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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
03/01/2025
JOÃO CERQUEIRA
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IN "NASCER DO SOL" - 31/12/24 .
3928.UNIÃO
A portaria que altera os requisitos de admissão ao curso de formação de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) foi esta quinta-feira publicada em Diário da República e entra em vigor na sexta-feira.
"Não ter completado 35 anos, ou, no caso dos trabalhadores detentores de vínculo jurídico de emprego público por tempo indeterminado, nas modalidades de contrato de trabalho em funções públicas ou de nomeação, não ter completado 40 anos, em ambos os casos até ao final do ano civil da abertura do concurso" são os novos requisitos de admissão ao curso de agente da PSP.
A portaria que altera os requisitos de admissão ao curso de formação de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) foi esta quinta-feira publicada em Diário da República e entra em vigor na sexta-feira.
"Não ter completado 35 anos, ou, no caso dos trabalhadores detentores de vínculo jurídico de emprego público por tempo indeterminado, nas modalidades de contrato de trabalho em funções públicas ou de nomeação, não ter completado 40 anos, em ambos os casos até ao final do ano civil da abertura do concurso" são os novos requisitos de admissão ao curso de agente da PSP.
Segundo a portaria, assinada pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, mantêm-se como requisitos ter nacionalidade portuguesa e pelo menos 18 anos.
O Governo justifica as alterações da portaria passados cerca de três anos com a "atualização das normas sobre a publicitação do procedimento concursal, sobre os prazos e a forma de apresentação de candidaturas e sobre a realização dos métodos de seleção", bem como pela "revisão dos requisitos de admissão visando permitir a seleção com base num universo mais amplo de candidatos".
Nos últimos anos têm sido cada vez menos os candidatos à PSP. Na década de 1990 chegou a haver mais de 16 mil candidatos e em 2012 eram mais de 10 mil, não chegando agora aos três mil.
No ano passado, a PSP realizou um concurso para constituição de uma reserva de recrutamento para a admissão ao curso de formação de agentes e concorreram 2865 jovens, menos 178 do que em 2023, quando concorreram 3043, menos 640 do que em 2022 (3505), menos 2709 do que em 2021 (5574) e menos 321 do que em 2020 (3186).
Nos últimos anos têm sido cada vez menos os candidatos à PSP. Na década de 1990 chegou a haver mais de 16 mil candidatos e em 2012 eram mais de 10 mil, não chegando agora aos três mil.
No ano passado, a PSP realizou um concurso para constituição de uma reserva de recrutamento para a admissão ao curso de formação de agentes e concorreram 2865 jovens, menos 178 do que em 2023, quando concorreram 3043, menos 640 do que em 2022 (3505), menos 2709 do que em 2021 (5574) e menos 321 do que em 2020 (3186).
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 02/02/24
NR: Oh senhora ministra evite mais ridículas decisões, sff vá-se embora de mansinho!
Bem haja BF pelas belas imagens de possíveis candidatos.
putin HUYLO
putin é um canalha..
02/01/2025
UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA
SAFAA RACHID EL DIB
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Não façam dos estrangeiros
um alvo
O PSD deixou de representar os ideais da social-democracia e passou a
ser assumidamente um partido radicalizado, que segue uma agenda de
extrema-direita por motivos eleitorais.
Na semana passada, o país assistiu a uma viragem definitiva e
absoluta: o PSD deixou de representar os ideais da social-democracia e
passou a ser assumidamente um partido radicalizado, que segue uma agenda
de extrema-direita por motivos eleitorais. Insistem em disseminar
narrativas populistas contra as pessoas mais vulneráveis, com os
imigrantes na linha de fogo.
Sobre os imigrantes, já sabemos quais são as três grandes linhas
narrativas: eles chegam ao país em grande número (os dados demonstram
que isso é falso), eles representam uma grande despesa pública (falso,
as enormes contribuições de Segurança Social nunca deixam de ser
efetuadas pelos imigrantes mesmo quando a AIMA atrasa os processos de
regularização), e diz-se que há uma correlação entre o aumento do número
de imigrantes e o aumento da criminalidade, quando os dados existentes
já o desmentiram.
Não acredito em coincidências, e é assim que vejo os dois
eventos que ocorreram, em simultâneo, na semana passada. A operação
policial na Rua do Benformoso – com o alegado objetivo de “combater a
perceção de insegurança dos cidadãos”, pessoas da comunidade nepalesa e
do Bangladesh foram encostadas à parede e revistadas, sendo alvo de uso
desproporcional de meios devido, unicamente, à sua etnia e cor de pele –
seguida de um escalar de operações nos últimos dias no centro da
cidade.
O golpe de misericórdia, contudo, deu-se não no Martim Moniz mas em
plena Assembleia da República, com a aprovação de propostas do CHEGA,
PSD e CDS que visam limitar o acesso ao SNS a estrangeiros
não-residentes em Portugal, o que levou mais de 800 profissionais de
saúde a criticar as restrições discriminatórias e a ameaçar com
desobediência civil. São propostas aprovadas sem a divulgação de
quaisquer dados sobre o uso indevido do SNS e, portanto, sem qualquer
fundamento a não ser o reino das perceções.
Estas novas propostas não asseguram os valores
constitucionais em vigor e ainda não é clara a posição que o Presidente
da República irá tomar, sendo que deve pronunciar-se em relação a esta
viragem governativa.
Não faltam vozes a clamar que uma economia sem migrantes é uma
economia que irá sofrer fortes contrações e, como tal, a política de
integração e acolhimento deve ter isso em conta. Mas a perspetiva que
nos deve guiar deve ser apenas uma: a de garantir direitos humanos
fundamentais. Este novo rumo escolhido por Montenegro é perigoso, ferido
de legitimidade. Portugal não pode deixar-se representar por estes
políticos e por estas políticas de extrema-direita.
* Editora livreira
IN "O JORNAL ECONÓMICO" - 27/12/24.
O PSD deixou de representar os ideais da social-democracia e passou a ser assumidamente um partido radicalizado, que segue uma agenda de extrema-direita por motivos eleitorais.
Na semana passada, o país assistiu a uma viragem definitiva e absoluta: o PSD deixou de representar os ideais da social-democracia e passou a ser assumidamente um partido radicalizado, que segue uma agenda de extrema-direita por motivos eleitorais. Insistem em disseminar narrativas populistas contra as pessoas mais vulneráveis, com os imigrantes na linha de fogo.
Sobre os imigrantes, já sabemos quais são as três grandes linhas narrativas: eles chegam ao país em grande número (os dados demonstram que isso é falso), eles representam uma grande despesa pública (falso, as enormes contribuições de Segurança Social nunca deixam de ser efetuadas pelos imigrantes mesmo quando a AIMA atrasa os processos de regularização), e diz-se que há uma correlação entre o aumento do número de imigrantes e o aumento da criminalidade, quando os dados existentes já o desmentiram.
Não acredito em coincidências, e é assim que vejo os dois eventos que ocorreram, em simultâneo, na semana passada. A operação policial na Rua do Benformoso – com o alegado objetivo de “combater a perceção de insegurança dos cidadãos”, pessoas da comunidade nepalesa e do Bangladesh foram encostadas à parede e revistadas, sendo alvo de uso desproporcional de meios devido, unicamente, à sua etnia e cor de pele – seguida de um escalar de operações nos últimos dias no centro da cidade.
O golpe de misericórdia, contudo, deu-se não no Martim Moniz mas em plena Assembleia da República, com a aprovação de propostas do CHEGA, PSD e CDS que visam limitar o acesso ao SNS a estrangeiros não-residentes em Portugal, o que levou mais de 800 profissionais de saúde a criticar as restrições discriminatórias e a ameaçar com desobediência civil. São propostas aprovadas sem a divulgação de quaisquer dados sobre o uso indevido do SNS e, portanto, sem qualquer fundamento a não ser o reino das perceções.
Estas novas propostas não asseguram os valores constitucionais em vigor e ainda não é clara a posição que o Presidente da República irá tomar, sendo que deve pronunciar-se em relação a esta viragem governativa.
Não faltam vozes a clamar que uma economia sem migrantes é uma economia que irá sofrer fortes contrações e, como tal, a política de integração e acolhimento deve ter isso em conta. Mas a perspetiva que nos deve guiar deve ser apenas uma: a de garantir direitos humanos fundamentais. Este novo rumo escolhido por Montenegro é perigoso, ferido de legitimidade. Portugal não pode deixar-se representar por estes políticos e por estas políticas de extrema-direita.
* Editora livreira
IN "O JORNAL ECONÓMICO" - 27/12/24.
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