A ESTÂNCIA BALNEAR
A evolução registada na sociedade portuguesa ao longo do século XIX, repercutiu-se no processo de crescimento de Espinho. A alteração de costumes e a modernização dos meios de transporte induziram mudanças radicais nas rotinas do seu núcleo permanente, gerando outros tipos de interesses e outras dinâmicas. As classes sociais com maior poder económico, da nobreza à burguesia, importaram uma série de hábitos em voga na Europa, designadamente a prática de passar parte do tempo disponível fora de casa (a que se convencionou chamar de vilegiatura), quer no campo quer na praia, tornando-se frequente, a partir de 1840, a atracção pelo mar (que os franceses rotulavam como o "désir du rivage"), passando Espinho a ser frequentado, no Verão e no Outono, por famílias da Feira, de Oliveira de Azeméis, da Anadia, de Arouca e, também, do Porto.Esta prática originou novas actividades e induziu à construção de mais habitações, principalmente para uso sazonal, algumas de madeira, outras de pedra e cal, a primeira das quais construída, em 1843, por um industrial de Oleiros, fabricante de papel, chamado José de Sá Couto. Os proprietários de barcos de pesca dedicaram-se, também, a organizar as "idas a banhos" (como eram popularmente conhecidas), alugando barracas de madeira, pintadas com cores garridas, e apoiando os veraneantes no uso das terapias proporcionadas pelo mar. O comércio era, claramente incipiente, não existindo, em 1864, fabrico de pão, que vinha do Porto ou da Feira, mas tão só algumas mercearias, 13 tabernas, uma botica de farmacêutico, uma loja de louças e outras utilidades, um talho de carne de vaca, bem como uma assembleia recreativa para organização de bailes e demais divertimentos. Os benefícios do comboio ainda não se faziam sentir, pois os viajantes tinham que se apear na Granja ou em Esmoriz, donde se transportavam, com malas e bagagens, em carros puxados a bois. Quando, em 1863, a linha férrea, entre Ovar e Gaia, entrou em funcionamento, Espinho não foi dotado de apeadeiro, apesar de ser a povoação marítima, de Aveiro ao Porto, mais próxima da via, pois a distância da passagem de nível à primeira casa era de 100 metros , só parando comboios para carregar caixotes com o pescado. A fim de inverter a situação, encetaram-se negociações com a Companhia Real dos Caminhos-de-ferro, por iniciativa de três banhistas influentes: o comendador Joaquim de Sá Couto (filho do primeiro proprietário de casa de pedra e cal), o Marquês da Graciosa (natural da Anadia) e o advogado Joaquim Correia Leal (natural de Paços de Brandão). O apeadeiro foi instalado em 1870, ao passo que a estação foi inaugurada em 1874, momento a partir do qual surgiu outra visibilidade, com um movimento de passageiros estimado em 1200, datando desse ano registos que calculavam a população, na época balnear, em cerca de 3000 pessoas, enquanto o número de residentes fixos se ficava por 600 indivíduos.
Os estabelecimentos comerciais difundiram-se com facilidade (principalmente sucursais de lojas do Porto), apareceram os primeiros hotéis ("Bragança", "Particular", "Nova Estrela"), multiplicaram-se os cafés e botequins. Em qualquer destes espaços funcionavam casinos, apesar de não serem permitidos por lei, mas tolerados pelas autoridades, atendendo ao seu papel como fonte de negócio e de entretenimento. Entre essa gama diversificada de estabelecimentos, destacaram-se, durante décadas, duas casas, situadas no quarteirão poente, fronteiro à via-férrea (onde se situa hoje o Casino), que funcionaram como pontos de referência e símbolos de uma certa forma de estar. A Assembleia Recreativa, que se começou a construir em 1864, era a sede de um grupo de elite (donde constava o nome do Comendador Sá Couto), que antes se reunia em casa alugada junto ao mar, e estava preparada para a realização de festas e para funcionar como espaço de lazer, com salas de jogos e de bilhar. Na esquina, com a actual Rua 19, ficava o Hotel e Café Chinês, aberto em 1888, sob a gerência do fotógrafo Carlos Evaristo, que também possuía sala de jogo e orquestra permanente, passando à história como o local preferido de tertúlias com diferentes origens sociais.
Todo este ambiente, que transfigurou a colónia piscatória, foi descrito por Ramalho Ortigão ("As Praias de Portugal"-1876; "As Farpas"- 1872/1882), que classificava as estâncias balneares em dois tipos: as aristocráticas, com uma acentuada selecção social (Costa do Estoril ou Granja); as democráticas, com uma frequência diversificada (Nazaré, Figueira da Foz, Póvoa de Varzim ou Espinho). Acorriam gentes de todas as proveniências, numa atmosfera animada, a que não faltavam o estourar de foguetes na estação, sempre que chegavam comboios com novos turistas: famílias lisboetas ou espanholas, janotas da Régua ou de Viseu, negociantes de Penafiel ou do Porto, lavradores minhotos ou transmontanos, funcionários públicos e magistrados. «Espinho é, com efeito, e por excelência, além da costa célebre da sardinha, a piscina consagrada da magistratura.» (in "As Farpas") Carlos Morais Gaio |
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A CRIAÇÃO DO CONCELHO
A prosperidade de Espinho constituía um dado adquirido e jogava a seu favor. A localidade gerava tantas receitas fiscais como todas as restantes 35 freguesias do concelho da Feira, era procurada anualmente por mais de 20.000 banhistas, tinha ligações ferroviárias privilegiadas, com uma proximidade estratégica ao Porto, evidenciando uma actividade económica equilibrada, que sustentava o seu núcleo de habitantes permanentes (cerca de 4.000 pessoas). No entanto, estes consideravam insuficiente a atenção que lhes era dada pelo município, como se comprova por testemunho do Padre André de Lima: « Durante o Inverno, para aqui ficávamos sem luz, sem polícia, sem limpeza, como isto fosse um burgo reles e podre; as nossas ruas cheias de covas chegaram quase a dissolver-se em areias; as suas arborizações estavam reduzidas a meia dúzia de exemplares, raquíticos e enfezados (...), as valetas estavam transformadas em monturos de porcaria e quanto a melhoramentos de abertura e balastramento de ruas era caso para mandar repicar os sinos, quando aparecia uma vereação que se dava à prodigalidade daqui despender alguns centos de mil réis nesses serviços.»
Este descontentamento seria de tal forma generalizado, que um grupo de amadores conseguiu, em 1895, um assinalável êxito com a revista teatral "Por um Óculo", da autoria de António Pedro Félix, levada à cena no Teatro Aliança, em que o tema central eram as críticas pela falta de cuidado que o município dedicava à freguesia de Espinho. Não seria, portanto, de estranhar que qualquer tentativa autonomista encontrasse forte receptividade na população, como se vinha a prefigurar com insistência desde a criação da paróquia, nem que a iniciativa partisse de um núcleo claramente liderado pelos dirigentes da Fábrica de Conservas, numa época em que a sociedade portuguesa era mais sensível aos prodígios do desenvolvimento industrial, simbolizado pela máquina a vapor, do que a ancestrais pergaminhos de um qualquer condado, identificado como imagem de um passado retrógrado.
O movimento formalizou-se com uma sessão pública no Teatro Aliança, na noite de 5 de Fevereiro de 1899, de onde saiu a comissão promotora da criação do concelho e uma petição aos poderes públicos, subscrita por mais de 800 cidadãos. Os argumentos centravam-se nas qualidades da povoação (condições naturais, importância dos seus edifícios e labor económico) e nas carências motivadas pela ausência de uma política municipal capaz (falta de arruamentos, de escola pública, de polícia, de iluminação e de água potável), solicitando-se que fosse decretado o concelho de Espinho e, por conveniência própria, a anexação das freguesias de Anta, Silvalde, Paramos, Oleiros, Nogueira, Mozelos, Lamas e Paços de Brandão. A comissão promotora era liderada por Augusto Gomes (sócio-gerente da fábrica de conservas) e integrava dois homens de Oleiros: José de Sá Couto Moreira (proprietário abastado e sobrinho do Comendador Sá Couto, que se manteve neutral em virtude das suas ligações com a Feira) e António de Castro Soares (médico conhecido pelas suas qualidades oratórias, que viria a construir casa na esquina das ruas 19 e 16). O peso e a resistência pública da Feira causavam algumas limitações, motivando, por exemplo, que um homem como o Conselheiro Correia Leal, deputado por esse círculo, fosse levado a não tomar posição pública, apesar de todos conhecerem a sua simpatia pelo desejo dos espinhenses, mas a rede de influências era, apesar disso, vasta, pois contava com a facilidade de movimentação de Augusto Gomes e com o apoio do Marquês da Graciosa, titular da Anadia e membro da Câmara dos Pares, frequentador da praia há muitos anos.
As diligências, tomadas em Lisboa, conseguiram reunir o consenso dos dois grandes partidos do sistema constitucional e fazer subir a petição à Câmara dos Deputados. O Partido Regenerador, que estava na oposição, manifestou-se através do seu órgão oficial, o jornal "A Tarde", considerando como legítima "a reclamação daquele laborioso povo". O Partido Progressista, que estava no Governo, começou por se mostrar cauteloso e reticente, mas acabou por tomar a iniciativa, mandatando a sua principal figura parlamentar, Frederico Ressano Garcia, para defender a petição espinhense e o projecto de criação do concelho. No seu discurso, proferido em 28 de Fevereiro, salientou a importância da localidade como praia e sede de uma fábrica de conservas, repisou o argumento da disparidade entre o volume de receitas fiscais gerado e a exiguidade de investimentos públicos realizados, concluindo com um apelo dramático: «Portanto, Espinho está condenado a uma próxima decadência, se não lhe acudirem a tempo!» Nas reuniões seguintes fizeram ouvir-se deputados eleitos pelo círculo da Feira, alertando para os perigos da decisão ou alegando que Espinho não dispunha de recursos próprios para sobreviver, e respostas em sua defesa, como no caso do deputado Adriano Antero, que leu uma representação da Associação Industrial Portuense onde se afirmava: «É de sobejo conhecida a importância industrial de que já goza actualmente Espinho e fácil é de prever o grau de desenvolvimento fabril que ainda pode atingir, caso lhe seja concedida a autonomia administrativa que ambiciona». O objectivo começava a concretizar-se, ainda que sem ver cumpridos todos os requisitos, pois não foi prevista a inclusão de oito freguesias da Feira no novo concelho, conforme constava da petição, limitando-o territorialmente à sua freguesia originária.
Em 11 de Julho, o projecto foi levado à Câmara dos Deputados, para ser votado, tendo por base um relatório elaborado pela comissão de administração pública, com parecer inequívoco: «É incontestável que aquela importante estação balnear tem, como poucas localidades, todas as condições de vida autónoma e até superiores a grande número de concelhos existentes.» O Presidente pôs o assunto à discussão e, após uma pausa, constatando o silêncio, concluiu: «Como ninguém pede a palavra, considera-se aprovado.» Seguindo os trâmites, o projecto subiu à Câmara dos Pares, onde tinham assento figuras destacadas do regime monárquico, não suscitando qualquer oposição. O relatório da respectiva comissão, a que pertencia o Marquês da Graciosa, era cautelosamente favorável: «Da criação deste concelho resulta, é verdade, um pequeno aumento de despesas públicas, mas, por tal motivo, não deve recusar-se àquela florescente povoação a autonomia administrativa, que tenazmente deseja e reclama.» Em 17 de Agosto, a lei foi promulgada pelo Rei D. Carlos e publicada uma semana depois, sendo decretada em Setembro a constituição de comissões para gerirem os municípios, até à realização de eleições. O Governador Civil de Aveiro nomeou Augusto Gomes para o cargo de Administrador do concelho, figura que representava o Governo a nível local e exercia poderes em matéria de ordem pública, instalando-se a Câmara Municipal, no dia 21 de Setembro, num edifício sito na actual Rua 19, entre as ruas 16 e 18. A comissão administrativa era presidida pelo médico Castro Soares e integrava quatro vereadores, conhecidos e activos proprietários residentes em Espinho. Em 13 de Novembro, estes elementos seriam reconduzidos nos cargos, em resultado de uma eleição sem concorrência. A equipa responsável pelos primeiros passos da gestão municipal, representava as dinâmicas sociais vigentes e era composta por personalidades marcantes, que continuaram a influenciar a vida da comunidade nos anos seguintes:
Augusto Gomes- Nascido em Ovar, emigrou jovem para o Brasil e regressou com capital suficiente para ajudar a fundar, em Espinho, uma fábrica de conservas, onde assumiu a responsabilidade pelo sector comercial e se afirmou como o seu rosto mais marcante. Liderou o movimento para a autonomia do concelho, usando-se do peso que a sua empresa detinha no panorama nacional, como uma das principais exportadoras do ramo. Depois do cargo de Administrador, nunca mais voltou a exercer funções públicas, mas era o chefe incontestado do chamado Grupo da Fábrica, que congregava as forças políticas de cariz conservador. Faleceu em 1924, quando se preparava para instalar em Vigo uma filial da empresa e o município era governado pelas forças de esquerda, lideradas pelo Partido Democrático. |
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António Castro Soares- Médico, natural de S. Paio de Oleiros, radicou-se em Espinho, onde exerceu as funções de Delegado de Saúde, mas foi no campo político que demonstrou notórias qualidades. Depois de ter presidido à primeira Câmara, voltou a desempenhar o cargo em 1908, mantendo-se até à implantação da República. Continuou ligado ao Grupo da Fábrica, em nome do qual presidiu ao Senado Municipal (1916/1919), mas aceitou integrar, em 1925, uma lista do Partido Democrático. Foi designado para liderar a comissão administrativa, após o golpe militar de 1926, na altura em que se decretou o alargamento do concelho, sendo substituído pouco depois. Durante o Estado Novo não assumiu posições políticas, mas continuou a usar o prestígio conquistado, como orador fluente e gerador de consensos, na presidência de assembleias-gerais de colectividades espinhenses, até ao seu falecimento em 1938. |
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Henrique Brandão - Sócio da fábrica de conservas, com a área fabril sob sua alçada, tinha pertencido à comissão de melhoramentos que promoveu a construção da Praça de Touros. Em 1902 presidiu à Junta de Paróquia, que iniciou as obras da actual Igreja Matriz, e regressou, em 1905, à Câmara, como seu presidente. Com a implantação da República afastou-se da cena política, abandonando a direcção da empresa quando os seus sócios desapareceram, remetendo-se a uma vida recatada até ao seu falecimento, em 1935. |
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José Pires de Resende - Natural de Válega (Ovar), fixou-se em Espinho, como farmacêutico, tendo sido presidente da Confraria que antecedeu a Irmandade de N.ª S.ª da Ajuda, e um dos principais inspiradores da independência paroquial. Participou activamente na vida associativa e na fundação de agremiações, fazendo parte da comissão que organizou a primeira feira Em 1899, era vereador da Câmara da Vila da Feira, em representação de Espinho. Manteve-se na vida política fiel ao Grupo da Fábrica, integrando várias vereações (1902/1905, 1908/1910, 1914/1915). |
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João da Silva Guetim - Natural de Guetim, regressou do Brasil com fortuna considerável, sendo um dos cidadãos que emprestou dinheiro para a compra dos terrenos do Cemitério. Manteve-se na segunda vereação (1902/1905), presidida pelo médico Joaquim Pinto Coelho, acompanhando-o, após a implantação da República, em várias comissões administrativas dirigidas pelo Partido Democrático (1912/1916). |
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António de Oliveira Salvador - Negociante e proprietário, era irmão mais velho do médico José Salvador, figura marcante da segunda metade da I República. Foi um dos promotores da criação da feira e de um movimento associativo de comerciantes, bem como Comandante dos Bombeiros Voluntários de Espinho. Fez, igualmente, parte da segunda vereação (1902/1905) e regressou à vida política como administrador do jornal "Gazeta de Espinho", dirigente do Centro Republicano Democrático e vereador desse grupo, ao lado de Pinto Coelho ou do seu irmão (1915/1916, 1919/1922). |
O primeiro executivo avançou com iniciativas que promoveram o desenvolvimento da povoação: arborizou e limpou ruas; aplicou novas regras de higiene e salubridade; iniciou o abastecimento de água (através de fontanários) e a iluminação pública regular; recuperou a escola primária Conde Ferreira (na actual rua 23); aprovou uma nova planta topográfica, elaborada pelo Eng. Bandeira Neiva, que orientou, em grande parte, o crescimento urbano nas décadas seguintes. No entanto, a Feira mostrava-se inconformada com a situação, pretendendo que o concelho de Espinho fosse reintegrado na sua esfera administrativa, pelo que apresentou, em 25/4/1901, um projecto de lei para a sua extinção, alegando-se que este era "microscópico", "povoado por pescadores e poucas famílias", "com vestígios do seu primitivo carácter". Em resposta, a Câmara Municipal enviou aos poderes públicos um enérgico protesto, em que procurou desmontar, com números e factos, esses argumentos. O Centro Comercial do Porto e a Associação Industrial Portuense (agremiações que mantinham um bom relacionamento com a "Brandão, Gomes") fizeram chegar à Câmara de Deputados petições de defesa da causa espinhense: «Tirar a um povo o direito da emancipação, quando esse povo prova irrefutavelmente que tem elementos de vida independente, é sem dúvida um acto pouco razoável e justo.» Este processo de luta, contra a tentativa de extinção, teve a virtude de dar origem ao primeiro órgão da imprensa escrita local e de revelar o seu fundador como uma das personalidades mais marcantes dos primeiros anos do concelho. Confirmada a necessidade em se dispor de meios próprios de divulgação das causas autonomistas, surgiu, em 6 de Janeiro de 1901, o semanário [A Gazeta de Espinho], que viria a constituir-se como uma tribuna privilegiada de informação e de debate, com uma presença regular (apesar de alguns hiatos circunstanciais) ao longo de trinta anos. O seu primeiro animador não se quedou pelas lides jornalísticas e desempenhou um papel de realce na vida local. Natural de Mozelos e antigo vereador na Feira, o médico Joaquim Pinto Coelho radicou-se em Espinho e aderiu, desde o início, à sua causa, sendo eleito, sem concorrência, como presidente da segunda vereação (1902/1905), período em que se concretizaram uma série de projectos: concessão do fornecimento de energia eléctrica a uma empresa espanhola, início de um serviço público de higiene e limpeza, construção de uma nova escola primária (que ainda funciona, próxima dos Paços do Concelho), etc. Concluído o mandato, entrou em confronto com o denominado Grupo da Fábrica, filiando-se pouco tempo depois no Partido Republicano, força que passaria a liderar em Espinho e ao serviço da qual exerceria, durante a I República, os cargos de Administrador do Concelho e de Presidente da Câmara. Conhecido, popularmente, como o "médico dos pobres", empenhou-se no combate à epidemia do tifo, da qual foi vítima em 1917. O projecto de extinção acabou, naturalmente, por abortar, atenuando-se os antagonismos entre as duas localidades, apesar de Espinho continuar, por muitos anos, ligado ao concelho de origem pela via judicial, como parte integrante da comarca da Feira, já que nesse campo a autonomia, apesar das múltiplas diligências levadas a cabo, mostrou-se muito mais custosa, apenas se concretizando em 1973, nos últimos tempos do Estado Novo. Carlos Morais Gaio
IN SITE DO MUNÍCIPIO Eventos- Feira semanal: É a maior feira semanal do país (e possivelmente da península ibérica), realizando-se todas as segundas-feiras, exceptuando alterações devidas a feriados. A realização da feira ocupa uma grande extensão da Avenida 24, desde o centro da cidade à freguesia de Silvalde, podendo-se aí encontrar uma grande variedade de produtos. São bem característicos da feira de Espinho a venda dos legumes e frutos de pequenos agricultores da zona, a venda do peixe pelas vareiras e o comércio dos ciganos, a que se juntam os tradicionais pregões.
- CINANIMA : Festival Internacional de Cinema de Animação tem lugar todos os anos em Espinho, normalmente no mês de Novembro. O CINANIMA é um importante festival do cinema de animação a nível mundial. É organizado pela Cooperativa de Acção Cultural Nascente e pela Câmara Municipal de Espinho.
- Festival de Música de Espinho: Criado em 1974, este festival de música clássica é organizado anualmente pela Academia de Música de Espinho com o apoio da Câmara Municipal.
- Auditório de Espinho: Sala de concertos, teatro e dança e novo circo que faz parte da Academia de Espinho. Com uma programação mensal que aposta na variedade, inovação e qualidade. O AdE pretende assegurar anualmente uma produção cultural regular, que assente em produções próprias, co-produções e acolhimentos nos domínios musical, teatral, da dança e novo circo.
Centro Multimeios de Espinho. - Centro Multimeios de Espinho: Variados eventos culturais têm lugar no Centro Multimeios de Espinho, incluindo o CINANIMA, assim como outras iniciativas do concelho. As pessoas interessadas em astronomia poderão assistir sessões no planetário, visitar a cosmoteca (biblioteca de astronomia) e participar em observações astronómicas que ocorrem regularmente.
- Etapas dos circuitos mundiais de Surf e Vólei de Praia acontecem no Verão.
- Festas populares: São João, São Pedro, São Martinho, Nossa Sra. do Mar, Nossa Sra. das Dores, Nossa Senhora da Ajuda).
- Encontro de Homens-Estátua: Anualmente realiza-se no parque da cidade um dos maiores eventos deste tipo na Europa.
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- WIKIPÉDIA
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