08/05/2011

AVEIRO
DISTRITO DE AVEIRO



Aveiro , conhecida como a "Veneza de Portugal" e durante algum tempo chamada de "Nova Bragança", é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Aveiro, na região Centro e pertencente à sub-região do Baixo Vouga, com cerca de 55 291 habitantes (2004).
Fica situada a cerca de 58 km a noroeste de Coimbra e a cerca de 68 km a sul do Porto, sendo a principal cidade da sub-região do Baixo Vouga com 398 467 habitantes, a sub-região mais populosa da região Centro[3] e a segunda cidade mais populosa no Centro de Portugal, depois de Coimbra.


É um município com 73 100 habitantes (2008)[1] e 199,77 km² de área, subdividido em 14 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Murtosa (seja através da Ria de Aveiro, seja por terra), a nordeste por Albergaria-a-Velha, a leste por Águeda, a sul por Oliveira do Bairro, a sudeste por Vagos e por Ílhavo (sendo os limites com este último concelho também feitos por terra e através da ria), e com uma faixa relativamente estreita de litoral no Oceano Atlântico, a oeste, através da freguesia de São Jacinto. É um importante centro urbano, portuário, ferroviário, universitário e turístico.

Gentílico Aveirense
Área 199,77 km²
População 73 100 hab. (2008[1])
Densidade populacional 366 hab./km²
N.º de freguesias 14
Presidente da
Câmara Municipal
Não disponível
Fundação do município
(ou foral)
1515
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Baixo Vouga
Distrito Aveiro
Antiga província Beira Litoral
Orago
Feriado municipal 12 de Maio
Código postal 3800-___ Aveiro
Endereço dos
Paços do Concelho
Praça da República, Apartado 244, 3810 - 156 Aveiro
Sítio oficial Município de Aveiro
Endereço de
correio electrónico
[1]
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

HISTÓRIA DE AVEIRO
No documento de doação testamentária efectuada pela condessa Mumadona Dias, ao mosteiro de Guimarães em 26 de Janeiro de 959, consta a referência a "Suis terras in Alauario et Salinas", sendo esta a mais antiga forma que se conhece do topónimo Aveiro.

No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República, vindo esse templo a ser demolido em 1835.




Mais tarde, D. João I, a conselho de seu filho, Infante D. Pedro, que, na altura, era donatário de Aveiro, mandou rodeá-la de muralhas que, já no século XIX, foram demolidas, sendo parte das pedras utilizada na construçào dos molhes da barra nova.
Em 1434, D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual que chegou aos nossos dias e é conhecida por Feira de Março.
Em 1472, a filha de D. Afonso V, Infanta D. Joana, entrou no Convento de Jesus, onde viria a falecer, em 12 de Maio de 1490, efeméride recordada actualmente, no feriado municipal. A estada da filha do Rei teve importantes repercussões para Aveiro, chamando a atenção para a vila e favorecendo o seu desenvolvimento.
O primeiro foral conhecido de Aveiro é manuelino e data de 4 de Agosto de 1515, constando do Livro de Leituras Novas de Forais da Estremadura.
A magnífica situação geográfica propiciou de Aveiro, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as pescas e o comércio marítimo factores determinantes de desenvolvimento.
Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto (veja Porto de Aveiro) e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filípina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.

Execução do Duque de Aveiro.
Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, e 1547 , por D. João III. Por essa razão à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro. Esse nome foi mais tarde abandonado, voltando a cidade à denominação anterior.

José Estêvão

Em 1774, a pedido de D. José, o papa Clemente XIV instituiu a Diocese de Aveiro.
No século XIX, destaca-se a activa participação de aveirenses nas Lutas Liberais e a personalidade de José Estêvão Coelho de Magalhães, parlamentar que desempenhou um papel determinante no que respeita à fixação da actual barra e no desenvolvimento dos transportes, muito especialmente, a passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, obras estas de capital importância para o desenvolvimento da cidade, permitindo-lhe ocupar, hoje em dia lugar de topo no contexto económico nacional."

MOSTEIRO DE JESUS
O Mosteiro de Jesus localiza-se em Aveiro, Portugal. Fundado por D. Brites Leitoa em 1458 como convento de religiosas dominicanas. Por Breve do Papa Pio II de 1461, foi o convento integrado na Observância, isto é, aceite como cumprindo todas a regras estritas, podendo portanto as religiosas professar legitimamente como monjas, de acordo com a Regra de vida Dominicana. O antigo Mosteiro de Jesus foi edificado no século XV, está cheio de recordações de Santa Joana de Portugal que ali veio a falecer em 1490, tendo levado sempre uma vida de modesta monja, embora nunca lhe tenha sido autorizada a realização dos votos solenes, por ser princesa e sempre hipotética sucessora real. Filha de D. Afonso V, retirou-se para o convento em 1472 e aí passou o resto da sua vida. Foi beatificada em 1693. O seu túmulo barroco de mármore, terminado 20 anos mais tarde, encontra-se no coro inferior.

Em 1834 o ministro Joaquim António de Aguiar decretou a extinção de todos os conventos de religiosos e religiosas. No entanto, estes últimos apenas se consideravam extintos com o falecimento da sua última monja. O que no Mosteiro de Jesus apenas sucedeu em 2 de Março de 1874, com o falecimento da madre Maria Henriqueta de Jesus.
Embora de acordo com a lei todo o património passasse automaticamente para a posse do Estado, tinha sido previamente autorizada a instalação em parte do edifício de uma aula (escola) às pupilas das antigas monjas, destinada ao ensino de crianças pobres. Enfrentando muitas dificuldades financeiras, recorreram à ajuda de D. Teresa Saldanha, fundadora (em 1865) da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, que ali se instalaram em 1884 e passaram a dirigir o Colégio, que assumiu a designação de Santa Joana, e de onde viriam a ser expulsas em 1910, com a implantação da República.[1].
De estilo mais simples são as pinturas do século XVIII, na capela, que mostram cenas da vida de Santa Joana Princesa. A capela foi, naquele tempo, a sala de costura onde Santa Joana morreu. Entre as pinturas primitivas portuguesas há um retrato da princesa, com um trajo da corte, do século XV.
No Mosteiro foi criado em 1911 o Museu Regional de Aveiro, por iniciativa do crítico e erudito F. A. Marques Gomes. Nele está actualmente instalado o Museu de Aveiro. O museu inclui um coro de talha dourada, claustros do século XV e um refeitório coberto de azulejos de Coimbra. Entre o refeitório e a casa do capítulo encontra-se o túmulo gótico do cavaleiro D. João de Albuquerque.
O mosteiro foi classificado pelo IPPAR como Monumento Nacional em 1910 .

 Teatro Aveirense


Teatro Aveirense é um teatro situado em Portugal, entre a Rua 31 de Janeiro e a Rua de Belém do Pará, na freguesia da Glória, em Aveiro, e classificado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico, desde ano de 2002, como Imóvel de Interesse Público, o Teatro Aveirense vai buscar o início da sua história ao ano de 1854, altura em que a Câmara Municipal de Aveiro adquire um terreno para a construção de uma sala de espectáculos e cultura.
Já há muito tempo que em Aveiro se sentia esta lacuna, já que os dois teatros existentes até aí – o das Olarias e o da Rua do Carril – estavam longe de satisfazer as necessidades, tanto de público como dos actores. A primeira pedra é lançada em 1855. No entanto, pouco tempo depois, as obras tiveram que ser interrompidas devido a dificuldades financeiras, situação esta que se arrastou até finais da década dos anos setenta.
Por essa altura -1879-, tinha-se formado uma Sociedade que ficava responsável pela construção e administração do futuro espaço de espectáculos e cultura, com a designação de "Sociedade Construtora e Administrativa do Teatro Aveirense". Grande parte das verbas obtidas para a retoma dos trabalhos foi recolhida através da entrega de acções da "Sociedade Construtora e Administrativa do Teatro Aveirense" "às figuras mais abastadas da cidade, a toda a família Real e aos vultos mais eminentes da política e do comércio", a que se juntou o trabalho braçal de muitos habitantes da cidade.
No ano de 1881 foram concluídos os trabalhos e o Teatro Aveirense estava pronto para a sua inauguração, o que veio acontecer em finais desse mesmo ano. No dia 5 de Março de 1882 realizou-se a estreia da primeira peça de teatro, tarefa esta a cargo da Companhia do Teatro Nacional D. Maria II, a qual se manteve alguns dias em Aveiro com representações diárias.
A partir daqui imensos foram os espectáculos levados a cabo, quer por prestigiados companhias e actores portugueses, quer por consagrados actores estrangeiros, no palco do Teatro Aveirense, não só a nível teatral mas também na área da música, dança e ópera. Após 1910, o teatro encerra para receber obras de adaptação e modernização, reabrindo em 1912, tendo como uma das novas funcionalidades o cinematógrafo. Contudo, as dificuldades financeiras voltaram a estar presentes nos anos posteriores, estando na base destas a pouca afluência de público aos espectáculos. Assim, no ano de 1947, as suas actividades são interrompidas procedendo-se a uma nova reformulação do seu interior (trabalho este executado sobre a responsabilidade de Ernesto Camilo Korrodi), após o que reabre as suas portas em finais de 1949, agora com uma capacidade superior a mil lugares.
Entre altos e baixos, o Teatro Aveirense foi cumprindo a sua missão de casa de cultura, de espectáculo e de cidadania, o que não impediu que novos problemas voltassem a surgir, até porque a oferta de novos espaços e novas formas de cultura iam aparecendo em outros locais da cidade de Aveiro. Assim, em 1998, a Câmara Municipal de Aveiro adquire o imóvel, com o objectivo de o preservar como parte da história e do património da cidade, ao mesmo tempo que se propôs a realizar uma profunda renovação e ajustamento às necessidades e exigências actuais.
No ano de 2000 o Teatro Aveirense encerra as suas portas e a concretização dos trabalhos de renovação, interior e exterior, começam pouco depois. Em 23 de Outubro de 2003, as suas portas voltaram a reabrir, dando-se continuidade ao serviço que tem prestado à sociedade aveirense em geral.

WIKIPÉDIA

Estação de Caminhos de Ferro

O edifício da estação é constituído por três sectores: um central, de três pisos apresentando três portas amplas ao nível do plano inferior; e dois laterais simétricos, de dois pisos, com uma porta e dois postigos de secção rectangular. Obedece a uma gramática estilística que se designa por “casa portuguesa”, sendo um bom exemplar ao nível regional. Mas, mais do que a arquitectura, é a azulejaria que torna o edifico notável. Este, apresenta uma riquíssima colecção de painéis de azulejos que revestem as paredes das suas fachadas. 


O seu objectivo é, não só, ilustrar as fachadas do edifício, mas também transmitir, através de um discurso visual de leitura fácil e assegurada (Calado, 2001, p.245), os principais monumentos culturais da região e do país aos viajantes e utentes em geral que por ali passam. Deste modo, entre os principais painéis encontram-se essencialmente, motivos etnográficos e monumentais, tais como: figuras, fainas e paisagens tipicamente características da região; as armas da cidade; figuras ilustres que contribuíram para a construção da linha ferroviária, monumentos de carácter regional e nacional.


A Ria

A Ria de Aveiro estende-se, pelo interior, paralelamente ao mar, numa distância de 47 km e com uma largura máxima de 11 km, no sentido Este-Oeste, desde Ovar até Mira
A Ria é o resultado do recuo do mar, com a formação de cordões litorais que, a partir do séc. XVI, formaram uma laguna que constitui um dos mais importantes e belos acidentes hidrográficos da costa portuguesa.
Abarca 11 000 hectares, dos quais 6 000 estão permanentemente alagados, desdobra-se em quatro importantes canais ramificados em esteiros que circundam um sem número de ilhas e ilhotes.
Nela desaguam o Vouga, o Antuã e o Boco, tendo como única comunicação com o mar um canal que corta o cordão litoral entre a Barra e S. Jacinto, permitindo o acesso ao Porto de Aveiro, de embarcações de grande calado.

Rica em peixes e aves aquáticas, possui grandes planos de água locais de eleição para a prática de todos os desportos náuticos.
Ainda que tenha vindo a perder, de ano para ano, a importância que já teve na economia aveirense, a produção de sal, utilizando técnicas milenares, é, ainda, uma das actividades tradicionais mais características de Aveiro, havendo, actualmente, dezenas de salinas em laboração.
Muito especialmente no Norte da Ria, os barcos moliceiros, embarcações únicas e de linhas perfeitas, ostentando polícromos e ingénuos painéis decorativos continuam a apanhar o moliço fertilizante de eleição, bem dentro dos mais exigentes e actuais parâmetros ecológicos, que transformou solos estéreis de areia em ubérrimos terrenos agrícolas.

AVEIRO TURISMO 

Gastronomia

Pratos típicos da cidade de Aveiro:
  • Ovos moles
  • Derivados de Ovos Moles: Castanhas de Ovos, Fios de Ovos, Lampreia de Ovos, etc.
  • Caldeirada de Enguias
  • Bolachas Americanas e Tripas (doces)
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