Portugal e Espanha querem pôr fim
aos gastos com 'roaming'
Eliminação das taxas nas chamadas internacionais será debatida em cimeira
Os governos de Portugal e Espanha estão a discutir a eliminação do pagamento de roaming nas chamadas por telemóvel entre os dois países. É um dos temas a tratar na cimeira luso-espanhola, a realizar em Elvas, no início de 2011.
Acabar com os encargos extras das chamadas por telemóveis que os consumidores portugueses pagam quando se deslocam para Espanha, e vice-versa, é um dos temas da próxima cimeira bilateral. Este valor está actualmente limitado a 59 cêntimos para as chamadas efectuadas e 29 para as recebidas. Tudo depende agora de a decisão ser aprovada e como é que se equaciona do ponto de vista técnico, disse ao DN fonte governamental.
Caberá ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações dialogar com as operadoras e com o homólogo espanhol para encontrarem soluções. O processo ainda não terá avançado para esta etapa, apurou o DN junto do gabinete de António Mendonça e da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM). E a dúvida é se a crise económica não poderá atrasar uma tomada de decisão.
A discussão sobre a eliminação do roaming entre os dois países foi iniciada pelo ex-embaixador espanhol em Portugal Alberto Navarro, por proposta da Junta de Estremadura espanhola. O diplomata, actualmente em Marrocos, argumentava que a não facturação de extras seria compensada por um aumento de chamadas entre os dois países, sobretudo empresariais.
Aliás, têm sido os responsáveis espanhóis a manifestar um maior interesse no fim dos custos com o roaming. E foi a porta-voz da Junta de Estremadura, Dolores Pallero, a anunciar a iniciativa conjunta à imprensa, noticia o El País.
O roaming permite a utilização dos equipamentos móveis no estrangeiro, para realizar ou receber chamadas de voz, enviar ou receber dados (incluindo sms, mms e acesso à Internet) ou ter acesso a outras funcionalidades associadas a este tipo de serviço.
A eliminação do pagamento daquele serviço é uma reivindicação antiga da Comissão Europeia, defendida particularmente pela anterior comissária das telecomunicações Neelie Kroes. E com a argumentação de que as operadoras estavam a cobrar muito mais do que o roaming para as empresas.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
11/11/10
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