Rui Moreira
agora é do Sporting?
Poderão alguns leitores ficar chocados com
a pergunta. É que, de clube, não se muda! Mas, de facto, a atuação de
Rui Moreira à frente da Câmara Municipal do Porto faz-me recordar o
Sporting - que não o seu presidente, evidentemente... Então, porquê?
Porque os adeptos deste clube são conhecidos pela expressão "para o ano é
que é!". E Rui Moreira, na Câmara Municipal do Porto, também passou a
ser conhecido por "para o próximo mandato é que é!"...
Poderão
considerar que estou a ser injusto, dada a imagem positiva que Rui
Moreira tem. Mas, analisando com pormenor, constatamos que essa imagem
resulta, principalmente, das suas caraterísticas pessoais (ainda por
cima em comparação com as do seu antecessor, sempre zangado com tudo e
com todos). A que se alia uma imagem em alta do Porto, situação que
deriva do crescimento turístico e das iniciativas de animação que devem
muito ao talento do tragicamente desaparecido vereador Paulo Cunha e
Silva. Mas, infelizmente, essa imagem não se corporiza em investimentos
na cidade, sendo que estes não se fazem ou vão sendo repetidamente
anunciados, mas... para o próximo mandato!
Para
que não me acusem, mais uma vez, de estar a ser injusto, analisarei,
apenas, aquelas que Rui Moreira apresentou, pomposamente, como 22
"Ideias para Ganhar e para Cumprir". E aqui a porca torce o rabo porque
podem ser ideias que serviram para ganhar as eleições, mas que,
objetivamente, não foram cumpridas.... Vejamos, face à limitação do
espaço, algumas. "Construir um Centro de Congressos no Palácio de
Cristal": nada feito, com processos em tribunais. "Criação de um Polo
Logístico em Campanhã, no edifício do antigo matadouro": projeto
apresentado, mas nenhuma obra efetuada.
"Reabilitar o Mercado do Bolhão no prazo de um ano": Já passaram três anos e, agora, aponta-se para 2019. "Reabilitar e expandir a Biblioteca Municipal do Porto em S. Lázaro": nada feito. "Recuperar e construir novas instalações desportivas espalhadas pela cidade": não se veem. "Devolver os guardas-noturnos à cidade": nem um. "Criar um interface rodoviário em Campanhã": obras nem vê-las.
"Reabilitar o Mercado do Bolhão no prazo de um ano": Já passaram três anos e, agora, aponta-se para 2019. "Reabilitar e expandir a Biblioteca Municipal do Porto em S. Lázaro": nada feito. "Recuperar e construir novas instalações desportivas espalhadas pela cidade": não se veem. "Devolver os guardas-noturnos à cidade": nem um. "Criar um interface rodoviário em Campanhã": obras nem vê-las.
É que apresentar projetos e anunciar obras não significa realizar obras... Naturalmente que há coisas que foram feitas e algumas bem feitas. Mas, se há traço que carateriza este mandato autárquico, é o da incapacidade da Câmara em conseguir concretizar investimentos, sendo que o problema não é falta de dinheiro, dado que os cofres municipais estão recheados!
* Engenheiro
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
19/09/16
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