HOJE NO
"PÚBLICO"
Portas:
“Há sintomas de desalento e desânimo
na sociedade que é preciso contrariar
com sensibilidade”
O líder do CDS-PP e uma das cabeças da coligação governamental
considera que é “evidente” que existem “na sociedade portuguesa certos
sintomas de desalento e de desânimo que é preciso contrariar com
sensibilidade”.
Em entrevista à SIC Notícias, que é transmitida nesta
terça-feira à noite no programa Edição da Noite, Paulo Portas defende
que quando um país passa por um processo de ajustamento como o de
Portugal “ é preciso fazer tudo o que está ao nosso alcance para manter
um módico razoável de consenso, seja político, seja social”.
Questionado
sobre se existe consenso existe, Portas não respondeu directamente,
preferindo defender que “tem que se fazer tudo o que é necessário para
que esse consenso, quer no plano político quer no plano social - sem
anular as diferenças naturais de um sistema democrático - se mantenha.
Porque o que está em causa para todos é mais importante.”
O
ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros também afirma que a
actual Constituição está desactualizada, mas reconhece as dificuldades
em a rever. “Sou institucionalista. É com esta Constituição que eu tenho
que viver. Para a rever são precisos dois terços [dos deputados para a
aprovação]. Até agora não houve abertura para que esses dois terços
existissem. Temos que fazer as coisas - e muitas podemos fazer - dentro
dos limites normativos que estão colocados à nossa frente.”
* Mas os sintomas a que o sr. ministro alude tem por origem os absolutos descrédito e asco que os portugueses têm pela grande maioria dos políticos e o sr. ministro está incluso.
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