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HOJE NO
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Orçamento Geral do Estado de 2014. Menos 190 mil milhões de kwanzas para educaçãoe saúde
As verbas da educação sofrem um corte de 138,2 mil milhõesde kwanzas, enquanto a saúde perde 53,4 mil milhões face a 2013
A
proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2014 não só mantém a
tradição de gastar mais dinheiro com "defesa, segurança e ordem pública"
do que em educação e saúde juntas, como agrava o fosso, noticia o
semanário económico angolano "Expansão".
Em 2013, as despesas com defesa, segurança e ordem pública representavam 17,7% do OGE, contra 14,4% da educação e da saúde, uma diferença de 3,3 pontos percentuais. Em 2014, o fosso agrava-se para 5 pontos percentuais, diferença entre os 16,5% alocados a defesa, segurança e ordem pública e os 10,5% orçamentados para a educação e a saúde.
Em 2013, as despesas com defesa, segurança e ordem pública representavam 17,7% do OGE, contra 14,4% da educação e da saúde, uma diferença de 3,3 pontos percentuais. Em 2014, o fosso agrava-se para 5 pontos percentuais, diferença entre os 16,5% alocados a defesa, segurança e ordem pública e os 10,5% orçamentados para a educação e a saúde.
Para militares, polícias e tribunais está reservado um envelope
financeiro de 1194,1 mil milhões de kwanzas em 2014, mais 22,8 mil
milhões de kwanzas ou 1,9% que em 2013. As verbas para a educação e a
saúde levam um corte de 191,6 mil milhões de kwanzas, 20,1%, de 954,9
mil milhões para 763,2 mil milhões.
Na educação a tesourada é de 23,6%, ou 139,2 mil milhões de kwanzas,
para 447,5 mil milhões, enquanto a saúde vê as verbas encurtadas 53,4
mil milhões de kwanzas, ou 14,5%, para 315,7 mil milhões de kwanzas.
Apesar dos cortes, o sector social continua a ser a função do Estado que
recebe a maior fatia do OGE 2014, 30,0% do total, mas em baixa de 3,6
pontos percentuais face aos 33,6% deste ano. As verbas para o sector
social são reduzidas 2,3%, para 2175,2 mil milhões.
No entanto, as contas da fatia destinada ao sector social precisam de
ser corrigidas, pois incluem subsídios a combustíveis, que beneficiam
mais os mais ricos. O OGE 2014 atribui à protecção social 696,9 mil
milhões de kwanzas, dos quais 393,7 mil milhões são subsídios a preços. A
última informação disponível, referente a 2007, revela que quase 90%
dos subsídios a preços se destinam aos combustíveis.
Uma análise mais fina da função social permite ainda um olhar crítico
sobre as despesas com a subfunção educação. O ensino primário sofre um
corte de 105,3 mil milhões de kwanzas, ou 33,3%, para 211,4 mil milhões,
enquanto as verbas para o ensino secundário descem "apenas" 2,3%, ou
2,1 mil milhões de kwanzas, para 89,1 mil milhões. Pelo contrário, o
envelope financeiro para o ensino superior engorda 20,9%, para 99,6 mil
milhões de kwanzas. Com este salto, as verbas alocadas ao ensino
superior ultrapassam as do ensino secundário.
Os recursos por níveis de ensino sugerem porventura um esforço
financeiro exagerado em favor das universidades em detrimento das
escolas secundárias, que são em maior número e têm muito mais alunos.
Na repartição funcional das despesas públicas, destaque para a função
de apoio ao sector económico, cujos recursos crescem 16,9%, para 1423,7
mil milhões.
Atenção aos salários
Nas
despesas correntes, a factura com os salários da função pública
angolana mantém-se pelo terceiro ano acima de 1 bilião, impulsionada
pela admissão de novos funcionários, por um lado, e pelos aumentos
decretados pelo governo, por outro. No próximo ano, os gastos com a
remuneração dos empregados do Estado aumentam 13,8%, para 1369,3 mil
milhões de kwanzas.
As despesas com pessoal são uma das rubricas a seguir no futuro,
porque o seu aumento introduz rigidez no orçamento. Uma vez admitidos,
os funcionários públicos não podem ser despedidos, o que quer dizer que
esta rubrica não pode ser gerida de acordo com o ciclo económico.
* A ditadura angolana diminui o orçamento da educação e sáude para comprar armamento para dar porrada no povo, ele há cada democracia...
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