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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Empresas que investirem em Cuba vão ter
. isenções fiscais durante 10 anos
. isenções fiscais durante 10 anos
O Governo de Havana aprovou em 2014 uma série
incentivos fiscais para as empresas que decidirem investir no país.
Existem oportunidades em diversos sectores, como turismo, energia ou
saúde.
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Atrair investimento estrangeiro. É
este um dos grandes designíos do governo cubano para os próximos
anos. Mais de 50 anos depois do embargo imposto pelos Estados Unidos, a
ilha caribenha calcula que precisa de um investimento anual de 2.245
milhões de euros para fomentar o crescimento económico.
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Para
promover estes investimentos, o Governo de Havana aprovou uma série de
incentivos fiscais para as empresas que decidirem investir no país.
E
existem diversos sectores onde investir, depois da aprovação em 2014 de
uma lei que abriu as portas ao investimento nos transportes, turismo,
energia, petróleo, agroalimentar, indústria, construção, saúde ou
telecomunicações.
Um dos principais incentivos fiscais é a isenção de pagamento de IRC
durante 10 anos na zona especial de desenvolvimento de Mariel, local
onde as empresas contam com mais incentivos fiscais do que no resto do
país. Para quem quiser investir no resto da ilha, vai poder contar com
uma isenção do IRC durante oito anos.
Estes dados constam do
estudo "Cuba: estímulos fiscales a la inversión extranjera", divulgado
pelo jornal espanhol Expansion esta segunda-feira, 21 de Março e
elaborado por advogados espanhóis e cubanos. E a sua publicação coincide
com a já histórica visita de Barack Obama, presidente dos Estados
Unidos, à ilha liderada pela família Castro.
É na zona de Mariel
que está localizado um porto inaugurado em 2014, que contou com um
empréstimo de 600 milhões de euros por parte do banco público brasileiro
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
A
presidente brasileira, Dilma Rousseff, esteve presente na inauguração
deste porto em Janeiro de 2014 que está preparado para os navios Post
Panamax, os maiores do mundo.
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A lei de investimento estrangeiro
também prevê uma isenção das taxas alfandegárias para os equipamentos e
maquinas que se destinem ao investimento das empresa. "Por exemplo, se
se instalar uma fábrica de queijos em Mariel [caso real], a maquinaria
para processar o leite, por exemplo, entram em Cuba sem pagar taxas",
explica ao Expansíon um dos autores do estudo, o advogado Rafael
Hormigo.
Em relação ao pagamento do IRS,
os investidores estrangeiros em empresas de capital misto criadas em
Cuba ficam isentos deste pagamento pelos lucros obtidos nos dividendos
ou lucros do negócios.
O Governo de Havana está especialmente
interessado em atrair "investidores que queiram produzir produtos que
Cuba está actualmente a importar", aponta Rafael Hormigo.
Uma das
necessidades de investimento são as embalagens de cervejas e
refrigerantes que o país precisa actualmente de importar. Os
investimentos considerados prioritários serão os primeiros a serem
aprovados.
* Quanto mais pobres, mais ansiosos pela economia de mercado neo liberal.
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