19/09/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

DECO diz que falta variedade 
nas refeições escolares

A higiene das ementas escolares é boa, mas a ementa "pode ser mais equilibrada e variada", diz um estudo da DECO, que esteve em 30 escolas. As três melhores na visita surpresa são públicas. 

A associação de defesa do consumidor avaliou as refeições e as ementas mensais servidas nas cantinas de 30 escolas do 2.º ciclo, seis delas privadas, e concluiu que as "quantidades de carne e peixe recomendadas pela Direção-Geral de Educação são excessivas, fomentando o consumo de proteínas animais", e que é preciso rever o consumo de sal, gorduras saturadas e proteínas.

Em três escolas o resultado global da visita surpresa é muito bom, em 13 é bom e noutras 13 médio. Apenas uma falhou os objetivos e teve um "mau" na "fotografia do momento" tirada pela DECO. As três melhores refeições encontradas pela associação foram servidas em escolas públicas, a Escola Básica Escultor António Fernandes de Sá, de Vila Nova de Gaia, a Dr.ª Maria Alice Gouveia, em Coimbra, e a Dr. Vieira de Carvalho, na Maia.

No extremo oposto, a pior escola, com a refeição mais desiquilibrada e com má nota na higiene devido à "contagem de E. Coli" na salada, foi o colégio São João de Brito, em Lisboa.A DECO nota ainda que, "embora seja de felicitar a inclusão diária de fruta e legumes na ementa", as doses são geralmente inferiores às recomendadas pela Direção-Geral de Educação (DGE)".
As orientações da DGE dizem que as cantinas escolares devem fornecer sempre pão fresco, sopa, salada ou legumes e, em dias alternados peixe e carne. A refeição deve acabar sempre com fruta, embora duas vezes por semana possa haver uma sobremesa doce ou fruta cozida.

A DECO descobriu que "o critério menos cumprido é de um prato à base de bife, costeleta, escalope ou carne à fatia duas vezes por semana: as cantinas privilegiam a carne picada, desfiada ou aos pedaços, o que não fomenta a mastigação, a prática do corte e o retirar dos ossos e das espinhas". Os refeitórios pecam também por não servirem ovos e leguminosas com a frequência desejável.

Outros dois aspetos negativos, mas que a associação considera menos relevantes, "são a inclusão de fritos com maior frequência do que a definida e a não inclusão de um prato de aves com frequência semanal". 

* Deve prestar-se atenção ao que a DECO recomenda.


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