10/05/2013

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 HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Mortos nas estradas municipais aumentaram 22% 

Quase 80% dos acidentes rodoviários registaram-se dentro das localidades em 2012, ano em que o número de mortos nas estradas municipais aumentou 22% em relação a 2011, segundo dados hoje divulgados.

O relatório anual de sinistralidade rodoviária de 2012, hoje apresentado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), indica que 76% dos acidentes (22.775) e 65% dos feridos graves (1.342) ocorreram dentro das localidades, apesar de terem registado uma ligeira descida em relação a 2011.
O número de vítimas mortais foi idêntico, no ano passado, dentro e fora das localidades, 286 e 287 respetivamente.

O relatório mostra que as vítimas mortais nos acidentes registados em estradas municipais aumentaram 22% em 2012 em relação a 2011, passando dos 58 para 71, apesar do número de acidentes nestas vias terem diminuído quase 14%.
Em contrapartida, adianta o mesmo documento, os acidentes nas autoestradas diminuíram 23% em 2012, bem como o número de mortos (menos 35%) e de feridos graves (menos 18).
O maior número de acidentes ocorridos em 2012 aconteceu em arruamentos (60%) e em estradas nacionais (22%).
Segundo o relatório, que apenas contém dados estatísticos sobre as vítimas mortais no local do acidente ou a caminho hospital, em 2012 registaram-se 29.867 acidentes com vítimas, de que resultaram 573 mortes, 2.060 feridos graves e 36.190 feridos ligeiros.

Em comparação com 2011, registaram-se menos 8,2% de acidentes com vítimas, menos 16,8% de mortos, menos 15,4% de feridos graves e menos 8,9% de feridos ligeiros.
Na apresentação dos dados, Carlos Lopes, da ANSR, referiu que se registou uma diminuição da sinistralidade rodoviária, justificando com a existência de um "sistema rodoviário mais seguro", apesar de em 2012 se ter verificado uma diminuição do consumo do combustível, redução do tráfego nas autoestradas e o parque automóvel com seguro se manter estabilizado.
O relatório adianta também que a colisão é o tipo de acidente mais frequente, representando cerca de metade dois acidentes com vítimas (15.122), 36% do total de mortos e 40% dos feridos graves.
Já os despistes constituíram 39% dos acidentes registados em 2012, que provocaram 46% do total de mortos e 39% dos feridos graves, enquanto os atropelamentos representam 16% dos desastres, 18% dos mortos e 21% dos feridos graves.
De acordo com o mesmo documento, os atropelamentos diminuíram 10,3%, as colisões desceram 26,2% e os despistes também registaram uma redução de 7,4% em 2012 em relação a 2011.

No ano passado, seis em cada dez mortos foram condutores, um quarto foram os passageiros e 14% os peões, tendo os passageiros mortos registado uma descida de 31% em relação a 2011, os condutores menos 17% e os peões menos 8,5%.
Os distritos com mais acidentes foram Lisboa (6.602), Porto (4.905) e Braga (2.669), tendo sido o Algarve o único que registou um aumento em relação a 2011 (mais 29).
Já o distrito do Porto foi o único que registou um aumento de vítimas mortais (mais uma).
O documento hoje apresentado diz ainda que os grupos etários entre os 20 e os 39 anos foram os mais representativos em termos de vítimas mortais e de feridos graves no ano passado, ano em que os idosos com idades iguais ou superiores a 75 anos constituíram 13% do total de mortos.

* As estradas municipais são transitadas à borla, é por isso que nas autoestradas diminuem os acidentes, só por isso, porque a má educação cívica é a mesma.

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