ESTA SEMANA NO
"OJE/
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JORNAL ECONÓMICO"
Passos preocupado por o país
“não crescer o que devia”
O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho voltou a deixar sinais de
crítica à ação do Executivo liderado por António Costa. “Preocupa-me que
o país não esteja a crescer aquilo que precisa, devia e nem sequer
aquilo que foi projetado pelo atual Governo que tem uma abordagem
radicalmente diferente da do anterior”, indicou.
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De visita a Proença-a-Nova, área recentemente atingida por incêndios,
Passos referiu: “As coisas não são por acaso, não caem do céu. O que me
preocupa é a previsão do médio e longo prazo, qual é a perspetiva no
horizonte do país nos próximos dois, três anos e por aí fora. E essa
perspetiva é muito limitada conforme foi realçado pelo Conselho de
Finanças Públicas, pois, se tudo continuar como está, se este tipo de
abordagem política se mantiver, as perspetivas deste órgão independente
são de que andaremos sempre a lutar todos os anos por ter um bocadinho
menos de 3% do défice ou talvez um bocadinho mais, muito dependentes do
exterior para ter de adotar políticas mais restritivas internamente e,
portanto, o país não crescerá mais de 1 ou 1,5%. Esta é uma perspetiva
muito limitadora e devemos encarar o futuro com mais ambição.”
Voltando aos seus tempos de governação, o dirigente social-democrata
referiu: “Estávamos a crescer a um ritmo maior do que estamos hoje, a
recuperar confiança e credibilida no exterior, atraindo mais
investimento e tudo isso está, de certa maneira, a perder gás, a andar
para trás e isso é mau, porque podíamos estar melhor do que hoje e
estamos a desperdiçar oportunidades.”
Passos recusou ainda comentar o Orçamento do Estado para 2017,
recordando que “o Governo ainda está a negociar medidas no seio da
maioria”. Contudo, acerca de questões relacionadas com o imposto sobre o
património que tem sido referido, o líder do PSD defendeu que “é
preciso valorizar o património que temos e valorizar o investimento
direto estrangeiro no património”.
* Preocupações dum malandro que pôs a economia a minguar como não devia.
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