21/07/2016

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HOJE NO 
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Sindicato Independente dos Médicos 
critica gastos de 39 milhões 
com prestação de serviços

Sindicato defende que “continua o ataque ao SNS e à carreira médica”. E critica Ministério da Saúde por continuar a pagar, a empresas avulsas de serviços médicos, verbas “várias vezes superiores” às que despenderia com a remuneração do trabalho extraordinária dos médicos do SNS.
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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denuncia que o Ministério da Saúde continua a pagar a empresas avulsas de serviços médicos, verbas “várias vezes superiores” às que despenderia com a remuneração do trabalho extraordinário dos médicos do quadro do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Só nos primeiros cinco meses de 2016 foram gastos 39 milhões de euros com prestação de serviços médicos, alerta o SIM.

 “A indesmentível crise dos Serviços de Urgência hospitalares não se resolverá, antes tenderá a acentuar-se, com a manutenção de políticas remuneratórias erradas, com a manutenção dos cortes na remuneração das horas extra dos médicos do quadro do SNS ao mesmo tempo que se paga valores várias vezes superiores a inúmeras empresas que enxameiam os Serviços de Urgência”, afirma o SIM em comunicado.

O Sindicato dá conta que só nos primeiros cinco meses de 2016, o Ministério da Saúde já gastou mais de 39 milhões de euros com prestação de serviços médicos, verificando-se este ano, diz, “um aumento do peso dos custos com as prestações de serviços comparativamente ao ano anterior”.
Para o SIM a ausência de medidas que alterem a situação actual, nomeadamente através da reposição do pagamento das horas extra aos médicos do SNS,” prefigura um ataque ao SNS”.

Sindicato exige reposição do pagamento a 100% do valor das horas extras
No final de Maio, o Sindicato exigiu reposição do pagamento a 100% do valor das horas extraordinárias e pediu na altura a intervenção do primeiro-ministro.

Na altura, o secretário-geral do SIM disse que o conselho nacional deste sindicato deu "luz verde" para que sejam tomadas medidas com vista ao fim da "manutenção da injustiça do pagamento em 50% das horas extraordinárias, ao mesmo tempo que persistem o pagamento às empresas de mais do triplo desse valor".

Jorge Roque da Cunha lamenta, sobretudo, que ao mesmo tempo que o Ministério da Saúde alega não ter meios para esta reposição, aceite pagar 50 euros à hora às empresas de prestação de serviços médicos.

"Ao lado de um médico chefe de equipa que recebe cinco euros a mais por cada hora extraordinária que faça pode estar um profissional sem qualquer tipo de responsabilidade e a quem é pago 50 euros por essa mesma hora", disse.

* Estamos completamente de acordo com o SIM. O SNS estaria melhor se não fossem os abutres das empresas de trabalho temporário de serviços médicos.

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