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PSD tenta segurar Seara em Sintra
Se Fernando Seara abdicar do mandato em Sintra para fazer campanha, abre
espaço ao seu vice, que o PSD não apoia em 2013. Solução: ficar até ao
fim.
É o caso típico de uma boa notícia que traz consigo uma má. A
candidatura de Fernando Seara a Lisboa – que será formalizada esta
semana, quer na distrital de Lisboa, quer na Comissão Política –, pode
criar um problema a uma outra candidatura do partido, precisamente em
Sintra – local de origem do autarca.
O problema é este: o
candidato do PSD a Sintra vai ser Pedro Pinto, um dos vice-presidentes
de Passos Coelho. Mas há outro social-democrata na corrida, Marco
Almeida, actual vice-presidente da câmara. A luta está anunciada e não
terá retorno. Mas será ainda mais difícil se Fernando Seara, correndo
para Lisboa, resolver abdicar do mandato, entregando-o directamente ao
seu vice-presidente – que assim ganharia palco extra para a campanha.
Consciente
do problema, a direcção nacional do partido quer convencer Seara a
seguir o exemplo de Santana Lopes em 2001. Quando foi candidato a Lisboa
pela primeira vez, Santana era autarca na Figueira da Foz. E não saiu
da câmara até ao fim.
Segundo apurou o SOL, o anúncio de uma luta
fratricida do PSD em Sintra pode criar ainda outro problema a Pedro
Pinto. O CDS, que se mostrou predisposto a manter viva a actual
coligação em Sintra, quer esperar pelos desenvolvimentos do caso para
tomar uma decisão final. Na concelhia não se exclui a apresentação de
uma candidatura própria, caso o PSD não consiga resolver o problema
interno.
O que está definitivamente encaminhado é o caso da
coligação e Lisboa. Seara falou com Paulo Portas no sábado, no meio de
uma iniciativa da JSD_onde o líder centrista foi dar uma ‘aula’, e pediu
o seu apoio para avançar. Portas deu o ok e Telmo Correia, líder da
distrital, anunciou o apoio logo na segunda-feira. Abrindo assim um
precedente: a partir daqui o CDS não vai mais criticar a candidatura
‘dinossauros’ autárquicos em novos concelhos.
* O melhor é ficar em Sintra, com o apoio de Relvas para Lisboa é derrota concerteza.
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