China: Cerca de 173 milhões sofrem de perturbações mentais
Pequim – Cerca de 173 milhões de chineses sofrem de "perturbações mentais", mas apenas 5 por cento deles já consultaram um profissional do sector, indica um estudo citado quarta-feira pela agência noticiosa oficial chinesa. Aqueles números foram obtidos através do estudo aleatório de 113 milhões de adultos feito ao longo de cinco anos (2001-05) por uma equipa do Centro de Investigação e Prevenção do Suicídio de Pequim. A prevalência das doenças mentais na China, estimada em 17,5 por cento, será assim "substancialmente mais alta" do que o ministério chinês da Saúde anunciou no início deste ano (7 por cento) e, ao mesmo tempo, os serviços médicos nesta área "têm falta de pessoal". Segundo um artigo publicado em Agosto passado numa revista internacional da especialidade, a China tem apenas 14.000 psiquiatras e psicólogos – um para cada 964.000 habitantes. A situação é particularmente grave nas zonas rurais, onde "persiste a superstição de que os doentes mentais são pessoas possuídas por demónios", disse um director do Centro de Investigação e Prevenção do Suicídio de Pequim. Investigações conduzidas por aquele Centro detectaram uma "alta correlação entre o suicídio e a doença mental", concluindo que "quase dois terços (63 por cento) dos 287.000 suicídios registados anualmente no país são cometidos por pessoas com perturbações mentais". O Centro tem uma linha telefónica S.O.S. que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, mas, por falta de pessoal, só consegue atender 37 por cento das chamadas, disse um responsável do Centro, instalado no Hospital Huilongguan, especializado em doenças mentais.
"Boletim Lusa Moçambique" setembro 2009
enviado por E. FRANÇA
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