HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Mais de 14 mil milhões
Crescimento do crédito malparado impulsionado
pelo aumento das dívidas das empresas.
No caso das famílias, valor diminuiu em maio.
Os «números negros» continuam a fazer história. Segundo dados do Banco de Portugal, ontem divulgados, o crédito malparado atingiu os 14.255 milhões de euros em maio, mais 319 milhões do que no mês anterior.
Estes valores revelam que 5,7 por cento dos empréstimos concedidos a famílias e empresas são de cobrança duvidosa – o valor mais alto desde que a instituição tem registo dos dados.
A contribuir para este aumento está o incumprimento das empresas: no final de maio, havia 9417 milhões de euros de crédito malparado, o equivalente a 8,5% do total de empréstimos concedidos.
Também aqui o crédito de cobrança duvidosa está ao nível mais alto de sempre.
Já no caso das famílias, embora o malparado continue em níveis historicamente altos, diminuiu ligeiramente em maio.
Do total de 137.521 milhões concedidos a particulares, 4838 milhões são de cobrança duvidosa, o correspondente a 3,5 por cento do total. No mês anterior, o peso era de 3,6 por cento. O crédito ao consumo continua a ser aquele com maior peso dos empréstimos malparados (10,9), enquanto no crédito à habitação 1,9 por cento dos empréstimos estão em incumprimento.
Os dados do Banco de Portugal mostram também que o financiamento da banca à economia continua a reduzir-se, com particular impacto sobre as famílias. Em Maio, os bancos nacionais emprestaram 4052 milhões de euros a famílias e empresas em Maio, menos 17 por cento do que no período homólogo.
* Não são as exportações que salvam estas famílias e empresas a não ser que o sub-produto a exportar sejam elas mesmas.
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