Culpada ou inocente
O caso da professora de 32 anos, suspensa de funções pela Direção da escola, por supostamente ter tido um relacionamento sexual com um aluno de 14 anos, é digno de estudo.
Todos temos opinião, uns contra a professora, por entenderem que ela abusou sexualmente do miúdo. Existem outras pessoas que estão incondicionalmente ao lado da professora, por entenderem que a docente está a ser vítima de uma cabala. Neste grupo encontra-se um elevado número de alunos e os seus pais. Mas que informações têm estas pessoas para formular tão fortes opiniões? Aparentemente, nenhumas. É tudo uma questão de fé.
Segundo se sabe, nem o jovem, nem os pais, apresentaram qualquer queixa-crime. Não existindo processo-crime, não existe a possibilidade de se ter acesso às mensagens trocadas entre os dois. Na nota de suspensão, não estão exarados os motivos. Ainda não foi nomeado um instrutor para o processo disciplinar.
Em conclusão, neste momento, além das opiniões e paixões que um caso destes motiva, do ponto de vista processual, não existe nada.
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE VÍTIMAS DE CRIMES
IN "CORREIO DA MANHÃ"
24/04/15
.
Sem comentários:
Enviar um comentário