22/06/2010

NEGÓCIO DO MUNDIAL PARA HOTELARIA MOÇAMBICANA

Simplesmente decepcionante...


(Maputo)
Moçambique esperava fazer um bom negócio com o Mundial de Futebol,
na vizinha África do Sul, em termos de reservas de hotéis, mas, feitas as contas,
a operação é considerada como tendo sido um autêntico fiasco. O número de quartos
vendidos não satisfaz as expectativas.
Um dos que ficaram decepcionados é o grupo Pestana, com três hotéis, dois dos quais
para o turismo de lazer, nas ilhas de Inhaca, em Maputo, e do Bazaruto, na província
de Inhambane, e o terceiro, o Rovuma, para o turismo de negócios, o principal
investimento do grupo em Moçambique, com 117 quartos.
“Nós estávamos à espera de uma gran- de afluência de turistas na África do Sul por
causa do Mundial e pensávamos que uma parte deles viria a Moçambique. Mas,
infelizmente, nós não estamos a notar nada disso”, diz Cristian Von Besser, director
geral da organização no país.
O Pestana dispõe de 197 quartos, sendo 80 nas ilhas e 117 na capital moçambicana.
Segundo Justino Licuco, gestor de reservas no hotel Rovuma, em Maputo, as solicitações
de quartos baixaram de 90 a 100 % de ocupação em Maio, para 60 a 70%, este mês.
Nas ilhas, a situação é descrita como pior. O índice está abaixo de 50%.
Besser disse mesmo que não há, nos seus estabelecimentos hoteleiros, reservas que
estejam relacionadas, especificamente, com o Mundial de Futebol.

Na tentativa de atrair turistas, o Pestana está a oferecer através dos seus hotéis
no Brasil pacotes especiais para quem quer viajar para Moçambique por estas alturas
do Mundial. A partir do seu hotel em Kruguer Park, na África do Sul, o grupo
está a fazer promoção na tentativa de trazer sul-africanos que queiram fugir do
stress do Mundial para
as ilhas do Bazaruto e Inhaca.

Besser diz que quer uma quer outra estratégia não estão a produzir resultados
significativos.


in "MEDIAFAX"
18/06/10

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