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" JORNAL DE NOTÍCIAS"
Fundador da IKEA mentiu
sobre o seu passado nazi
Ingvar Kamprad juntou-se ao partido nazi sueco em 1943, com 17 anos, o que levou as autoridades a criarem
um arquivo sobre a sua afiliação. No decorrer das investigações, a jornalista Elisabeth Åsbrink responsável pela biografia, teve acesso ao arquivo, que ajudou a descobrir o passado "escondido" do multimilionário
Ingvar Kamprad, o fundador octogenário da empresa de mobiliário IKEA, mentiu sobre o seu passado nazi. O empresário esteve fortemente envolvido em partidos fascistas suecos e alemães, onde desempenhou funções de recrutamento. A informação é revelada numa nova biografia não autorizada.
O empresário esteve ligado ao Partido Nacional-Socialista Alemão (NSDAP), onde era responsável por recrutar novos membros para o movimento. Esteve também presente em várias reuniões nazis do partido, entre 1945 e 1948.
Kamprad terá mantido as ligações com o NSDAP e com o líder de um movimento fascista, Per Engdahl, mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, apesar de ter alegado, em 1988, que estas ligações tinham terminado dois anos antes. Segundo o livro, os contactos com os nazis duraram até 1950.
A biografia "E em Wienerwald permanecem as árvores" cita várias cartas em que o sueco diz estar orgulhoso de pertencer ao círculo nacionalista e em que relata a sua experiência nos partidos.
As novas revelações de Elisabeth Åsbrink sugerem que o "patrão" da IKEA, que confessou as ligações nazis em 1988, omitiu a extensão do seu passado. A jornalista escreve que Kamprad "nunca recusou qualquer oportunidade de trabalho no partido".
Na altura, o empresário disse que as afiliações nos grupos fascistas foram os "maiores erros da sua vida". Também afirmou ter sido influenciado pela sua avó, oriunda da Boémia, na República Checa, que lhe deu revistas de propaganda do regime.
O livro detalha o seu papel como recrutador do partido e inclui provas de que o multimilionário admirava um homem que considerava Hitler o "salvador da Europa".
O porta-voz de Kamprad já veio dizer que as descobertas não são novidade e que a IKEA "é baseada em princípios democráticos e abraça uma sociedade multicultural".
* Um ex-nazi a fazer mobiliário para o multiculturalismo está demais. Aliás um nazi de outrora não é ex-nazi agora, na sua cabeça vigoram os mesmos princípios e desumanidades. Mas o que interessa é o negócio e o povo gosta de se sentar e deitar em artefactos de qualidade duvidosa.
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