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BOERBOEL
Grupo 11 - Raça não reconhecida pela FCI.
Padrão CBKC NR 09
País de origem: África do Sul
Nome no país de origem: Boerboel
Utilização: Guarda e boiadeiro
Prova de trabalho: Não regulamentada
APARÊNCIA GERAL - O Boerboel é uma raça molossóide de cão grande da África do Sul. A palavra "Boerboel" deriva de "boer", a palavra em africâner/holandês: "agricultor"; Boerboel traduz assim como o cão ou "agricultor" ou "cão de Boer". Existe uma longa história de criação do Boerboel na África do Sul, onde o cão foi criado com a finalidade de guardar a herdade. Enquanto não se sabe de onde se originou o cão, postula-se que o cão derivadas de cruzamentos de espécies indígenas Africano com raças trazidas de holandês, francês e britânico colonos. O cão é uma raça mastim pesado com coloração característica de areia com uma máscara preta, e uma altura que varia de 64–70 cm para os machos, e 59-65 para as fêmeas. Este cão é a raça de cão mais protetora que não é agressivo. Eles são obedientes e inteligentes, e têm forte instinto territorial, particularmente em situações domésticas. Por natureza, o Boerboel está confiante e dominante em seu meio ambiente, mas requer companhia humana, se deixados sozinhos por longos períodos regulares, eles podem se tornar destrutivos, imprudente e perigoso como acontece com qualquer animal de grande porte.
HISTÓRIA - O Boerboel é um molosso poderoso, originário da África do Sul, onde começou por desempenhar o papel de guardião de propriedades. Boerboel deriva da palavra “boer” que significa em Afrikaans proprietário de uma herdade. A palavra Boerboel pode assim ser traduzida para “cão do agricultor” ou “cão de quinta”.
Pensa-se que o Boerboel se tenha desenvolvido a partir do cruzamento entre os cães locais e os cães dos colonos europeus, sobretudo Dinamarqueses, que foram levados para a África do Sul no século XVII. Estes cães eram molossos, cuja força e tenacidade era vital para combater as tribos nativas hostis e os animais selvagens de grande porte, tais como leopardos, hienas, etc.
Com a chegada dos colonos britânicos e franceses no início século XIX, foram introduzidos os bulldogs e outros tipos de cães molossos. Acredita-se que o Dogue Alemão tenha tido um papel importante no desenvolvimento da raça. No século XX, o Bullmastiff foi importado para o país como guardião das minas de exploração de diamante. Acredita-se que estes cães tenham sido cruzados com o Boerboel.
A história do Boerboel está intimamente ligada á história dos Boers. Foi ao seu lado que muitos Boerboels pereceram na guerra anglo-boer na defesa dos seus donos, fazendas ou famílias.
A Grande Migração (Great Trek) dos Boers para as províncias livres do Transval e Orange - motivada por questões políticas, os Boers não aceitavam as leis impostas pelos britânicos na província do Cabo - elevou o papel fundamental que os cães desempenhavam na vida destes colonos. Era comum os Boers fazerem-se acompanhar de dois tipos de cães, ambos fruto de uma linha comum, mas com características diferentes:
O chamado Boerhound, cão mais esguio, mais alto e com um elevado nível de energia. Tinha uma grande capacidade de percorrer longas distâncias e um apurado instinto de presa. Era utilizado pelos colonos na caça grossa;
O Boel, cão tipicamente Molossóide, ou Mastiff, com um fraco sentido de presa, mas de apurado sentido de guarda, robusto, com uma grande cabeça e mandíbulas potentes. Era utilizado na defesa das fazendas do gado e das famílias.
É possível que o Boerhound esteja, de alguma forma, nas origens do Rhodesian Ridgeback enquanto que o Boel viria a estar na origem do Boerboel.
A eficiência do Boerboel tornou-o num cão popular, sendo o único cão especificamente criado como guarda na África do Sul. Ao longo dos séculos, a selecção natural encarregou-se de apurar a raça, visto que apenas os mais fortes e ágeis conseguiam sobreviver a leões, babuínos e mesmo cobras. O Boerboel era um cão criado naturalmente nas fazendas algumas das quais distavam vários dias de caminho entre si. Dessa forma, o stock de criação era bastante limitado, existindo uma vasta política de criação chamada inbreeding, cruzamento de cães com relação de parentesco directo, mãe-filho, etc. Esta forma de criação ditou diferenças regionais que ainda hoje se observam.
Em 1993 foi criada a SABBA (South African Boerboel Breeders Association), que se encarregou de definir um estalão para o Boerboel de forma a que os seus criadores pudessem ter um quadro de características que deveriam aperfeiçoar nos cães para poderem vir a ser definidos como Boerboels.
Apesar de a raça ter vindo a padronizar-se, devido aos desacertos ainda existentes, o Boerboel ainda não é reconhecido como raça pelos principais clubes de canicultura internacionais. Mesmo assim, permanece um cão popular no seu país de origem e além fronteiras.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: deve ter um bom temperamento com agressividade controlada. Tem que ser inteligente, de natureza firme e equilibrada e ser fiel ao seu dono até a morte. Deve possuir as características de um bom cão de guarda, ser afetuoso com seu dono e especialmente com as crianças. Deve possuir uma enorme auto-confiança.
CABEÇA: Grande e de harmonia com o corpo
REGIÃO CRANIANA
Crânio: grande e forte. Curto, largo e profundo; simétrico e balanceado. Plano entreas orelhas; o comprimento ideal da cana nasal para os machos é de 10 cm e para as fêmeas, 8 cm. A cana nasal deve ser reta e sem elevações.
Stop: não muito proeminente.
REGIÃO FACIAL
Trufa: narinas grandes e largamente espaçadas.
Lábios: devem ser bem pigmentados, não muito carnudos, devendo cobrir os dentes.
Maxilares / Dentes: maxilares fortes, retos, largos e bem ajustados. O ideal é uma mordedura em tesoura.
Olhos: bem formados, com pálpebras bem pigmentadas, nenhuma protuberância.
Arcadas superciliares não proeminentes.
Orelhas: de tamanho médio, em forma de “V” e proporcionais à cabeça. Caídas naturalmente próximas à cabeça e posicionadas bastante altas.
PESCOÇO: forte e musculoso. Barbelas soltas e que se ajustam entre os membros anteriores, formando uma unidade bem balanceada entre a cabeça e o corpo.
TRONCO: seu comprimento deve estar relacionado ao tamanho do cão.
Dorso: forte, com uma linha superior relativamente reta.
Peito: deve ser forte, bem musculoso, largo e profundo em relação ao cão e seu corpo, com ampla capacidade torácica.
Lombo: bastante curto e bem musculoso.
CAUDA: de preferência cortada (caudas naturais são permitidas). Forma uma unidade com o cão e inserida bastante alta, sem deformidades.
MEMBROS
ANTERIORES
Pernas: retas, fortes e posicionadas abaixo do corpo com uma ligeira angulação, porém firmes.
Ombros: fortes, musculosos e flexíveis.
Cotovelos: corretamente direcionadas para a frente, permitindo ao cão uma confortável movimentação.
POSTERIORES
Pernas: fortes, musculosas e bem construídas, com uma ligeira angulação, porém firmes.
Jarretes: corretamente angulados sob o corpo quando em movimento.
Patas: bem almofadadas, notoriamente mais largas na frente; Devem estar corretamente direcionadas para a frente.
MOVIMENTAÇÃO: poderosa, em virtude da boa propulsão dos posteriores.
PELAGEM
Pelo: curto e macio.
COR: qualquer cor é aceita, contanto que uma forte pigmentação esteja presente.
TAMANHO / PESO
altura na cernelha:
machos: 60 – 70 cm
fêmeas: 55 – 65 cm
Peso:
machos: 60 – 75 kg
fêmeas: 50 – 65 kg
NOTAS:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.
IN:
- CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA
- ARCA DE NOÉ
- WIKIPEDIA
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