HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Governo quer injectar 1,6 mil milhões
nos hospitais EPE para evitar
ruptura em Janeiro
Os ministérios das Finanças e da Saúde estão a preparar uma solução financeira para evitar a ruptura dos hospitais-empresa, que devem, só às farmacêuticas, 1,2 mil milhões. A troika também estará preocupada a disposta a validar uma solução que passe pela banca.
A notícia é hoje avançada pelo "Diário Económico", que cita fonte governamental. De acordo com o jornal, apesar de a troika já ter alertado, na primeira avaliação ao programa de ajuda, para o risco que os hospitais EPE representam de incumprimento do memorando, foi a ameaça de não fornecimento das empresas farmacêuticas que obrigou o executivo a agir.
Se nada for feito até final de Janeiro, o sistema pode entrar em ruptura.
Em cima da mesa estará uma injecção de capital da banca com a garantia do Estado, o que, na prática, significa que serão os bancos a "salvar" os hospitais, garantindo-lhes alguma margem junto dos fornecedores, que assim podem ver parte da divida saldada.
Ainda assim, esta solução iria obrigar, continua o jornal, a que as empresas farmacêuticas lucrassem menos, por causa da imposição de uma margem de lucro para a banca.
Este plano de "resgate" aos hospitais tem, porém, contrapartidas: o encerramento de algumas unidades hospitalares. De acordo com um estudo para a reforma hospitalar apresentado esta semana, a oferta hospitalar na região de Lisboa terá de ser adaptada, em virtude da entrada em funcionamento dos hospitais de Loures e Vila Franca de Xira. Além disso, há vários médicos mal distribuídos pelo território.
O passivo dos hospitais EPE era, no ano passado, de 4,8 mil milhões de euros, com as dívidas globais a ultrapassarem os três mil milhões de euros. O Ministério da Saúde quer reduzir a despesa com medicamentos, que este ano tem vindo a aumentar.
* Os Hospitais-empresa são geridos por privados a quem o governo subsídia a gestão danosa.
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