HOJE NO
" O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Números reais
considerados 'avassaladores '
Mutilação genital no Vale da Amoreira
O tema é tabu. As histórias contam-se sem dizer nomes mas têm data recente: a Associação de Imigrantes Guineenses e Amigos do Sul do Tejo diz que no Vale da Amoreira, na Moita, há meninas a sofrer mutilação genital. Susana Piegas, da AIGAST, afirma que a mutilação genital feminina 'é uma questão muito presente', nos dias do bairro e assegura que 'os números reais da prática da excisão de meninas – que ninguém consegue contabilizar – são avassaladores', 'Identificamos na nossa comunidade pessoas que levaram a cabo a prática e outras que pretendem fazê-lo. Aqui há famílias em que todas as mulheres foram excisadas. Tivemos, por exemplo, há uns meses, conhecimento de que três meninas da mesma família foram mutiladas aqui no bairro e sabemos de outras que vão à Guiné para cumprir esse ritual', acrescenta.
A mutilação genital feminina é reconhecida internacionalmente como uma grave violação dos direitos humanos. Susana Piegas explica que a AIGAST quer 'ajudar a combater este flagelo', mas considera que 'isso só pode ser feito informando, sensibilizando, trabalhando na prevenção'.
* Estamos em Portugal e não somos xenófobos. Esta prática selvagem não tem a ver com qualquer manifestação cultural, é um crime hediondo cometido em meninas para duma maneira sórdida e machista lhes retirarem para sempre o prazer sexual.As nossas autoridades têm de reprimir fortemente esta prática e punir exemplarmente os responsáveis.
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