O menino que queria
voltar a casa
Ponto 1 - Após algum tempo de ausência das lides da escrita aqui estou eu a entregar-vos um pouco do meu pensamento.
Inicio a minha reflexão sobre o desaparecimento do menino de ano e meio na ilha da Madeira. Comecei por ver a fotografia desta criança, tão pequena de idade e de meios de sobrevivência a sós, que me entrava pela casa dentro e me deixava o “coração” angustiado. Não compreendo que, dentro de um contexto familiar saudável, se diga a um menino de tão tenra idade que vá sozinho a qualquer lado. Isto pode significar que continuamos a desprezar o bem-estar e a proteção que devemos dar à infância.
Sou contra a retirada destes seres das suas famílias para serem encaixotados em instituições. Um lar, mesmo com problemas, é sempre o lugar mais adequado para criar e educar aqueles que dependem dos adultos para quase tudo. Mas, francamente! Que gente é esta que não sabe que qualquer criança de pouca idade tem que ter a mão de um adulto a protegê-la.
No momento em que escrevo, o menino já apareceu. O que se terá passado? Poucos sabem. Seria bom apurar detalhadamente os meandros desta história que podia ter tido um fim trágico.
Ponto 2 – O Representante da Republica para os Açores falhou ao enviar para o Tribunal Constitucional a remuneração complementar que a RAA no seu Orçamento Regional para 2014 havia atribuído aos Açorianos. Tal remuneração visa amortecer os cortes que a República faz a torto e a direito, e sem nenhuns escrúpulos, aos funcionários do Estado.
Está de parabéns o Governo dos Açores, bem como todos nós, quando vê as suas legítimas pretensões aceites pelo TC, como sucedeu na passada semana.
O nível de vida nas nossas Ilhas é muito elevado. Todos nós sabemos disso. Os cortes que reformados, pensionistas e função pública sofreram nos últimos anos, e neste em particular, deixa todos sem folga para extras que também contribuem para o bem-estar das pessoas e das famílias.
O que pretende, realmente, o governo de Passos Coelho e Paulo Portas? Em primeiro lugar, contrariar o TC quando este chumba a convergência das pensões. Vejam se não é assim: Cortam nas pensões de sobrevivência e alargam a Contribuição extraordinária de solidariedade dos 1350 para os 1000 euros. Aumentam os descontos para a ADSE. Sobem o IVA tornando incomportáveis os preços da alimentação e outros bens essenciais. Arrasam, assim, os salários e pensões baixando o nível de vida da classe média para valores que se comparam aos do tempo da Ditadura.
Há fome no País e na RAA. Fala-se em 40% de desempregados jovens. Todos os dias surgem notícias tristes de pessoas que não conseguem cumprir os seus compromissos com a banca, a maldita banca que tanta força fez para que os mais incautos levantassem quantias em dinheiro que jamais poderiam pagar...
Chegou-se ao exagero de deixar contrair empréstimos com fianças de mais de 50 anos de idade por um período de tempo de 50 anos de vida do respetivo empréstimo; isto significaria que essa mesma fiança teria 104 anos quando o dono da casa acabasse de a pagar. No mínimo, ridículo.
Por isso, repito, maldita banca!
Ponto 3 – Estamos a poucos meses das eleições europeias. Com todas as medidas que a direita de Passos Coelho e o seu vice têm tomado contra o povo, não tenhamos dúvidas que a vitória dos partidos mais à esquerda vai ser uma realidade. Se não olharmos a pessoas mas a partidos políticos ser-nos-á muito difícil aceitar que o centro direita e a direita estejam na mira do nosso voto. Será o melhor para o País e para a Europa? Não sei. Quero acreditar que sim. E há mais pessoas a dizer-me o mesmo.
Quando às legislativas de 2015 o presidente do PSD nem pense em ganhar! É verdade que não tenho confiança em António José Seguro, homem fraco e pouco fiável, mas o meu voto nunca irá para quem tanto mal nos fez ao longo desta legislatura.
Veremos quando lá chegarmos. Mas...não contem comigo.
Inicio a minha reflexão sobre o desaparecimento do menino de ano e meio na ilha da Madeira. Comecei por ver a fotografia desta criança, tão pequena de idade e de meios de sobrevivência a sós, que me entrava pela casa dentro e me deixava o “coração” angustiado. Não compreendo que, dentro de um contexto familiar saudável, se diga a um menino de tão tenra idade que vá sozinho a qualquer lado. Isto pode significar que continuamos a desprezar o bem-estar e a proteção que devemos dar à infância.
Sou contra a retirada destes seres das suas famílias para serem encaixotados em instituições. Um lar, mesmo com problemas, é sempre o lugar mais adequado para criar e educar aqueles que dependem dos adultos para quase tudo. Mas, francamente! Que gente é esta que não sabe que qualquer criança de pouca idade tem que ter a mão de um adulto a protegê-la.
No momento em que escrevo, o menino já apareceu. O que se terá passado? Poucos sabem. Seria bom apurar detalhadamente os meandros desta história que podia ter tido um fim trágico.
Ponto 2 – O Representante da Republica para os Açores falhou ao enviar para o Tribunal Constitucional a remuneração complementar que a RAA no seu Orçamento Regional para 2014 havia atribuído aos Açorianos. Tal remuneração visa amortecer os cortes que a República faz a torto e a direito, e sem nenhuns escrúpulos, aos funcionários do Estado.
Está de parabéns o Governo dos Açores, bem como todos nós, quando vê as suas legítimas pretensões aceites pelo TC, como sucedeu na passada semana.
O nível de vida nas nossas Ilhas é muito elevado. Todos nós sabemos disso. Os cortes que reformados, pensionistas e função pública sofreram nos últimos anos, e neste em particular, deixa todos sem folga para extras que também contribuem para o bem-estar das pessoas e das famílias.
O que pretende, realmente, o governo de Passos Coelho e Paulo Portas? Em primeiro lugar, contrariar o TC quando este chumba a convergência das pensões. Vejam se não é assim: Cortam nas pensões de sobrevivência e alargam a Contribuição extraordinária de solidariedade dos 1350 para os 1000 euros. Aumentam os descontos para a ADSE. Sobem o IVA tornando incomportáveis os preços da alimentação e outros bens essenciais. Arrasam, assim, os salários e pensões baixando o nível de vida da classe média para valores que se comparam aos do tempo da Ditadura.
Há fome no País e na RAA. Fala-se em 40% de desempregados jovens. Todos os dias surgem notícias tristes de pessoas que não conseguem cumprir os seus compromissos com a banca, a maldita banca que tanta força fez para que os mais incautos levantassem quantias em dinheiro que jamais poderiam pagar...
Chegou-se ao exagero de deixar contrair empréstimos com fianças de mais de 50 anos de idade por um período de tempo de 50 anos de vida do respetivo empréstimo; isto significaria que essa mesma fiança teria 104 anos quando o dono da casa acabasse de a pagar. No mínimo, ridículo.
Por isso, repito, maldita banca!
Ponto 3 – Estamos a poucos meses das eleições europeias. Com todas as medidas que a direita de Passos Coelho e o seu vice têm tomado contra o povo, não tenhamos dúvidas que a vitória dos partidos mais à esquerda vai ser uma realidade. Se não olharmos a pessoas mas a partidos políticos ser-nos-á muito difícil aceitar que o centro direita e a direita estejam na mira do nosso voto. Será o melhor para o País e para a Europa? Não sei. Quero acreditar que sim. E há mais pessoas a dizer-me o mesmo.
Quando às legislativas de 2015 o presidente do PSD nem pense em ganhar! É verdade que não tenho confiança em António José Seguro, homem fraco e pouco fiável, mas o meu voto nunca irá para quem tanto mal nos fez ao longo desta legislatura.
Veremos quando lá chegarmos. Mas...não contem comigo.
IN "AÇORIANO ORIENTAL"
29/01/14
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