Baixa qualificação de trabalhadores é entrave à competitividade das empresas - patronato
Maputo – A economia moçambicana é, em parte, menos competitiva devido à baixa qualificação da mão-de-obra do país, considera a Confederação das Associações
Económicas de Moçambique (CTA), a maior organização patronal do país.
Durante a sessão da Comissão Consultiva do Trabalho (CCT), uma instância que reúne regularmente sindicatos, Governo e patronato, orepresentante da CTA no encontro, Justino Chemane, afirmou que “as empresas moçambicanas não têm alternativa senão o
recurso à mão de obra estrangeira, se quiserem competir na África Austral”. “A
fraca qualificação dos nossos quadros significa que as empresas não têm alternativa
a não ser o recurso ao recrutamento de mão– de-obra de outros países”, sublinhou JustinoChemane.
A rigidez da Lei do Trabalho moçambicana torna a opção pela mão-de-obraum ónus para as empresas do país, uma vez que têm de provar ao Ministério do Trabalho que é imprescindível recrutar no exterior, porfalta de pessoal com qualificações para o
posto em causa, assinalou. Apesar de a actual lei laboral moçambicana estar em vigor há apenas três anos, tem sido acusada pelo patronato e investidores de ser mais favorável à mão-obra local e um entrave ao investimento. Vários estudos apontam o ensino moçambicano como um dos mais atrasados da África Austral, baseando-se no facto de crianças moçambicanas completarem o ciclo primário sem competências na leitura e escrita.
IN "BOLETIM LUSA"
01/11/10
MOÇAMBIQUE
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