26/04/2015

CARLOS ANJOS

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Culpada ou inocente

O caso da professora de 32 anos, suspensa de funções pela Direção da escola, por supostamente ter tido um relacionamento sexual com um aluno de 14 anos, é digno de estudo.

Todos temos opinião, uns contra a professora, por entenderem que ela abusou sexualmente do miúdo. Existem outras pessoas que estão incondicionalmente ao lado da professora, por entenderem que a docente está a ser vítima de uma cabala. Neste grupo encontra-se um elevado número de alunos e os seus pais. Mas que informações têm estas pessoas para formular tão fortes opiniões? Aparentemente, nenhumas. É tudo uma questão de fé.

Segundo se sabe, nem o jovem, nem os pais, apresentaram qualquer queixa-crime. Não existindo processo-crime, não existe a possibilidade de se ter acesso às mensagens trocadas entre os dois. Na nota de suspensão, não estão exarados os motivos. Ainda não foi nomeado um instrutor para o processo disciplinar.

Em conclusão, neste momento, além das opiniões e paixões que um caso destes motiva, do ponto de vista processual, não existe nada.


PRESIDENTE DA COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE VÍTIMAS DE CRIMES

IN "CORREIO DA MANHÃ"
24/04/15

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