26/01/2013

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 HOJE NO
"PÚBLICO"

Socialista Ricardo Rodrigues lamenta o “ziguezaguear” de Seguro 

Deputado eleito pelos Açores defende que o PS não se deve desviar do horizonte de vencer as autárquicas.

O deputado socialista Ricardo Rodrigues lamentou neste sábado o “ziguezaguear” da direcção política do PS, que “há uns dias não tinha pressa” e agora parece querer avançar com a realização de um congresso antecipado.

Em declarações ao PÚBLICO, o deputado eleito pelo círculo dos Açores, presente no XV Congresso regional do partido, a decorrer neste fim-de-semana na cidade da Horta, Faial, confessou estar “admirado com o ziguezaguear que não se espera de uma direcção política do PS”.

“O PS é um partido responsável, um partido alternativo de poder. Não nos devemos desviar dos nossos horizontes. Este Governo trouxe-nos para uma realidade de empobrecimento do país sem precedentes. O objectivo imediato do PS deve ser vencer as autárquicas”, disse Ricardo Rodrigues.

O socialista manifestou ainda o receio de que os portugueses não compreendam que o partido se detenha em disputas internas num momento como o que o país atravessa. “Não estou convencido, neste momento, que os portugueses diferenciem o que são eleições autárquicas daquilo que é a liderança do partido. Se isso interferir, não devemos fazer um congresso antecipado”, defendeu.

Ontem, António Costa foi o “convidado de honra” do congresso dos socialistas açorianos. Numa intervenção de mais de meia hora, o presidente da Câmara de Lisboa evitou as questões internas e preferiu destacar a enorme “realização” das funções autárquicas que ocupa na capital. Defendeu que este é um ano difícil em que o partido deve estar “unido e concentrado” na vitória nas próximas eleições autárquicas.  

* O deputado Ricardo Rodrigues é um adepto "socretino" hábil de mãos gosmas,  ziguezaguiantes em direcção a gravadores de jornalistas e é também um "ex-considerado pedófilo". Tem andado a rastejar e agora que outro "socretino", o Silva Perreira, abre o bico a pedir congresso o bom do RR ergue o pescoço. 
António José Seguro faz bem em ir a votos, mostra que não tem medo e não é obrigatório que António Costa se candidate e ganhe, para ele será melhor continuar as "sabáticas" à frente da CML porque nesta altura não tem nenhuma razão para combater o actual secretário-geral.

AVIVANDO A MEMÓRIA
 
Em Novembro de 2003, era Ricardo Rodrigues secretário regional da Agricultura e Pescas do governo de Carlos César, rebenta o escândalo de pedofilia nos Açores, conhecido também por «caso garagem do Farfalha». Várias figuras conhecidas de Ponta Delgada vêem o seu nome enredado no escândalo, entre elas um conhecido médico e um procurador-adjunto, (convenientemente transferido para o Tribunal de Contas do Funchal)
Ricardo Rodrigues vê, também, o seu nome implicado e, antes que a coisa atinja outras proporções, demite-se do Governo Regional. Porém, apesar do falatório, o agora deputado nunca foi constituído arguido no processo.

No início de Janeiro de 2004, são conhecidas ligações de Ricardo Rodrigues a um outro escândalo, neste caso financeiro, que envolvia uma burla tendo por alvo a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo, S. Miguel, a poucos quilómetros de Ponta Delgada.
A comunicação social passou a denunciar o que se segredava à boca pequena e, «indignado», o responsável socialista resolveu processar um jornalista que, não só referiu este caso, como também o malfadado escândalo de pedofilia.
Cinco anos depois, o Tribunal da Relação de Lisboa não lhe deu razão e, espanta-se, no acórdão, por o deputado não ter sido investigado nem ter ido a julgamento, no processo de Vila Franca do Campo.

Ligações perigosas

Ricardo Rodrigues apareceu ao lado de uma loira espampanante que se apresentou nos Açores como uma milionária que estava disposta a fazer avultados investimentos na Região.
Emigrante no Canadá, dizia-se possuidora de uma considerável fortuna e teve direito a imensas atenções da comunicação social local. A seu lado lá estava Ricardo Rodrigues, como advogado e procurador da senhora. À conta disso, passeou pelo mundo. As coisas correram mal e a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo meteu um processo à senhora por uma burla de muitos milhões de euros.
O inquérito policial que investigou Ricardo Rodrigues por crimes de «viciação de cartas de crédito e branqueamento de capitais» remonta a 1997 (nº 433/97.8JAPDL), sendo que relatórios da PJ enfatizam a sua estreita ligação à principal arguida, Débora Maria Cabral Raposo, entretanto detida e em cumprimento de pena, depois de vários anos com mandados de captura internacionais, e classificada pela polícia como «burlona e traficante de estupefacientes».
Rodrigues foi sócio e advogado de Débora, sendo que com ela frequentou os melhores hotéis e utilizou os serviços das mais conceituadas agências de viagens, tendo deixado um considerável rasto de «calotes»...

(...)O estratagema encontrado para lesar a Caixa Geral de Depósitos foi arquitectado por Débora, ex-bancária e apontada como «cérebro da operação». Esta e o gerente da CGD, Duarte Borges, (primo de Carlos César e irmão de um conhecido magistrado judicial) engendraram um esquema de acesso a empréstimos fraudulentos servindo-se de um singular expediente. Como Borges usufruía de capacidade para conceder empréstimos até 2.500 contos, apenas com a finalidade de «adquirir novilhas para recria», angariavam supostos agricultores para acederem ao crédito, a troco de algumas dezenas de contos.  
 
Com a devida vénia a: "alertaconstante.blogspot.com"


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