20/03/2018

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HOJE NO 
"DINHEIRO VIVO"
Mercado da água engarrafada cresce 25%

Cem milhões de litros foi o acréscimo no consumo de água engarrafada, em Portugal, nos dois últimos anos,

O mercado nacional da água engarrafada teve, no acumulado dos dois últimos anos, um crescimento acima da média dos bens de grande consumo. A subida foi de 25% em valor, representando um acréscimo superior a 37 milhões de euros em faturação, segundo um estudo da Nielsen. 
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Aquele aumento de faturação beneficiou de uma subida do consumo, que correspondeu a um adicional de 100 milhões de litros, no mesmo intervalo temporal, equivalente a um incremento de 13%.



“Com sabor” seis vezes mais caras 
Por outro lado, a oferta de produtores inovadores, mais valorizados, também teve o seu peso nos ganhos. Basta atender a que o preço das “águas lisas com sabor” é seis vezes mais alto do que as “águas lisas sem sabor”, como revela Inês Gomes, client consultan sénior da Nielsen. 
“A oferta de água engarrafada mudou nos últimos anos. O desenvolvimento de produtos inovadores, com fórmulas alternativas, como é o caso das águas com sabores, levou à criação de maior valor na categoria, decorrente de um preço médio bastante mais elevado”, assinala Inês Gomes, indicando que, nas águas com gás, o rácio é de cerca do dobro. 
Ressalva, no entanto, que “estes segmentos alternativos não descolaram significativamente, mantendo o seu peso relativamente estável nos últimos anos e representando 25% da faturação total da categoria”.

“Sem gás”, por favor 
Os portugueses continuam, assim, fiéis às águas sem gás, tendo sido esta a modalidade mais consumida (86%) pelas famílias, no último ano. As águas sem gás e sem sabor representam 75% da faturação total da categoria e mais de 95% do consumo e, segundo a Nielsen, este é o segmento mais dinâmico. 
 “Num contexto de mercado onde os consumidores estão cada vez mais preocupados em questões de saúde e bem-estar, as marcas procuram comunicar as características da origem do produto e benefícios associados, e assim alcançar a diferenciação de uma categoria com características de commodity, contribuindo também, para o dinamismo do segmento”, conclui Inês Gomes.

* As modernices têm de ser pagas e bem, a água da torneira é maioritariamente boa.

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