pelas instituições bancárias para este tipo de produto”.
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O PRINCÍPIO |
Segundo o Banco de Portugal (BdP), a média mensal deste ano ronda os 471,1 milhões de euros, enquanto, que em 2012 era de 268,7 milhões de euros. Em termos de novos contratos, o número médio mensal aumentou 18% naquele mesmo período, passando de 97 037 (2012) para 114 485 (média mensal de oito meses de 2016). A associação de consumidores Deco alertou para o fenómeno atual da subida do crédito pessoal e, essencialmente, para o regresso em força da “publicidade feita pelas instituições bancárias para este tipo de produto”.
Nuno Rico, economista da Deco, entende que o
aumento deste tipo de produto, “bem como o aparecimento de novas
ofertas, explica-se pelo facto de ser um crédito cujo dinheiro é vendido
a taxas de juro mais elevadas comparativamente aos empréstimos para a
habitação, que tem estado a viver um período de taxas reduzidas, por
exemplo”.
Taxas elevadas
Além disso, frisa, “com a política expansionista do Banco Central Europeu, os bancos têm muito dinheiro disponível e querem vender a taxas mais elevadas”.
Nuno Rico explica ainda a subida da concessão de crédito pessoal, com a “recuperação da disponibilidade das famílias para voltarem a consumir, e naturalmente que estão a aproveitar este momento de muita oferta por parte das instituições financeiras para realizarem algumas compras ou até obras que foram adiando nos últimos anos”. O crédito pessoal sem finalidade específica deu, em agosto, um pulo de 23,2% face há um ano; e para Educação, Saúde e Energias Renováveis aumentou 58,5% .
O economista salienta que “esta recuperação ainda não é sustentável e os dados do sobre endividamento são a prova disso mesmo. Os pedidos de apoio de sobre-endividados que chegam à Deco continuam com números estáveis. Só no primeiro semestre deste ano, o Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado recebeu um total de 17 300 pedidos de ajuda, com cada consumidor a apresentar, em média, cinco créditos ativos. Havendo apenas com uma realidade diferente: “surgem também pessoas empregadas que viram os seus rendimentos reduzidos e não têm como fazer face aos compromissos assumidos antes da crise e dos tempos de austeridade”.
Além deste alerta, Nuno Rico mostra-se preocupado com “a vasta oferta e com as estratégias de marketing por parte das instituições financeiras para o crédito pessoal, que são iguais ao que assistimos nos períodos antes da crise, e conhecemos bem os resultados. Parece que não aprendemos nada com os erros do passado”.
Análise
Tendo em conta o aumento da oferta, bem como da procura de crédito pessoal, a Deco analisou as propostas desta solução apresentadas por 17 instituições financeiras a operar em Portugal. A solução do ActivoBank é a mais baixa do mercado, conclui.
E, logo à cabeça, fazem uma advertência aos consumidores. “A TAEG é a variável que deve seguir de guia para comparar propostas de crédito, porque reflete todos os custos do empréstimo, nomeadamente comissões iniciais e periódicas, seguros associados e impostos”.
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O mesmo estudo indica que existem propostas no mercado com uma taxa anual nominal (TAN) “atrativa, mas esconde uma TAEG mais elevada”. Nesse contexto, a Deco pede novamente que se olhe para a TAEG na altura de escolher o crédito.
A outra questão que também levanta o estudo da Deco é a possibilidade de ter taxa fixa ou variável, sujeita às variações da Euribor. “A escolha depende sempre das possibilidades dos consumidores”, mas mais uma vez avisam: “na altura de escolher, olhe para o valor da TAEG, uma vez que esse é o custo real”.
Taxas elevadas
Além disso, frisa, “com a política expansionista do Banco Central Europeu, os bancos têm muito dinheiro disponível e querem vender a taxas mais elevadas”.
Nuno Rico explica ainda a subida da concessão de crédito pessoal, com a “recuperação da disponibilidade das famílias para voltarem a consumir, e naturalmente que estão a aproveitar este momento de muita oferta por parte das instituições financeiras para realizarem algumas compras ou até obras que foram adiando nos últimos anos”. O crédito pessoal sem finalidade específica deu, em agosto, um pulo de 23,2% face há um ano; e para Educação, Saúde e Energias Renováveis aumentou 58,5% .
O economista salienta que “esta recuperação ainda não é sustentável e os dados do sobre endividamento são a prova disso mesmo. Os pedidos de apoio de sobre-endividados que chegam à Deco continuam com números estáveis. Só no primeiro semestre deste ano, o Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado recebeu um total de 17 300 pedidos de ajuda, com cada consumidor a apresentar, em média, cinco créditos ativos. Havendo apenas com uma realidade diferente: “surgem também pessoas empregadas que viram os seus rendimentos reduzidos e não têm como fazer face aos compromissos assumidos antes da crise e dos tempos de austeridade”.
Além deste alerta, Nuno Rico mostra-se preocupado com “a vasta oferta e com as estratégias de marketing por parte das instituições financeiras para o crédito pessoal, que são iguais ao que assistimos nos períodos antes da crise, e conhecemos bem os resultados. Parece que não aprendemos nada com os erros do passado”.
Análise
Tendo em conta o aumento da oferta, bem como da procura de crédito pessoal, a Deco analisou as propostas desta solução apresentadas por 17 instituições financeiras a operar em Portugal. A solução do ActivoBank é a mais baixa do mercado, conclui.
E, logo à cabeça, fazem uma advertência aos consumidores. “A TAEG é a variável que deve seguir de guia para comparar propostas de crédito, porque reflete todos os custos do empréstimo, nomeadamente comissões iniciais e periódicas, seguros associados e impostos”.
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E O FIM |
O mesmo estudo indica que existem propostas no mercado com uma taxa anual nominal (TAN) “atrativa, mas esconde uma TAEG mais elevada”. Nesse contexto, a Deco pede novamente que se olhe para a TAEG na altura de escolher o crédito.
A outra questão que também levanta o estudo da Deco é a possibilidade de ter taxa fixa ou variável, sujeita às variações da Euribor. “A escolha depende sempre das possibilidades dos consumidores”, mas mais uma vez avisam: “na altura de escolher, olhe para o valor da TAEG, uma vez que esse é o custo real”.
* Uma notícia muito má, quem cria dívidas ficará na penúria, os bancos não brincam à caridadezinha.
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