HOJE NO
"i"
750 mil famílias caíram para os
escalões mais baixos do IRS em dois anos
Empobrecer,
rapidamente e em força! Em apenas dois anos o total de famílias em
Portugal que ganham menos de 10 mil euros brutos por ano disparou 33,1%.
Em 2010, 2,28 milhões de famílias ganhavam menos de 715 euros brutos
mensais - considerando 14 meses -, mas em 2012 eram já 3,04 milhões de
agregados abaixo daquele limiar.
Segundo dados da Autoridade Tributária e do Orçamento do Cidadão (OC), esta semana divulgado, em 2010 foram entregues 4,71 milhões de declarações de rendimento em Portugal. Deste total, 48,4% declaravam menos de 10 mil euros brutos e 51,6% mais que aquele valor anual bruto. Mas em apenas dois anos a mudança foi radical: segundo os dados avançados no OC, as declarações de rendimentos de 2012, entregues em 2013, mostram que 3,04 milhões de famílias ganharam menos de 10 mil euros brutos, uma subida de 33% ou mais 753 mil agregados - isto quando em 2010 os portugueses já ganhavam o equivalente a 50% da média da UE.
A subida no total de agregados que auferem menos de 10 mil euros brutos anuais levou a que estes passassem agora a representar 66% das famílias, contra os 48% de 2010. Ou, noutra forma de ver a questão, se 51,6% das famílias ganhavam mais de 10 mil euros em 2010, em 2012 apenas 34,3% dos agregados o conseguiram. A "alteração de paradigma da economia" está assim a acontecer de forma bem acelerada, mas a sua direcção é a de mais empobrecimento - a tal "nova normalidade" está à vista.
As contas do i às declarações de IRS obrigaram a uma simplificação das estatísticas: como os patamares em que as famílias foram divididas não coincidem em 2010 e 2012, a solução passou por incluir nos cálculos de 2010 o patamar até 11,5 mil euros, e não apenas até 9 mil euros, como estavam divididos os rendimentos - preferindo-se falhar por defeito a falhar por excesso.
cortem Mais, mais, mais!
"And when you ask them 'How much should we give?'; Ooh, they only answer More! More! More!" Assim cantavam os Creedence Clearwater Revival em 1969. Já em 2014, cabe à Comissão Europeia pedir "Mais! Mais! Mais!"
Apesar do empobrecimento da população de Portugal, esta semana Bruxelas "recomendou" ao governo que corte mais nas remunerações em Portugal: "É necessário um corte real de 5% nos salários", dita o relatório da 10.a avaliação dos parceiros europeus à economia portuguesa. Sobre os rendimentos reais pagos em Portugal, nada é referido.
A forte quebra nos rendimentos das famílias portuguesas de 2010 para 2012 mostra o impacto do aumento do desemprego, da desvalorização do trabalho e também o crescimento da economia paralela em Portugal, tudo factores potenciados pela política de austeridade da troika e também do PSD/CDS, que decidiu "ir além da troika".
* O MILAGRE ECONÓMICO!
Segundo dados da Autoridade Tributária e do Orçamento do Cidadão (OC), esta semana divulgado, em 2010 foram entregues 4,71 milhões de declarações de rendimento em Portugal. Deste total, 48,4% declaravam menos de 10 mil euros brutos e 51,6% mais que aquele valor anual bruto. Mas em apenas dois anos a mudança foi radical: segundo os dados avançados no OC, as declarações de rendimentos de 2012, entregues em 2013, mostram que 3,04 milhões de famílias ganharam menos de 10 mil euros brutos, uma subida de 33% ou mais 753 mil agregados - isto quando em 2010 os portugueses já ganhavam o equivalente a 50% da média da UE.
A subida no total de agregados que auferem menos de 10 mil euros brutos anuais levou a que estes passassem agora a representar 66% das famílias, contra os 48% de 2010. Ou, noutra forma de ver a questão, se 51,6% das famílias ganhavam mais de 10 mil euros em 2010, em 2012 apenas 34,3% dos agregados o conseguiram. A "alteração de paradigma da economia" está assim a acontecer de forma bem acelerada, mas a sua direcção é a de mais empobrecimento - a tal "nova normalidade" está à vista.
As contas do i às declarações de IRS obrigaram a uma simplificação das estatísticas: como os patamares em que as famílias foram divididas não coincidem em 2010 e 2012, a solução passou por incluir nos cálculos de 2010 o patamar até 11,5 mil euros, e não apenas até 9 mil euros, como estavam divididos os rendimentos - preferindo-se falhar por defeito a falhar por excesso.
cortem Mais, mais, mais!
"And when you ask them 'How much should we give?'; Ooh, they only answer More! More! More!" Assim cantavam os Creedence Clearwater Revival em 1969. Já em 2014, cabe à Comissão Europeia pedir "Mais! Mais! Mais!"
Apesar do empobrecimento da população de Portugal, esta semana Bruxelas "recomendou" ao governo que corte mais nas remunerações em Portugal: "É necessário um corte real de 5% nos salários", dita o relatório da 10.a avaliação dos parceiros europeus à economia portuguesa. Sobre os rendimentos reais pagos em Portugal, nada é referido.
A forte quebra nos rendimentos das famílias portuguesas de 2010 para 2012 mostra o impacto do aumento do desemprego, da desvalorização do trabalho e também o crescimento da economia paralela em Portugal, tudo factores potenciados pela política de austeridade da troika e também do PSD/CDS, que decidiu "ir além da troika".
* O MILAGRE ECONÓMICO!
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