Férias num barco? Marina no Alqueva
prevê ocupação de 80%
A Amieira Marina, nas margens do Alqueva, a única marina de águas interiores em Portugal com Bandeira Azul, perspetivou hoje com otimismo a atividade nos meses de verão, esperando "80 por cento" de ocupação dos barcos casa.
"As expetativas são boas" e apontam para "80 por cento de ocupação neste período do verão", o que supera as previsões do ano passado, garantiu hoje à Agência Lusa Eduardo Lucas, sócio da Nautialqueva, que detém a marina.
A Amieira Marina (Portel) é o primeiro projeto náutico na albufeira do Alqueva e passa a ostentar, desde hoje, a Bandeira Azul, tornando-se na "primeira marina de águas interiores" em Portugal com o galardão.
A bandeira, atribuída pela Associação Bandeira Azul Europa, certifica a qualidade ambiental do projeto na globalidade, quer ao nível das infraestruturas da empresa, quer das embarcações, explicou a empresa.
"É um reconhecimento. Este foi um projeto que, desde o princípio, sempre teve um particular cuidado na vertente ambiental", congratulou-se Eduardo Lucas.
O responsável enumerou as preocupações ambientais da empresa, exemplificando que "as águas negras" dos barcos casa "são recuperadas" na embarcação e depois "tratadas na marina".
"É algo que não acontece nos outros países do norte da Europa. Se formos analisar em França, todas as águas negras vão parar às águas dos canais", comparou.
O projeto engloba todo o tratamento e separação dos lixos, "mesmo os tóxicos", e dispõe de uma Estação de Tratamento das Águas Residuais (ETAR) "completa e compacta", promovendo ainda atividades ambientais para alunos de escolas.
A operar há seis anos os barcos casa, que permitem aos turistas dormir a bordo e navegar pelo Alqueva, a Amieira Marina prevê uma "taxa de ocupação elevada" das embarcações durante o verão, apesar da atual situação de crise do país.
"É claramente uma aposta ganha. E começa a vingar o turismo náutico em Alqueva, independentemente da crise que sentimos", frisou Eduardo Lucas, explicando que o mercado alvo dos barcos casa inverteu-se.
Isto porque, disse, no início, havia "67 por cento de clientes estrangeiros e 23 por cento de nacionais", mas, agora, é "ao contrário, com 67,5 por cento de portugueses e 32,5 por cento de estrangeiros".
"Mas, em termos absolutos, ambos os mercados cresceram. Só que o nacional cresceu muito mais", revelou, adiantando que a aposta, este ano, na atração de turistas estrangeiros, está centrada nos mercados espanhol e inglês.
Já o mercado dos barcos de cruzeiro, operados pela Gescruzeiros (com a participação da Amieira Marina), está a ser "mais afetado pela crise". Mas, apesar da "descida de 17 por cento" no número de passageiros em 2010, houve um "aumento de faturação de 3,6 por cento", disse Eduardo Lucas.
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18/06/11
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