Leonor Teles de Meneses | ||
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Rainha de Portugal | ||
D. Leonor Teles, consorte de El-Rei D. Fernando I | ||
Nascimento | c. 1350 | |
Trás-os-Montes | ||
Morte | 27 de Abril de 1386 | |
Tordesilhas, Reino de Castela | ||
Sepultamento | Mosteiro de Tordesilhas | |
Casa Real | Teles de Meneses | |
Pai | Martim Afonso Telo de Meneses | |
Mãe | Aldonça Anes de Vasconcelos |
Dona Leonor Teles de Meneses[1], cognominada a Aleivosa (Trás-os-Montes, c. 1350 – Tordesilhas, 27 de Abril de 1386), foi rainha de Portugal entre 1371 e 1383, pelo seu casamento com D. Fernando I.
Sobrinha de D. João Afonso Telo de Meneses, conde de Barcelos, descendia por seu pai (Martim Afonso Telo de Meneses) do rei Fruela II das Astúrias e Leão e, por sua mãe (Aldonça Anes de Vasconcelos) de Teresa Sanches, filha bastarda do rei D. Sancho I de Portugal.
Ainda muito jovem, casou com João Lourenço da Cunha, filho do morgado do Pombeiro, de quem teve um filho: Álvaro da Cunha. Conta-se que, numa altura em que visitou a irmã Maria Teles, aia da infanta D. Beatriz, seduziu o rei D. Fernando. Alegando consanguinidade, foi obtida a anulação do prévio casamento de D. Leonor Teles, o que motivou a reprovação do povo português e perturbação social e política que gerou um clima de insegurança.
O casamento com o rei ocorreu secretamente no Mosteiro de Leça do Balio, em 15 de Maio de 1372. Em meados de Fevereiro seguinte nascia a infanta D. Beatriz. Temendo o prestígio do infante D. João que se casara com sua irmã Maria Teles, D. Leonor concebeu o plano de casar o infante com sua filha D. Beatriz. Mas para isso era preciso eliminar Maria Teles, acção por que terá sido responsável. D. João foi exilado.
As rainhas de Portugal contaram, desde muito cedo, com os rendimentos de bens, adquiridos, na sua grande maioria, por doação. D. Leonor Teles, através de doação de D. Fernando, recebeu Vila Viçosa, Abrantes, Almada, Sintra, Torres Vedras, Alenquer, Atouguia, Óbidos, Aveiro, bem como os reguengos de Sacavém, Frielas, Unhos e a terra de Melres, em Ribadouro. Trocou Vila Viçosa por Vila Real de Trás-os-Montes em 1374 e adquiriu Pinhel em 1376.
Crise de 1383–1385
Com a morte de D. Fernando em 22 de Outubro de 1383, D. Leonor assumiu a regência do reino e o seu amante galego João Fernandes Andeiro passou a viver no paço real. Esta ligação desagradou principalmente ao povo e à burguesia, e a alguma nobreza, que odiavam a regente e temiam um casamento e um soberano espanhol.
D. João, Mestre de Avis, apoiado por um grupo de nobres, entre os quais Álvaro Pais e o jovem D. Nuno Álvares Pereira, foi incentivado pelo descontentamento geral a assassinar o conde de Andeiro. A acção ocorreu no paço, a 6 de Dezembro de 1383, e iniciou o processo de obtenção da regência em nome do infante D. João.
D. Leonor fugiu de Lisboa, fiel ao Mestre de Avis, e refugiou-se em Alenquer e depois em Santarém, cidades fiéis à causa da rainha, onde tentou manobrar politicamente a sua continuidade no poder. No entanto, com o desenvolver do conflito entre o Mestre de Avis e o rei castelhano, a regente perdeu espaço de manobra e acabou por ceder a regência a D. Beatriz, rainha consorte de D. João I de Castela.
Com a vitória do partido do Mestre de Avis na guerra civil, este tornou-se regente e depois rei, e D. João I de Castela, genro de Leonor, internou-a no Mosteiro de Tordesilhas, perto de Valhadolide, onde viria a falecer.
Descendência
Do seu primeiro casamento com João Lourenço da Cunha, filho do morgado do Pombeiro, nasceu:
Depois de anulado o primeiro matrimónio por motivos de consanguinidade a 15 de Maio de 1372 casou-se em segundas núpcias com o rei D. Fernando I de Portugal. Desta união nasceram:
- D. Beatriz de Portugal, pretendente ao trono do pai, casada com o rei D. João I de Castela
- D. Pedro de Portugal (1375-1380), morreu jovem
- D. Afonso de Portugal (1382), morreu quatro dias após o nascimento
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