HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Banca continua a reduzir avaliação
das casas e juros da habitação
voltam a descer
Os bancos continuam a reduzir a avaliação que fazem dos imóveis, em Fevereiro. Uma evolução que dificulta a compra de casa. Os juros implícitos no crédito à habitação também diminuíram, essencialmente devido à evolução das taxas Euribor.
Os valores da avaliação bancária caíram em todas as grandes regiões de Portugal. No global do país a descida foi de 7,4%, face ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Esta queda é a 18º queda homóloga consecutiva do índice e representa a mais acentuada desde então e desde que há histórico (Setembro de 2008), de acordo com o INE.
As descidas mais pronunciadas verificaram-se na Região Autónoma dos Açores (14,2%) e na Região Autónoma da Madeira e Lisboa, ambas com queda de 9,6%.
O valor médio do metro quadrado recuou assim para 1.055 euros, em Fevereiro, na média do país. O Algarve volta a ser a região onde o preço médio do metro quadrado é mais elevado (1.330 euros) e o Centro o mais baixo (905 euros).
O indicador da avaliação bancária é fundamental para quem está à procura de casa para comprar a crédito. É com base na avaliação que a banca faz do imóvel que define o valor do empréstimo. E, regra geral, os bancos só emprestam até 80% do valor da casa.
Taxa de juro no crédito à habitação volta a descer
As taxas de juro implícitas no crédito à habitação voltaram a descer, em Fevereiro, contudo, não foi em todos os prazos. Os contratos realizados nos últimos três meses viram a taxa subir. Estas evoluções estão relacionadas essencialmente com dois factores: as taxas Euribor que têm vindo a cair e os “spreads”, praticados pela banca que têm vindo a subir.
“A taxa de juro implícita no crédito à habitação situou-se em 2,687% em Fevereiro, o que traduziu um decréscimo de 0,020 p.p. em relação ao mês anterior”, revela o INE.
“O valor médio do capital em dívida dos contratos de crédito à habitação situou-se, em Fevereiro, em 59.484 euros, diminuindo 17 euros comparativamente com o valor observado no mês anterior”, adianta a mesma fonte.
* Os bancos estão tesos, portanto toca de empobrecer os proprietários ou futuros, para os tornar ainda mais dependentes em relação aos empréstimos contraídos..
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