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Senso d'hoje
Senso d'hoje
CRISTINA CASALINHO
LIDER DA EQUIPA DE GESTÃO
DO TESOURO E DA DÍVIDA PÚBLICA
SOBRE O NOSSO TESOURO
DO TESOURO E DA DÍVIDA PÚBLICA
SOBRE O NOSSO TESOURO
Hoje não necessitamos de uma almofada de liquidez com a dimensão daquela
que foi necessária no passado. Durante o programa, e no primeiro ano de
saída, o Estado português trabalhou com níveis de reservas de liquidez
de dois terços [da necessidade de financiamento do ano seguinte]. Hoje o
nosso objetivo é entre 50% a dois terços. Portanto faz sentido reduzir
progressivamente essa almofada. A ideia é, em cada ano, fazer o
pré-financiamento do ano seguinte, ou seja, assegurar que as
necessidades de financiamento do ano seguinte já são cobertas pelas
emissões que são realizadas no ano precedente.
Manter uma reserva custa dinheiro ao Estado mas tem benefícios notáveis.
Excluindo honrosas exceções, como a Alemanha, constatamos que há uma
tendência, mesmo entre os grandes emitentes, como a França, para ter
almofadas de liquidez maiores do que as que tinham no passado. É claro
que estas necessidades tornam-se mais notórias em emitentes mais
pequenos. Essa preocupação coloca-se mais em Portugal, na Irlanda, na
Bélgica e na Finlândia, e também são estes estados que têm vindo a usar
com mais frequência este tipo de instrumento.
* Excertos de entrevista ao "DINHEIRO VIVO"
.
** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a
curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de
comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro.
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