12/06/2011





MEALHADA


DISTRITO DE AVEIRO





A Mealhada é uma cidade portuguesa, situada no limite Sul do Distrito de Aveiro, região Centro e, desde 2008, à sub-região do Baixo Mondego (antes pertencia à sub-região Baixo Vouga), com cerca de 4 043 habitantes.[2] É o principal centro urbano da sub-região vinícola da Bairrada.


É sede de um município com 111,14 km² de área e 22 215 habitantes (2008)[pertence ainda à Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego. O concelho é subdividido por oito freguesias (Antes, Barcouço, Casal Comba, Luso, Mealhada, Pampilhosa, Vacariça e Ventosa do Bairro) o que se traduz numa densidade populacional de 164,4 hab./km².
O município de Mealhada tem duas vilas (Luso, Pampilhosa) e uma cidade (Mealhada).

O Concelho de Mealhada é subdividido em oito freguesias:

  • Antes freguesia criada em 23 de Abril de 1964 por desmembramento da freguesia de Ventosa do Bairro.
  • Barcouço freguesia que pertencia anteriormente ao extinto concelho de Ançã (Cantanhede) e que foi integrado no concelho a 31 de Dezembro de 1853 por troca pela freguesia de Tamengos (Anadia).
  • Casal Comba freguesia integrada no concelho em 4 de Julho de 1837 por decreto de D. Maria II.
  • Luso freguesia criada em 1837 por desmembramento da freguesia de Vacariça.
  • Mealhada freguesia criada em 24 de Junho de 1944 por desmembramento da freguesia de Vacariça.
  • Pampilhosa freguesia integrada no concelho a 31 de Dezembro de 1853 desanexada do concelho de Coimbra.
  • Vacariça freguesia que era sede o concelho homónimo e que foi extinto aquando da criação do concelho da Mealhada.
  • Ventosa do Bairro freguesia integrada no concelho em 4 de Julho de 1837 por decreto de D. Maria II.

História

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Época Romana

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Da presença romana no concelho destacamos o achamento de um marco miliário (que remonta ao ano de 39 d.C.) durante a construção da linha do norte ainda no século XIX (1856 ou 1857) que indicaria a milha 12 da via romana de Olissipo (Lisboa) a Cale (Vila Nova de Gaia), que seguiria pelo lado oeste do rio Cértima. Este achado encontra-se hoje em dia no átrio do edifício da câmara municipal.
Marco Miliário.
Também desta época é a estação arqueológica da Cidade das Areias situada na Vimieira (Casal Comba) que já é referenciada desde o século I por Estrabão e conhecida nos nossos dias desde 1959, no qual se pensa poder ter sido uma oppidum Elbocoris, ou pequena fortificação romana. Achados neste local datam dos séculos I a IV. Também no lugar de Barcouço foram encontrados alguns vestígios romanos como moedas e olaria.[3] Ainda referenciado em livros e páginas da internet, também nesta zona existiria uma estação de muda de cavalos ou mutatio denominada de Ad Columbam, talvez um nome antecessor de (Casal) Comba e, para além da Via OlissipoCale, também duas ramificações, uma dirigindo-se para a costa e outra virada para nascente que seguiria partindo da actual localização da cidade de Mealhada para Bobadela via Norte do Buçaco provavelmente seguindo a linha de divisão dos actuais concelhos de Mealhada e Anadia.

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Época Pré-reconquista

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Monumento aos 1000 anos da Vacariça

 Do período compreendido entre a queda de Roma as invasões bárbaras e acabando no domínio árabe, as terras pertencentes ao concelho pouco ou nada têm a relatar, apenas se discute a possibilidade da denominação da localidade de Barcouço ser de origem árabe pela junção de bárr-, que significa campo, e causon, relativo a arco, ficando assim o significado de Campo do Arco.

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Da Idade Média até ao séc XIX 

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Seguindo a linha temporal, com a conquista de Coimbra em 878 por Hermenegildo Guterres, nobre da corte de Afonso III de Leão, as terras em que se insere o concelho ficam seguras para a reocupação cristã, mas no fatídico anos de 987 regressa a mãos árabes sendo apenas reconquistadas para os cristão a 1064 por Fernando Magno de Leão e Castela. Assim, as tentativas de reocupação suspensas por 77 anos foram retomadas com a instalação de vários mosteiros na zona onde o futura concelho se iria inserir, sendo os mais importantes o Mosteiro do Lorvão (Penacova), que a par com a Sé de Coimbra foi um dos maiores motores da região na época, e o Mosteiro da Vacariça, que estendeu o seu património para além dos rios Mondego, a sul, e Douro, a norte, tendo sido proprietário do Mosteiro de Leça e de terras da Maia. Os registos dessa época chegaram até nós através do Livro Preto da Sé (Velha) de Coimbra, dos registos do Livro dos testamentos do Mosteiro do Lorvão. Assim é a partir desta época que grande parte dos nomes e localização de grande parte das terras do concelho começam a surgir, em cartas de doação e documentação relativa a tributos, assim como a grande importância que o já desaparecido Mosteiro da Vacariça teve nas terras a Sul do Douro e Norte do Mondego. Para dar alguns exemplos temos referências a Vale Covo em 967, provavelmente antiga designação de Rio Covo (Barcouço); Vimieira em 967, nome actual da antiga villa romana aí existente; Villa Verde em 972 e 974, pela descrição, provavelmente antepassada da Mealhada ou de alguma das povoações à volta pois a referência é dada às margens do rio Vacariça entre Barrô (Luso) e Vimieira (Casal Comba) assim não ficam descartadas a Póvoa e o ReconcoVacariça e o seu Mosteiro são referenciados em 1002, Ventosa em 981; Arinhos (Ventosa do Bairro), Antes, Luso e Várzeas (Luso) e Santa Cristina (Vacariça) em 1064; Barcouço em 1116; Pampilhosa em 1117; Pedrulha (Casal Comba) em 1123; Sernadelo (Mealhada) em 1140 mas apenas como local de cultivo, não como povoação; muitas outras referências foram feitas

Gentílico Mealhadense
Área 111,14 km²
População 22 215 hab. (2008[1])
Densidade populacional 200 hab./km²
N.º de freguesias 8
Presidente da
Câmara Municipal
Carlos Cabral
Fundação do município
(ou foral)
1514-foral; 1836-concelho
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Baixo Mondego
Distrito Aveiro
Antiga província Beira Litoral
Orago
Feriado municipal Quinta-feira de Ascensão
Código postal 3050
Endereço dos
Paços do Concelho
Largo do Municipio 3054-001 Mealhada
Sítio oficial http://www.cm-mealhada.pt
Endereço de
correio electrónico
gabpresidencia@cm-mealhada.pt

Fotomontagem da paisagem a partir do miradouro da Cruz Alta (Buçaco
desde Souselas até Pampilhosa.
Assim, e segundo estes documentos, as terras hoje pertencentes ao concelho foram propriedades destes mosteiros, da Sé de Coimbra e ainda de particulares.

Só a 12 de Setembro de 1514 Mealhada e Vacariça recebem foral por D. Manuel I, mas as terras do actual concelho permaneceram sob jurisdição do Bispo de Coimbra, assim o actual território pertenceu aos concelhos medievais de Coimbra (Pampilhosa), Vacariça (Vacariça, Mealhada e Luso) e Casal Comba e Ventosa (Ventosa e Antes).
Em 1628 estabelece-se no Buçaco uma comunidade de frades carmelitas, ali edificando o convento de Santa Cruz do Buçaco e inúmeras ermidas e capelas de penitência, que são hoje o património classificado do concelho. A Ordem dos Carmelitas Descalços ali permaneceu durante duzentos anos até à sua extinção em 1834.
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Criação do Concelho e Organização Administrativa

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No século XIX, com as grandes reformas liberais foi criado o actual concelho da Mealhada no reinado de D. Maria II.[5] Criado a 6 de Abril de 1836 era constituído pelas freguesias de Casal Comba, Ventosa, Tamengos e Aguim sendo que Mealhada foi sede de concelho e pertencia à freguesia de um concelho vizinho, o da Vacariça, que, na altura da sua extinção em 1837 detinha as freguesias de Vacariça, Luso e Vila Nova de Monsarros que passou a pertencer ao concelho de Anadia. Ainda em 31 de Dezembro 1853 passaram para o concelho as freguesias de Pampilhosa, desagregada do concelho de Coimbra, e a de Barcouço, vinda do extinto concelho de Ançã (Cantanhede), saindo por sua vez Aguim e Tamengos para o concelho de Anadia. Com o formato com que ainda hoje permanece o concelho veria a sede de concelho a elevar-se a freguesia em 24 de Junho de 1944, desanexada da freguesia de Vacariça e ainda a freguesia de Ventosa a dividir-se e a criar a freguesia da Antes a 23 de Abril de 1964 ficando assim administrativamente como até hoje.
Paços do Concelho

Ligado sempre a Coimbra, a atribuição entre os distritos de Aveiro e Coimbra foi conflituosa, sendo a Mealhada integrada no de Aveiro entre 1836 e 1842, ano em que mudou para Coimbra, mas a troca pelo concelho de Mira voltaria a pôr o concelho de volta no distrito de Aveiro em 1855, onde ainda permanece, configurando-lhe o aspecto de “península” embrenhada no distrito de Coimbra.
Luso foi elevada a Vila em 6 de Novembro de 1937.
Pampilhosa foi elevada a Vila em 9 de Junho de 1985.
Mealhada foi elevada a Cidade em 26 de Agosto de 2003.

WIKIPÉDIA


Cultura

Com cerca de 21700 habitantes residentes, o concelho da Mealhada possui algumas boas estruturas culturais onde se destaca um excelente Cine Teatro, um museu de História Militar, um velho Casino, vilas e construções do inicio do século dignas de registo e um património classificado coincidente com o antigo Convento de Santa Cruz do Buçaco.
Palace Hotel do Bussaco - Mealhada.


Alguma arqueologia industrial, restos do que foi um importante entroncamento ferroviário quando os expressos marcaram o tempo romântico das primeiras velocidades, referências históricas a um velho e importante Mosteiro como foi o da Vacariça e mostras etnográficas espalhadas um pouco pelas freguesias fazem parte duma herança cultural nem sempre muito visível mas profundamente enraizada na tradição popular.
O associativismo é uma palavra com sentido no concelho e muitas são as colectividades que dão corpo e movimento a uma área que mexe permanentemente.
Duas associações filarmónicas e oito agrupamentos folclóricos são reflexo desta vitalidade. Concertos, festivais, núcleos museológicos, escolas de música, são facetas desta tradicional participação do tecido humano municipal na vida colectiva e manifestando a expressão e a alegria dum povo que bebeu a sua cultura entre a urbe de Coimbra, a dois passos, as encostas do Buçaco, com a sua Romaria da Ascensão e a terra da Bairrada que se espraia pelas margens do rio Cértima até á Pateira de Fermentelos.

Cine-Teatro Messias
Uma associação de Carnaval com diversos grupos participantes, um grupo coral, um grupo de teatro amador, um grupo ambiental, são, entre outras, algumas referências no município actual, onde se podem visitar frequentemente, quer na sede do concelho, quer em algumas freguesias como o Luso ou Pampilhosa, exposições sobre os mais variados temas.


TERMAS DO LUSO


Costa Simões, Francisco Dinis e Assis Leão






































Das bucólicas tardes de verão que fizeram no principio do século o romantismo das termas resta a saudade, mas as nascentes, ainda que direccionadas para outras áreas do turismo e do lazer em simultâneo com algumas funções curativas que lhes restam, continuam a fazer brotar das entranhas, águas diversas, preparadas no laboratório natural dos aquíferos para beber ou para banhos, consoante as virtudes curativas de cada uma delas.

Falar das Termas do Luso, da sua história e da evolução das suas águas, é remontar ao longínquo ano de 1726 e aí, dum aquilégio medicinal da autoria do Dr. Francisco da Fonseca Henriques retirar a primeira notícia conhecida da existência de hum olho de agoa quente, a que chamam o Banho, localizado no lugar de Luso. Quarenta e nove anos depois, em 1775, é o médico José António de Morais, da Lameira de S. Pedro, que redescobre as virtudes terapêuticas da água, curando duma moléstia, diz a história, a Rainha D. Maria I. Já as virtudes da água tinham curado a plebe na pessoa duma tal Ana de Anadia, sarada pelo milagre dos banhos duns tubérculos existentes na pele.
Em 1838, a Câmara Municipal da Mealhada mandou edificar ao redor da nascente uma casa de alvenaria e em 1850, Costa Simões pressionou o Governo Civil de Coimbra que aprovou a primeira planta do edifício dos Banhos do Luso, com o qual a Câmara da Mealhada pediu autorização à Corte para contrair um empréstimo de mil reis para executar a obra. Na altura, visitou a Mata do Buçaco a Rainha D. Maria II que duou 100$000 reis para as novas instalações.

Finalmente a 25 de Agosto de 1852, por iniciativa de António Augusto da Costa Simões, Francisco António Diniz e Alexandre Assis Leão, foi fundada a Sociedade para o Melhoramento dos Banhos de Luso que deu lugar á actual concessionária.

Nestas linhas simples e rectilíneas duma história breve, se encadeiam mil e outras história onde o factor humano tem um papel preponderante, onde se misturam drama e jubilo, a alegria e a tristeza e a vida nativa de vocação hoteleira que foi viveiro e alforge da industria nacional.

O Turismo, esse grande vector económico dos dias que correm, começou praticamente aqui e noutras termas semelhantes a par duma hotelaria de prestígio que teve berço e nascença através de homens como o suiço Paulo Bergamim ou o português Alexandre Almeida, pioneiros duma industria que nasceu em Portugal pela mão inovadora de apostadores em novos desafios que fizeram da travessia do século passado a sua nave de experimentação, base do Portugal turísticos dos nossos dias.

O Estoril, Lisboa e mais tarde o Algarve, recolheram e prosperaram com o esforço e saber de gentes das terras da Mealhada, mestres de experiência feita, do bem fazer, do bem servir, fruto da delicadeza das termas e da qualidade dos serviços que foi apanágio desses tempos pioneiros.

Os clubes de ténis, os Grémios, as salas de leitura, os casinos, os teatros, foram extensões de investimentos dirigidos, em muitos casos, á frequência das termas, numa belle époque plena de servilismo por um lado, e de lições, por outro.
Dos escombros de muitas imagens que ficaram, resta a saudade por um lado, e por outro renascem os desafios que exigem a reactivação e a recuperação destes espaços idílicos, agora direccionados para outras gentes e outras necessidades, catapultados pelo marketing e pelo rigor económico, mas sempre na procura das pessoas e das suas exigências.
Por isso se pensa hoje nas Termas do Luso de amanhã. Não no remanso investidor duma família clássica, mas na valorização constante dum investimento atractivo, compensatório, numa perspectiva de empresa e de remuneração das acções.
Termas clássicas, termas á base de água, tratamentos de pele, curas de emagrecimento, combate ao stress, simplesmente repouso ou esse grande palavrão chamado SPA, o que serão as termas amanhã ?


MATA DO BUÇACO


O lado verde da vida tem na Mata Nacional do Buçaco um dos seus mais fascinantes recantos.
A Floresta do Buçaco é um bosque espesso, muitas vezes secular, onde as árvores têm porte gigantesco e são ricas em essências, perfumes e fulgor. Cedros, abetos, sequóias, tílias, ulmeiros, loureiros, faias, rodoendros, fetos gigantes, acácias e freixos, provenientes da América, da Austrália, dos Himalaias ou de tantos outros locais do Mundo, plantadas e cuidadas por gerações de monges Carmelitas Descalços que viveram, em clausura e contemplação por mais de 200 anos, entre 1630 e 1834, neste magnífico altar da Natureza, sagrado e protegido por bula do Papa Urbano VIII de 1634.
Pela floresta, ao correr dos caminhos, há uma transparência de luz e frescura de sabor místico quase divino, há ermidas que evocam os Passos da Via Sacra, capelas votivas, alguns tugúrios, outrora refúgios dos frades em meditação, pequenos lagos e muitas fontes.

Há essa maravilha que se chama o Vale dos Fetos e aquele sítio idílico que é a Fonte Fria, ou no cimo da colina sagrada, o miradouro da Cruz Alta, com admirável panorama da floresta a guardar no seu coração o Convento das Carmelitas e o sumptuoso Palace Hotel do Buçaco, outrora residência de reis e que nos nossos dias recebe Homens de Estado e quem, na busca da tranquilidade, tem o gosto de se acolher num dos mais belos hotéis românticos da velha Europa.

GASTRONOMIA

O Leitão Assado à Bairrada


Uma delícia única. Um manjar digno dos deuses !!!!
Amarelo e apaladado por séculos de tradição, o leitão da Mealhada é a maior riqueza gastronómica do concelho.
Com o peso em vivo a oscilar entre os 6 e os 10 quilos, um mês, mês e meio de idade, o leitão sai do leite materno para se transformar numa iguaria impar que chama á fileira da estrada nacional 1, que percorre o concelho de norte a sul, milhares de veneráveis apreciadores.
Temperado á boa maneira da tradição, enfiado no espeto durante duas horas em forno a lenha pelas mãos de especialistas nas voltas e mais voltas da sua confecção, amarelo como ouro na sua pintura a calor lento, o leitão é verdadeiramente um manjar divino, apreciado pelos inúmeros adoradores na verdadeira sala de jantar de Portugal, a Mealhada.
Acompanhado pelo não menos saboroso pão da Mealhada, de fabrico tradicional e pelos bons vinhos dos produtores locais…

( Receita Conventual de 1743, compilada por António de Macedo Mengo )


Pelado e aberto por uma ilharga, se lhe tirem as tripas e a fressura... e também picarão toucinho e umas cabeças de alho, cravo inteiro e pizado, pimenta inteira e pizada, cuminhos, sal, folha de louro, um pouco de vinho e algum vinagre. Mexa-se tudo isto muito bem, e se metta dentro do leitão, de sorte que não leva môlho; e cosendo a abertura, espetarão o leitão em espeto de pau, e o untarão com manteiga de porco.

Isto feito, ponha-se a assar, que será devagar, e emquanto se for assando se tirará fóra algumas vezes para tomar ar e côr. E, quando começar a levantar empollas na pelle, se lhe irá dando com um panninho molhado com água e sal.

Quando estiver assado, o que commummente leva duas horas, terá então os couros bem córados e vidrentos; e logo se porá na ponta de um espeto um pedaço de toucinho, que assando-o se irá pingando com elle o leitão. E depois de bem pingado irá á mesa, servindo-se com laranja, pimenta e sal.
  
Rota do Vinho da Bairrada

Situada no coração duma Bairrada vinhateira de grande qualidade, ao que alia uma riqueza gastronómica impar, a Mealhada faz parte dessa jovem instituição que se chama Rota do Vinho da Bairrada e honra-se de ver aberto o seu primeiro posto informativo nas instalações da antiga Destilaria da Junta Nacional do Vinho, um imóvel recuperado para ser palco previlegiado da promoção dos seus produtos.

Outros lugares são no entanto de visita obrigatória para os ‘chamados’ adoradores do vinho, e esses locais são precisamente as vinhas, as caves ou as adegas dos seus primeiros aderentes, os verdadeiros santuários onde se cria e faz a volumetria do néctar final.

Assim, é sempre de aconselhar uma passagem pelas Caves Messias no coração da vila da Mealhada, ou pela renovada Quinta do Valdoeiro, na freguesia da Vacariça, vinhedos que se estendem entre as povoações do Travasso e Quinta do Valongo, ou ainda pela Adega Cooperativa da Mealhada e pelo antigo solar da Quinta do Carvalhinho, em Ventosa do Bairro, para ali tomar o gosto e o aroma com que se ama o vinho da Bairrada no berço dos aderentes do concelho.

Em plena Rota, haverá porventura sensação melhor que viajar pela candura da terra fértil, pela sombra dos pinhais frondosos, pela secularidade da mata do Buçaco que se abre em paisagens de suaves declives e vastos horizontes? Tudo nos sugere que deixemos o mundo correr e façamos uma pausa para desfrutar a natureza que aqui tão amplamente se manifesta... Aqui, onde o tempo, a riqueza e a diversidade geológica dos solos bairradinos, dão azo a que se produza uma tão grande variedade de vinhos, distintos entre si e os demais.

Sejam eles tranquilos ou espumantes, todos acompanham famosamente a culinária tradicional e merecem ser bebidos na região, para aí lhes tomar o gosto e conhecer a nobreza da personalidade.

IN "SITE DO MUNICÍPIO DA MEALHADA"

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