28/04/2012

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American
     Staffordshire
            Terrier



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Classificação F.C.I.: Grupo 3 Terriers Seção 3 Terriers do Tipo Bull 
Padrão FCI n º 286 01 de dezembro de 1997. 
País de origem: Estados Unidos da América 
Nome no país de origem: American StaffordshireTerrier 
Utilização: Caça e companhia Sem prova de trabalho 

HISTÓRIA ORIGENS DA RAÇA 
As origens das raças popularmente chamadas "Pit Bulls" (American Pit Bull, American Staffordshire e Staffordshire Bull Terrier) estão diretamente ligadas aos antigos Bulldogs do séc. 18. Históricamente o termo "bulldog" não era usado para uma raça específica de cães, mas sim para todos os cães usados no bull baiting (luta contra touros) e bear baiting (contra ursos) que eram esportes bastante comuns na época. Esses bulldogues eram muito admirados pela sua força, coragem e tolerância a dor e eram mais parecidos com os Pit Bulls e American Bulldogs atuais do que com os Bulldogues Ingleses de hoje. Em 1835 as lutas contra touros e ursos foram legalmente proibidas na Inglaterra e as brigas entre cães começaram a se tornar cada vez mais populares. Alguns autores sustentam a teoria que o Pit Bull é exatamente o mesmo Bulldog dessa época e que nenhuma raça foi misturada a ele durante sua evolução. Eles afirmam que a teoria que explica a origem da raça na mistura do bulldog com o terrier surgiu de uma confusão com a história do English Bull Terrier, que é uma raça totalmente distinta, nunca bem sucedida em rinhas e que tem sua origem muito bem documentada. Porém, a grande maioria dos autores, entre eles o Dr. Carl Semencic, autor do livro The World of Fighting Dogs, defendem, que, de fato, o Pit Bull é um produto da mistura entre antigos Bull-Baiters e Terriers. Eles explicam que esses Terriers da época não eram o tipo de cão que estamos acostumados a ver em exposições como o Fox ou o Yorkshire, mas sim, cães altamente selecionados pela tenacidade na caça de animais de pequeno porte. Para eles, esses cães, hoje em dia provavelmente extintos, teriam acrescentado agilidade e gameness aos pit dogs. O problema de não haver documentos provando isso, se deve ao fato que os criadores e competidores, não divulgavam o pedigree de seus cães, e nem revelavam os cruzamentos que faziam, com medo que seus rivais descobrissem e copiassem o segredo de seus campeões. O American Staffordshire Terrier foi desenvolvido nos Estados Unidos da América e partilha a mesma ascendência com o Staffordshire Bull Terrier. As duas raças resultam do cruzamento do Bulldog antigo com os Terrier ingleses. Na origem do desenvolvimento destas raças, os ingleses procuravam combinar a tenacidade dos bulldogs antigos com a agilidade e energia dos terriers. O objectivo era tornar os cães cada vez mais aptos para enfrentar touros, desporto que consistia no combate entre cão e touro. Mas depressa os apostadores se aperceberam da intolerância desta raça em relação a outros cães, da devoção ao dono e da força da sua mandíbula. Esta combinação lançou o American Staffordshire Terrier e o parente britânico para as arenas de lutas de cães, um local de onde teriam muita dificuldade em sair. As lutas não só seriam responsáveis pela morte de muitos exemplares, mas também deixariam marcas negativas profundas na opinião da sociedade sobre estes cães. Marcas essas que não conseguiram ser evitadas nem mesmo com a proibição da lutas na década de 30 do século XIX. O American Staffordshire Terrier como raça, inicia o seu processo de autonomização quando os Norte-americanos começam preferir os cães mais altos e robustos para criação. A proibição das lutas entre cães não teve as consequências desejadas, uma vez que se continuaram a realizar na clandestinidade. Foi preciso um século, para que o American Staffordshire Terrier surgisse pela primeira vez em exposições. Em 1936, o American Staffordshire Terrier foi reconhecido como uma raça autónoma do Staffordshire Bull Terrier. Se por um lado a intolerância destes cães em relação a outros animais lhes valeu fama entre os entusiastas das lutas, por outro lado, a devoção cega ao dono e a dedicação à família fizeram dele um animal de estimação popular. 

A RAÇA NOS EUA 
Por volta de 1850, os primeiros exemplares foram importados da Inglaterra e Irlanda para os EUA, e logo as brigas de cães tornaram-se muito populares por lá. Nos Estados Unidos, esses cães não eram só usados como pit dogs, mas também como cães de fazenda, e , por isso, os criadores gradualmente começaram a produzir animais um tanto maiores que os chamados Old Family Dogs da Irlanda. O tipo irlandês raramente passava de 25lbs, e cães de 15lbs eram bastante comuns. Durante o séc. 19, os pit dogs foram conhecidos por uma variedade de nomes: “Pit Terriers”, “Pit Bull Terriers”, Half and Half´s, “Staffordshire Fighting Dogs”, “Old Family Dogs” (nome Irlandês), “Yankee Terrier” (nome adotado no Norte), e Rebel Terriers (nome adotado no Sul) entre outros. Com o objetivo de registrar os "Pit Bulls Terriers" foi fundado em 1898, por um americano chamado Chauncy Bennet, o United Kennel Club (UKC). Para o registro oficial, primeiro ele acrescentou a palavra “American” ao nome e tirou a palavra “Pit”. Como esse nome não foi aceito pela maioria do criadores, ele acrescentou a palavra “Pit” novamente, só que entre parenteses, que só foram removidos anos mais tarde. Todas outras raças atualmente registradas pela UKC foram reconhecidas depois do APBT. Outra entidade que também registra o APBT é a American Dog Breeders Association (ADBA) que foi fundada em setembro de 1909 por Guy McCord e que até hoje registra somente APBTs. Segundo os criadores de APBT, atualmente o ADBA está mais de acordo com a raça, pois apesar de patrocinar exposições de conformação, valoriza mais as provas como weight pulling (tração), que testa a força, stamina e temperamento dos cães fazendo mais para preservar as características originais da raça 

A POPULARIZAÇÃO DA RAÇA 
Em 1936, graças a “Pete the Pup”, que é como era chamado o mascote dos filmes “Lil Rascals” e “Our Gang”, a popularização da raça aumentou em proporções descomunais. Parecia que toda criança americana queria ter um cãozinho igual ao do filme. Com isso, o American Kennel Club (AKC) acompanhando o sucesso da raça, a reconheceu e passou a registrá-la com o nome de “Staffordshire Terrier” pois não queriam ter sua imagem associada as rinhas de cães. Mais tarde, em 1972, mudaram o nome para American Staffordshire Terrier (AST) para diferenciar da versão inglesa da raça chamada Stafforshire Bull Terrier que só foi reconhecido pelo AKC alguns anos mais tarde. Nessa época, os cães registrados no AKC, UKC e ADBA não tinham nenhuma diferença, apesar do padrão mais restritivo do AKC. Muitos dos primeiros cães registrados no AKC descendiam de campeões em lutas que eram registrados pela UKC e ADBA. Durante esse período os Pits e AmStaffs eram considerados os companheiros ideais da família. A raça era símbolo do orgulho nacional. Durante a 1ª Guerra Mundial, cartazes de propaganda patriótica mostravam um AST ou APBT representando os EUA junto com as raças de outros países aliados. O cão mais condecorado da 1ªGuerra foi um AST de nome Stuby, que tem uma exibição especial descrevendo seus feitos heróicos na Smithsonian Institution em Washignton, D.C. 

APARÊNCIA GERAL: o American Staffordshire Terrier deve dar a impressão de grande força para seu tamanho; é um cão muito bem estruturado, musculoso, porém, ágil e gracioso e profundamente ligado ao que o cerca. Deve ser compacto, não deve ser pernalta ou esgalgado. Sua coragem é típica. 

CABEÇA: de comprimento médio, profunda de parte a parte. 
REGIÃO CRANIANA 
Crânio: largo. 
Stop: distinto. 
REGIÃO FACIAL 
Trufa: definitivamente preta. 
Focinho: comprimento médio, arredondado na linha superior e caindo abruptamente debaixo dos olhos. 
Lábios: fechados e firmes; sem frouxidão. 
Maxilares / Dentes: bem definidos. 
Mandíbula forte com capacidade de segurar a presa. Mordedura em tesoura. 
Bochechas: os músculos das bochechas são muito pronunciados. Olhos: escuros, redondos, inseridos baixos e separados. Sem pálpebras rosadas. 
Orelhas: inseridas altas. Cortadas ou não cortadas, de preferência não cortadas. As orelhas não cortadas devem ser curtas e portadas em rosa ou semieretas. Caídas completamente devem ser penalizadas. 

PESCOÇO: pesado, ligeiramente arqueado, afinando dos ombros até a parte traseira do crânio. Sem barbelas. Tamanho médio. 

TRONCO  
Linha superior: razoavelmente curta. Ligeira inclinação da cernelha até a garupa que apresenta uma suave inclinação até a raiz da cauda. 
Lombo: ligeiramente esgalgado. 
Peito: profundo e largo. Costelas bem arqueadas, bem juntas, profundas na parte posterior. 

CAUDA: curta em relação ao tamanho do cão, inserida baixa, afi lando para ponta; não enrolada ou portada sobre o dorso. Não cortada. 

MEMBROS  
ANTERIORES: aprumos retos, com ossos fortes. 
Ombros: fortes e musculosos, com escápulas largas e oblíquas. Metacarpos: retos. 
POSTERIORES: bem musculosos. 
Jarretes: bem descidos, não virando nem para dentro, nem para fora. 
Patas: tamanho médio, compactas, dedos bem arqueados. 

MOVIMENTAÇÃO: elástica, sem movimento oscilatório (roll) ou passo de camelo. 

PELAGEM  
PÊLO: curto, fechado, duro ao toque, brilhante. 
COR: qualquer cor, sólido, particolor ou com manchas são permitidos; contudo, mais de 80% branco, preto e fogo e fígado não devem ser encorajados. 

TAMANHO / PESO 
Tamanho: a altura e o peso devem estar em proporção.  
Machos: mais ou menos 46 a 48 cm na cernelha 
Fêmeas: mais ou menos 43 a 46 cm 
Peso: 25 a 35Kg


NOTAS: ·os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal. 


 IN: 
- CONFEDERAÇÂO BRASILEIRA DE CINOFILIA 
- http://americancao.blogs.sapo.pt/


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