STA MARIA DA FEIRA
Distrito: AVEIRO
Santa Maria da Feira é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Aveiro e situada na Grande Área Metropolitana do Porto, região Norte e sub-região de Entre Douro e Vouga, com cerca de 11 040 habitantes.
É sede de um município com 213,45 km² de área e 147 406 habitantes (2008), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Nova de Gaia e de Gondomar, a leste por Arouca, a sueste por Oliveira de Azeméis e São João da Madeira, a sul e a oeste por Ovar e a oeste por Espinho. O município de Santa Maria da Feira inclui 3 três cidades (Fiães, Lourosa e Santa Maria da Feira) e diversas vilas (actualmente 13, entre as quais a destacar: Argoncilhe, Arrifana, Lobão, Mozelos, Nogueira da Regedoura, Paços de Brandão, Rio Meão, São João de Vêr, São Miguel do Souto, São Paio de Oleiros e Santa Maria de Lamas).
História
Santa Maria da Feira tem um passado antiquíssimo, fruto da sua localização em pleno território da outrora intitulada Terra de Santa Maria, uma vasta área que, para além do próprio concelho feirense, cobria os actuais concelhos de Albergariaa-Velha, Arouca, Castelo de Paiva, Espinho, Estarreja, Gondomar, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Ovar, São João da Madeira, Sever do Vouga, Vale de Cambra e Vila Nova de Gala.
A Terra de Santa Maria aparece pela primeira vez documentada como tal em 111 7, numa doação de D. Teresa a Coutinho de Osselva, tendo surgido já antes, em 977, sob a denominação arcaica de “Cvitas Sanctae Mariae”. Uma denominação relacionada com a conquista destas terras aos sarracenos, levada a cabo pelo Conde de Civitas Portucalenses D. Munio Viegas, seus filhos D. Egas e D. Garcia, os descendentes de D. Arnaldo de Bayão e os senhores de Eixo Ois e MameI, e sob o patrocínio de Nossa Senhora, acabando por ser baptizada em honra desta. As suas origens são, no entanto, muito anteriores, e remontam às origens da própria humanidade. Os vários monumentos funerários — vulgos mamoas — encontrados um pouco por toda a região, bem como os posteriores vestígios castrejos, atestam bem da antiguidade da ocupação destas terras, perdendo-se na era antes de Cristo, e prolongada depois ao longo do Império Romano, que por aqui deixou também marcas indeléveis e numerosas, como as vias que continuaram a ser utilizadas ao longo dos tempos, as pontes, entre outros sinais evidentes. O Castelo da Feira, como expoente máximo de uma monumentalidade medieval conservada até hoje e autêntico ex-libris de toda uma região, acompanhado por um conjunto religioso igualmente significativo, ilustra a riqueza histórica de Santa Maria da Feira, antes de chegar aos dias de hoje. O Castelo é, aliás, elemento central de toda a evolução histórica local.
O seu aspecto actual é, obviamente, apenas uma das muitas facetas adquiridas desde a sua origem, que se esfuma no recuar dos tempos, mas cuja lógica aponta para a época dos romanos, havendo mesmo quem o considere o verdadeiro berço da pátria. Seja como for, afirmava-se já como um dos mais importantes castelos na altura da reconquista, quando, por ocasião da antiga divisão administrativa dos conventos, se começou a evidenciar como um dos pólos fundamentais de desenvolvimento na região, juntamente com o Mosteiro de Cucujães e o Mosteiro de Arouca.
Por várias vezes reconstruído, viajando também um pouco ao sabor das próprias contingências de cada época, a sua história encontra-se intimamente ligada à da povoação que começou por se aglomerar em seu redor, e que provinha da antiga Lancóbriga, mais tarde denominada de Cicitas de Santa Maria. Um movimentado e cada vez mais concorrido mercado que aqui se desenvolvia, conhecido por Feira, acabou por lhe dar o nome definitivo.
A sua importância afirma-se de tal maneira, que depressa se torna capital de toda a Terra de Santa Maria, estatuto confirmado no foral concedido pelo Rei D. Manuel 1 à “Vila da Feira e Terra de Santa Maria”, a 10 de Fevereiro de 1514, referindo-se ele próprio à Feira como “cabeça da Terra de Santa Maria”. Da feira que despontava na Terra de Santa Maria nasce, assim, Santa Maria da Feira, cujo percurso ao longo da história é em parte o percurso do próprio castelo, seu símbolo-mor desde sempre. Atingido, então, o clímax, o castelo começa lentamente a perder importância, readquirindo apenas mais tarde o seu estatuto e a sua dignidade, muito por “culpa” dos seus próprios conterrâneos.
E, assim, um castelo que vai ficando à margem do processo de expansão cristã para sul, passando a funcionar principalmente como residência senhorial — privilegiada, é certo —, e não tanto como palco de combate. A sua degradação atinge o auge por voltas do século XV, levando a uma reconstrução completa, responsável pela sua “cara” actual. Mas a curva descendente continua, e mais se agrava com a decisão de D. Pedro II em incorporá-lo na Casa do Infantado, que vê os seus bens leiloados, em 1837, e o castelo a ficar completamente isolado e abandonado. Foi então que intervieram os próprios feirenses, fundando a “Comissão de Vigilância e Conservação do Castelo da Feira”, em 1905, e contribuindo mesmo individualmente, tudo em prol da sua pérola mais valiosa.
A Terra de Santa Maria aparece pela primeira vez documentada como tal em 111 7, numa doação de D. Teresa a Coutinho de Osselva, tendo surgido já antes, em 977, sob a denominação arcaica de “Cvitas Sanctae Mariae”. Uma denominação relacionada com a conquista destas terras aos sarracenos, levada a cabo pelo Conde de Civitas Portucalenses D. Munio Viegas, seus filhos D. Egas e D. Garcia, os descendentes de D. Arnaldo de Bayão e os senhores de Eixo Ois e MameI, e sob o patrocínio de Nossa Senhora, acabando por ser baptizada em honra desta. As suas origens são, no entanto, muito anteriores, e remontam às origens da própria humanidade. Os vários monumentos funerários — vulgos mamoas — encontrados um pouco por toda a região, bem como os posteriores vestígios castrejos, atestam bem da antiguidade da ocupação destas terras, perdendo-se na era antes de Cristo, e prolongada depois ao longo do Império Romano, que por aqui deixou também marcas indeléveis e numerosas, como as vias que continuaram a ser utilizadas ao longo dos tempos, as pontes, entre outros sinais evidentes. O Castelo da Feira, como expoente máximo de uma monumentalidade medieval conservada até hoje e autêntico ex-libris de toda uma região, acompanhado por um conjunto religioso igualmente significativo, ilustra a riqueza histórica de Santa Maria da Feira, antes de chegar aos dias de hoje. O Castelo é, aliás, elemento central de toda a evolução histórica local.
O seu aspecto actual é, obviamente, apenas uma das muitas facetas adquiridas desde a sua origem, que se esfuma no recuar dos tempos, mas cuja lógica aponta para a época dos romanos, havendo mesmo quem o considere o verdadeiro berço da pátria. Seja como for, afirmava-se já como um dos mais importantes castelos na altura da reconquista, quando, por ocasião da antiga divisão administrativa dos conventos, se começou a evidenciar como um dos pólos fundamentais de desenvolvimento na região, juntamente com o Mosteiro de Cucujães e o Mosteiro de Arouca.
Por várias vezes reconstruído, viajando também um pouco ao sabor das próprias contingências de cada época, a sua história encontra-se intimamente ligada à da povoação que começou por se aglomerar em seu redor, e que provinha da antiga Lancóbriga, mais tarde denominada de Cicitas de Santa Maria. Um movimentado e cada vez mais concorrido mercado que aqui se desenvolvia, conhecido por Feira, acabou por lhe dar o nome definitivo.
A sua importância afirma-se de tal maneira, que depressa se torna capital de toda a Terra de Santa Maria, estatuto confirmado no foral concedido pelo Rei D. Manuel 1 à “Vila da Feira e Terra de Santa Maria”, a 10 de Fevereiro de 1514, referindo-se ele próprio à Feira como “cabeça da Terra de Santa Maria”. Da feira que despontava na Terra de Santa Maria nasce, assim, Santa Maria da Feira, cujo percurso ao longo da história é em parte o percurso do próprio castelo, seu símbolo-mor desde sempre. Atingido, então, o clímax, o castelo começa lentamente a perder importância, readquirindo apenas mais tarde o seu estatuto e a sua dignidade, muito por “culpa” dos seus próprios conterrâneos.
E, assim, um castelo que vai ficando à margem do processo de expansão cristã para sul, passando a funcionar principalmente como residência senhorial — privilegiada, é certo —, e não tanto como palco de combate. A sua degradação atinge o auge por voltas do século XV, levando a uma reconstrução completa, responsável pela sua “cara” actual. Mas a curva descendente continua, e mais se agrava com a decisão de D. Pedro II em incorporá-lo na Casa do Infantado, que vê os seus bens leiloados, em 1837, e o castelo a ficar completamente isolado e abandonado. Foi então que intervieram os próprios feirenses, fundando a “Comissão de Vigilância e Conservação do Castelo da Feira”, em 1905, e contribuindo mesmo individualmente, tudo em prol da sua pérola mais valiosa.
Cultura
Santa Maria da Feira afirma-se no panorama cultural nacional à custa de uma vasta e diversificada programação que vai desde a programação de espaços como o Cine Teatro António Lamoso e o Europarque, até aos eventos de rua, que levam muitos a consideram a Feira como a capital nacional das Artes de Rua. Para reforçar esta componente, prepara-se a instalação do Centro de Artes de Rua 7 Sóis 7 Luas nas antigas instalações do Matadouro Municipal.
Ao longo de todo o ano, vários eventos levam mais longe o nome da cidade e da região:
- Festa das Fogaceiras - 20 Janeiro
- Rock.VFR - Março
- Nossa Senhora da Piedade - Canedo - Agosto
- Rocktarackt - Concurso de Música Moderna - Março
- Semana Santa
- Volta às Terras de Santa Maria
- Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua - Maio
- ENE - Educação, Negócios e Emprego
- Eurozone e Worldzone - Fun Parks temáticos dos campeonatos da Europa e do Mundo de Futebol
- Viajar no Tempo Rumo à Viagem Medieval
- Festa Europeia da Música - 21 Junho
- Viagem Medieval em Terra de Santa Maria - Agosto
- Festival da Juventude - Setembro
- Festival Internacional de Cinema Jovem
- Festival para Gente Sentada
- Festival de Cinema Luso-Brasileiro
- Terra dos Sonhos - Dezembro
- Festas em honra de S. Cipriano e Senhos dos Desamparados ( Festas dos Arcos) - 1º Fim de Semana de Agosto em Paços de Brandão
Património
TURISMO
Museu Convento dos Lóios
O Museu Convento dos Lóios é um espaço dedicado à História do concelho de Santa Maria da Feira e da região. Reabriu as portas ao público a 26 de Junho de 2009, depois de profundas obras de remodelação e adaptação a museu municipal. Tem como missão a salvaguarda, valorização e divulgação de testemunhos e memórias do passado como herança histórica e cultural, legados a gerações futuras.
Museu do Papel Terras de Santa Maria
Instalado num antigo engenho papeleiro fundado em 1822, a sua grande marca identificadora reside no facto de ser um museu manufactureiro e industrial em actividade, integrando um espaço de produção manual de papel – antigo Engenho da Lourença – e um espaço industrial – Casa da Máquina – onde se mostra o processo de fabrico em contínuo.
Termas de S. Jorge
Na Vila de Caldas de S. Jorge, a 25 km do Porto, encontrará um refúgio para recuperar o seu equilíbrio físico e psicológico, face às tensões da vida moderna.
As Termas de S. Jorge estão vocacionadas para tratamentos de patologias músculo-esqueléticas, vias respiratórias e pele, associando os benefícios da hidroterapia a um espaço que convida ao repouso e ao equilíbrio global.
Numa filosofia de prevenção e promoção da saúde, as Termas de S. Jorge oferecem uma gama de tratamentos vocacionados para o bem-estar físico e psicológico.
Apresentar uma oferta termal integrada, num ambiente acolhedor e com o profissionalismo de técnicos qualificados, é a missão das Termas de S. Jorge.
O castelo medieval
Antecedentes
Embora a primitiva ocupação humana do seu sítio remonte à pré-história, adquiriu maior relevância quando os Lusitanos aqui ergueram um templo em honra da divindade Bandeve-Lugo Tueræus. Após a Invasão romana da Península Ibérica, por aqui passava a estrada que unia Olissipo (Lisboa) a Bracara AugustaBraga), conforme os testemunhos arqueológicos que remetem esta ocupação ao período do Baixo-Império.
À época da Reconquista cristã da península, este centro religioso pagão tendo sido transformado em um centro Mariano, desenvolveu-se aqui uma feira regional, cuja elevada expressão daria nome ao local (Feira de Santa Maria).
A primeira referência documental à sua fortificação consta no manuscrito "Chronica Gothorum" (anônimo, fins do século XII), que noticia a vitória de Bermudo III de Leão (1028-1037) sobre um chefe Mouro em terras do Castelo de Santa Maria1045). Será deste período a construção da parte inferior da Torre de Menagem com funções de alcáçova, protegida por uma cerca amuralhada, da qual restam apenas os vestígios.
IN "WIKIPÉDIA"
IN "SITE DA CÂMARA MUNICIPAL
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