Mesmo quando passámos a apreciar o novo humor português, surgido nos anos oitenta com Herman José e bem continuado por muitos e bons actores, argumentistas e realizadores, Raul Solnado foi sempre a luz além do túnel.
Com maestria contornou a censura salazarenta, com elegância enfrentou o melhor e o pior da vida, com uma obra de Arte completa diz-nos adeus. Não havia mais nada para fazer, correu o pano.
Fomos e somos clientes do seu infinito humor pois esse não nos deixa, rimos até às lágrimas com o seu desplante autêntico, mistura de humanidade e arte, hoje, as lágrimas são outras, é sempre assim. Se a Terra não explodir falar-se dele é condição sine qua non.
os pensionistas
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