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Mota Soares contraria
ministra das Finanças
Assegurou que não está nenhuma proposta em debate.
O ministro Mota Soares afirmou esta segunda-feira que
“qualquer alteração” nos sistemas públicos da Segurança Social deve ser
debatida com “amplo consenso político” e também com o PS, assegurando
que não está nenhuma proposta em debate.
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O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota
Soares, comentava desta forma as declarações da ministra das Finanças,
Maria Luís Albuquerque, que afirmou, no sábado, que o processo de
garantia da sustentabilidade da Segurança Social pode passar por
reduções nas atuais pensões, se tal significar uma melhor redistribuição
do esforço.
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A ministra afirmou que “é honesto dizer aos portugueses que vai ser
preciso fazer alguma coisa sobre as pensões para garantir a
sustentabilidade da Segurança Social”, explicando que “essa alguma coisa
pode passar, se for essa a opção, por alguma redução mesmo nos atuais
pensionistas”.
Em declarações aos jornalistas à margem da conferência do Instituto
de Apoio à Criança (IAC) “Crianças Desaparecidas e Exploradas
Sexualmente”, Mota Soares assegurou que “não há neste momento nenhuma
medida a ser discutida”, nem “nenhuma proposta a ser apresentada”.
Recordando o que “o Governo já disse várias vezes”, Mota Soares
defendeu que “qualquer alteração a uma matéria dos sistemas públicos da
Segurança Social deve ser discutida com um amplo consenso político e
também com o maior partido da oposição [PS]”.
“Dissemo-lo há um ano, dissemo-lo há dois meses quando escrevemos o
programa de estabilidade e volto a dizê-lo hoje”, comentou o ministro,
sublinhando que é preciso esclarecer os pensionistas de que não há
nenhuma proposta a ser debatida.
“Quando falamos para pensionistas valores como a previsibilidade,
como a confiança e a estabilidade são muito importantes”, frisou.
Considerou ainda ser “importante lembrar” que as pensões que estavam
sujeitas a CES [Contribuição Extraordinária de Solidariedade] estão,
neste momento, todas repostas com exceção das pensões com valores
superiores a 4.611 euros por mês.
Mota Soares explicou que esta reposição, ao contrário do que algumas
pessoas dizem, não se deve só à decisão do Tribunal Constitucional”.
“A proposta que o Governo enviou repunha as pensões entre 45 e 75%
havendo uma recuperação muito grande do rendimento destes mesmos
pensionistas”, frisou.
Na semana passada, a ministra das Finanças remeteu para depois das
eleições o desenho da reforma de pensões, que o Governo pretende que
traga poupanças de 600 milhões de euros, voltando a chamar o PS para o
debate.
“O Governo tem dito repetidamente que ainda não há um desenho da
medida e na verdade o que temos é um impacto positivo sobre o sistema de
pensões em medidas que terão ainda de ser desenhadas, de preferência
num diálogo com o PS, que temos esperança de que possa ser mais intenso e
profícuo depois das eleições”, afirmou Maria Luís Albuquerque na última
audição regimental da legislatura na comissão parlamentar de Orçamento,
Finanças e Administração Pública.
No Programa de Estabilidade 2015-2019, o Governo prevê poupar 600
milhões de euros em 2016 com uma reforma do sistema de pensões, mas não
adianta como pretende fazê-lo. Como "hipótese meramente técnica", o
Governo manteve a proposta que estava no Documento de Estratégia
Orçamental (DEO) do ano passado relativamente à reforma de pensões,
embora ela tenha sido chumbada pelo Tribunal Constitucional em Agosto do
ano passado.
* Não desengraçamos com a prosápia do sr. ministro mas na verdade quem manda é Maria Luís Albuquerque, o ministro Mota da lambreta está a pôr-se em bicos de pés porque é baixinho e tem pouco peso.
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