Cortejo deixou "16 toneladas
de resíduos sólidos" nas ruas
O cortejo da Queima das Fitas de Coimbra, em que participaram, na tarde de domingo, 106 carros alegóricos, deixou nas ruas da cidade por onde desfilou e artérias circundantes, "16 toneladas de resíduos sólidos", segundo fonte da autarquia.
Daquelas 16 toneladas, "6,5 toneladas eram garrafas de plástico e latas de bebidas", revelou, esta segunda-feira, durante a sessão quinzenal da câmara de Coimbra, o vereador do CDS Luís Providência, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, que detém maioria no executivo.
Luís Providência, responsável pelo pelouro do Ambiente, sublinhou o facto do vasilhame em vidro recolhido, imediatamente a seguir ao desfile, ao final da tarde de domingo, corresponder apenas a meia tonelada de resíduos.
A "reduzida quantidade de vidro" recolhido pelos serviços de higiene e limpeza da autarquia resulta, em boa medida, com certeza, das campanhas de sensibilização que têm sido desenvolvidas junto dos estudantes e distribuidores de bebidas, no sentido de evitarem o uso de recipientes de vidro, acredita o vereador.
Durante a mesma reunião, na tarde de hoje, a vice-presidente da câmara, Maria José Azevedo Santos, lamentou os "excessos" cometidos, durante a Queima das Fitas, pelos estudantes dos diferentes estabelecimentos de ensino superior da cidade e muitos forasteiros.
Reflexo desses "excessos" é, designadamente, a "vandalização de 15 stands" dos já 70 instalados no Parque Verde do Mondego, para a realização da feira do livro da cidade, que abre no próximo fim de semana, disse a autarca social democrata.
Sublinhando que não se quer imiscuir nas questões da Academia de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, propôs que a câmara promova, para o ano, reuniões, designadamente, com os organizadores da Queima das Fitas para os sensibilizar no sentido de "que sejam regulados os excessos".
"Quero os estudantes irreverentes", mas "não posso aceitar que vandalizem o património", como sucedeu também, por exemplo, com a ponte pedonal sobre o Mondego, disse a autarca, reagindo a advertências dos vereadores eleitos pelo PS.
"O pior que nos pode acontecer é tentarmos ser paternalistas em relação à Academia ou tentarmos impor-lhe regras", alertou o socialista Carlos Cidade, considerando que a Queima das Fitas, que é "a maior festa de Coimbra, tem muitos mais aspectos positivos que negativos".
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
09/05/11
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