HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Ganham 2800 euros
e pagam cinco de renda
Câmara de S. João da Madeira detecta moradores em habitação social a ganhar 2800 euros e que pagam apenas cinco euros de renda.
A autarquia pretende agora corrigir a situação. Até agora, eram aplicados dois regimes de rendas nos cerca de 800 fogos da autarquia: o de renda apoiada, em que os valores do arrendamento eram fixados de acordo com os rendimentos do agregado familiar e o de renda social, em que os valores pagos não tinham em conta a situação económica dos inquilinos. Este último regime permitiu que, por exemplo, uma família com rendimentos de 3 500 euros por mês pagasse apenas 13,62 euros de renda.
Castro Almeida disse à Lusa que "a análise da situação económica dos inquilinos da autarquia revelou algumas surpresas, com um número significativo de agregados familiares a apresentar rendimentos bastante acima da média da habitação social".
O edil defende que ao optar pela aplicação do regime de renda apoiada para toda a habitação social do concelho, a autarquia está a fazer "o que é mais justo para todos", até porque "as casas de habitação social são para pessoas de baixos recursos e não para aqueles que no passado tiveram baixos recursos, mas agora têm rendimentos médios".
Da mesma forma que questiona "se agregados familiares com rendimentos de 2.800 euros ou mais devem continuar a pagar rendas apoiadas", o autarca defende que se impõe uma atualização para inquilinos como aqueles que, com base em contratos assinados há cerca de 30 anos, pagam apenas dois euros mensais, apesar de agora se encontrarem numa situação económica totalmente diferente da que apresentavam na altura.
"Muitos desses inquilinos não teriam hoje direito a habitação social. Há casos em que, devido ao seu nível de rendimento declarado, vão passar a pagar renda técnica próxima dos valores de mercado", disse o autarca.
Os ajustamentos só serão possíveis porque a câmara municipal solicitou aos seus inquilinos que fizessem prova da sua situação socioeconómica e familiar.
* Esta notícia revela o verdadeiro Portugal. Portugueses serôdios, vigaristas do Estado, impedindo que dinheiros públicos sejam investidos em reais necessitados. São os exemplares lusitanos mais próximos da classe política, resta saber quem aprendeu com quem!
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