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Nesta geração, estão 600 milhões de adolescentes raparigas
com necessidades específicas e sonhos para o seu futuro. Partilhei nos
últimos meses, com os leitores e leitoras da Máxima, algumas
experiências enquanto Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA há já quase 15
anos, partilhei informações que espelham bem o mundo em que vivemos em
termos de Direitos Humanos. Com base nos estudos publicados e
testados no terreno, partilhei o que é absolutamente determinante que se
faça para a construção de um mundo muito mais saudável, sustentável e
igualitário. Fecho hoje este ciclo retomando o tema da anterior crónica:
o poder inacreditável da maior geração de jovens na história da
humanidade – são 1.8 mil milhões com idades entre os 10 e os 24 anos. No
mundo inteiro os jovens enfrentam obstáculos sociais, económicos e
legais que os impedem de fazer uma transição segura e saudável da
adolescência para a idade adulta e da escola para o mundo do
trabalho. Por comparação, na América do Norte e na Europa Ocidental, 3%
dos jovens não frequentam o ensino secundário mas na África Subsariana a
percentagem sobe para quase 36%. 73.4 milhões de adolescentes com
idades entre os 15 e os 24 estão desempregados.
O relatório sobre a situação da População Mundial, produzido pelo UNFPA e divulgado no mês passado em todo o mundo, expõe, na primeira pessoa, nos países onde o desenvolvimento humano é mais baixo e nos países onde é mais alto, as necessidades prioritárias para os jovens. Apesar da conhecida desproporção, os dois primeiros pedidos da lista são os mesmos: todos querem uma boa educação e um governo honesto e responsável. Os jovens têm potencial para serem agentes sociais de mudança e motores de desenvolvimento da economia e inovação tecnológica retirando daqui dividendos demográficos. A população jovem está a crescer rapidamente nos países mais pobres. A transição demográfica só irá acontecer quando as taxas de mortalidade e fertilidade baixarem deixando muito menos pessoas dependentes. Na puberdade o mundo das raparigas encolhe enquanto os horizontes dos rapazes se expandem...
Nesta geração, estão 600 milhões de adolescentes raparigas com necessidades específicas e sonhos para o seu futuro. Gravidezes não desejadas são mais comuns entre os mais pobres e programas de planeamento familiar voluntário podem reduzir esta assimetria. Capacitar os indivíduos para que livremente possam decidir quando ter filhos requer uma série de medidas que respeitam os direitos humanos e asseguram acesso a serviços
de saúde sexual e reprodutiva, educação e empowerment das raparigas e mulheres. Se se conseguisse manter as jovens no sistema de ensino completo, elas tendencialmente casariam mais tarde, teriam menos probabilidades de morrer durante a gravidez ou parto, seriam mães de duas ou três crianças com mais possibilidades de serem saudáveis e de frequentarem a escola. A mortalidade materna é a maior causa de morte nas jovens nos países onde a fertilidade é maior. A mortalidade infantil é também mais elevada quando os nascimentos têm um espaço inferior a dois anos e tudo piora se for uma mãe adolescente. Em alguns lugares do mundo as raparigas mais depressa morrem ao dar à luz do que acabam a escolaridade. Em mais de 100 países existem leis que impedem as mulheres de participar na economia. No dia Internacional da Juventude, 12 de agosto, o UNFPA e
a Global Citizen lançaram a Campanha #showyourselfie, uma petição que
instiga os líderes mundiais a colocarem na agenda pós-2015 como
prioridades (já que os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio expiram
em 2015) as necessidades e os direitos dos jovens que incluem: educação,
ferramentas de emprego e oportunidades, serviços de saúde de
qualidade, acesso a contraceção, educação sexual consciente,
proteção contra a violência e práticas nefastas e a participação nas
tomadas de decisão. Este apelo é feito através de uma selfie que tem de
ser partilhada na campanha. Cada fotografia é uma assinatura visual que
mostra que a pessoa fotografada acredita no poder dos 1.8 mil milhões de
jovens.
#showyourselfie pela juventude! Participem!
Em jeito de despedida, gostava de relembrar que o UNFPA existe para apoiar a construção de um mundo onde cada gravidez é desejada, cada parto é seguro e cada jovem possa ver o seu potencial reconhecido e aproveitado. Porque é que Continuamos à espera? Partilhem! Até sempre.
IN "MÁXIMA"
05/08/15
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Direitos Humanos
Que para mim teve uma grande importância porque ilustra um dos verbos que mais estimo: partilhar.
O relatório sobre a situação da População Mundial, produzido pelo UNFPA e divulgado no mês passado em todo o mundo, expõe, na primeira pessoa, nos países onde o desenvolvimento humano é mais baixo e nos países onde é mais alto, as necessidades prioritárias para os jovens. Apesar da conhecida desproporção, os dois primeiros pedidos da lista são os mesmos: todos querem uma boa educação e um governo honesto e responsável. Os jovens têm potencial para serem agentes sociais de mudança e motores de desenvolvimento da economia e inovação tecnológica retirando daqui dividendos demográficos. A população jovem está a crescer rapidamente nos países mais pobres. A transição demográfica só irá acontecer quando as taxas de mortalidade e fertilidade baixarem deixando muito menos pessoas dependentes. Na puberdade o mundo das raparigas encolhe enquanto os horizontes dos rapazes se expandem...
Nesta geração, estão 600 milhões de adolescentes raparigas com necessidades específicas e sonhos para o seu futuro. Gravidezes não desejadas são mais comuns entre os mais pobres e programas de planeamento familiar voluntário podem reduzir esta assimetria. Capacitar os indivíduos para que livremente possam decidir quando ter filhos requer uma série de medidas que respeitam os direitos humanos e asseguram acesso a serviços
de saúde sexual e reprodutiva, educação e empowerment das raparigas e mulheres. Se se conseguisse manter as jovens no sistema de ensino completo, elas tendencialmente casariam mais tarde, teriam menos probabilidades de morrer durante a gravidez ou parto, seriam mães de duas ou três crianças com mais possibilidades de serem saudáveis e de frequentarem a escola. A mortalidade materna é a maior causa de morte nas jovens nos países onde a fertilidade é maior. A mortalidade infantil é também mais elevada quando os nascimentos têm um espaço inferior a dois anos e tudo piora se for uma mãe adolescente. Em alguns lugares do mundo as raparigas mais depressa morrem ao dar à luz do que acabam a escolaridade. Em mais de 100 países existem leis que impedem as mulheres de participar na economia.
#showyourselfie pela juventude! Participem!
Em jeito de despedida, gostava de relembrar que o UNFPA existe para apoiar a construção de um mundo onde cada gravidez é desejada, cada parto é seguro e cada jovem possa ver o seu potencial reconhecido e aproveitado. Porque é que Continuamos à espera? Partilhem! Até sempre.
IN "MÁXIMA"
05/08/15
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