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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Cidadãos que denunciam corrupção
"não são bufos"
A Procuradora-Geral Adjunta Cândida Almeida exortou, na noite de sexta-feira, os cidadãos a denunciarem crimes de corrupção, frisando que, ao fazê-lo, "não são bufos", antes pessoas que lutam pela democracia.
Não são bufos
quando denunciam a corrupção. Estão é a lutar pela democracia que deve
imperar na nossa vivência coletiva", disse Cândida Almeida, em
Cantanhede, dirigindo-se à assistência durante um debate promovido pela
associação de pais da escola secundária local.
A também diretora
do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) frisou que
os magistrados, órgãos de polícia criminal e sociedade civil possuem "o
direito e o dever" de se unirem "e colaborarem todos com a investigação"
de casos de corrupção.
Cândida Almeida disse existirem "várias
soluções na lei" que permitem a colaboração "imprescindível" dos
cidadãos, sem a qual, alertou, a luta contra a corrupção não será
vencida.
"E, portanto, estamos, digamos, numa espiral de
criminalidade, de fraude fiscal, de branqueamento [de capitais], de
corrupção", alertou.
A magistrada revelou ainda que a linha para
receber denúncias contra a corrupção, criada pela Procuradoria Geral da
República (PGR), recebeu mais de 2.000 denúncias desde novembro de 2011.
"Mas são mais denúncias de pedidos de ajuda do que propriamente
de corrupção. Há muitas denúncias de fraude fiscal, mas de corrupção são
muito poucas", referiu.
"Mas as pessoas podem denunciar atos
corruptivos de que tenham conhecimento, identificando-se ou não se
identificando", adiantou.
Cândida Almeida explicou ainda que "nada" nas denúncias dá automaticamente origem a um processo.
"Faz-se
uma averiguação, a lei prevê averiguações preventivas para apurar da
fiabilidade desta denúncia e, se houver indícios, passa para uma
investigação", frisou.
* Mal é que os grandes corruptos, aqueles que tudo comem, têm muito dinheiro para pagar quase tudo.
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